Editorial

Decidam-se – Ou cortam as pernas às mulheres ou a cabeça aos homens!
Damião Cunha Velho

Damião Cunha Velho

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Damião Cunha Velho

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O politicamente correto está a vencer a racionalidade. Os piropos são proibidos, não se pode dizer “preto”… enfim, são vários os termos que uma vez usados nos colocam no saco dos sexistas, racistas…

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GOSTA DESTE CONTEÚDO?

É certo que determinadas ações ou o uso de alguns termos configuram atos discriminatórios que devem ser punidos. No entanto, é preciso perceber em que contexto são feitos ou ditos. Uma coisa é dizer algo em privado e outra bem diferente é dizê-lo em público. Não descartando, como é óbvio, que muitas situações de assédio se passam em privado. Interessa, por isso, conjugar dois aspectos: a circunstância e o contexto.

 

Recentemente, um jogador de futebol estrangeiro foi penalizado por chamar “Pretinho” a um jovem trabalhador do clube em que jogava. Foi num treino à porta fechada e não tinha qualquer audiência.

Portanto, num ambiente privado entre amigos/colegas de trabalho.

O “Pretinho” é negro e gosta de ser chamado assim. Disse, aliás, em defesa do jogador, que se sentia acarinhado quando os colegas se referiam a ele como o “Pretinho”.

Porém, esta cena foi gravada e veio a público e mesmo contra a vontade do “Pretinho” o jogador não escapou de uma multa e de um pedido de desculpas público que a FIFA lhe exigiu.

A FIFA cedeu ao disparate porque o que aconteceu foi consentido. Nenhum limite foi ultrapassado e ninguém foi ofendido ou abusado na sua dignidade.

O consentimento é a fronteira e qualquer acto não consentido configura um abuso ou um crime. É assim e deve ser assim quando há assédio sexual, por exemplo.

Também aconteceu em Portugal algo muito semelhante em que um treinador de futebol chamou “Preto” a um jogador e foi expulso do banco pelo árbitro. O insólito é que o jogador se chama mesmo “Preto” e consta no seu cartão de cidadão.

 

Parece que vou mudar de assunto mas não.

 

Li algures que certos movimentos radicais de esquerda querem acabar com o jogo do xadrez.

Isto porque no xadrez se comem facilmente os peões, ou seja, os mais fracos e é portanto um acto capitalista.

Também neste jogo começam primeiro as brancas e as brancas não devem comer as pretas porque é racismo.

A rainha apesar de valiosa tem imenso trabalho enquanto o todo poderoso rei que dita o fim do jogo praticamente não se mexe. Mais machismo que isto era impossível.

Depois os cavalos só se movimentam em “L” num acto de domesticação e também são comidos o que faz dos humanos seres que não respeitam os animais.

Por fim, existe uma relação promíscua com Torres e Bispos quase num apelo à monarquia. Lá se está a pôr em causa a República.

 

“O Gambito da Rainha” é uma série da Netflix sobre como uma miúda americana consegue bater o melhor jogador de xadrez do mundo, um russo.

A não perder.

“Gambito” significa “rasteira com a perna” e é a designação para uma jogada de xadrez.

Quando pensamos em perna, pensamos em mulher. Mais um acto sexista que só tem uma de duas soluções:

Ou cortar as pernas às mulheres ou cortar a cabeça aos homens.

 

Em síntese, fico com a sensação, pelos exemplos que referi, que estamos a entrar no campo do absurdo.

Entendam-se, por favor, e travem esta “moda” porque até para o absurdo há limites!

 

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