O Minho Digital entrevistou o cabeça de lista do ‘Nós, cidadãos!’, o valenciano Mário Almeida. Candidato à Assembleia da República pelo distrito de Viana do Castelo, afirma a sua convicção num movimento partidário distanciado da Esquerda e da Direita e assume que os candidatos pelo novo Partido são cidadãos comuns que vivem num Portugal real onde se sofre por culpa dos políticos que nos tem governado. Advoga que o Alto Minho urge por reformas na pesca, agricultura e no setor do turismo. Sublinha a importância do sistema educativo na criação de um país mais sólido e ressalva as debilidades dos equipamentos de saúde do Alto Minho.
No próximo Domingo, pelas 10h00m, na feira de Antiguidades de Valença junto ao Mercado Municipal, decorrerá a apresentação dos candidatos às eleições para a AR pelo Círculo Eleitoral de Viana do Castelo.
Mário Almeida – “Antes de mais, quero agradecer a oportunidade que o Minho Digital nos dá para podermos divulgar as nossas propostas para o Distrito de Viana do Castelo bem como para o País. É para Nós uma honra podermos comunicar as nossas ideias aos leitores internautas deste prestigiado website de informação, dedicado aos Cidadãos Minhotos”.
Minho Digital (MD) – Antes de falarmos de política, o Minho Digital gostaria de saber quem é Mário de Almeida?
Mário Almeida (MA) – O Mário de Almeida é, em primeiro lugar, um Cidadão comum que convive com as mesmas dificuldades que diariamente afetam todos os Cidadãos deste Distrito. É casado e pai de dois filhos, um com 6 anos de idade e outro com apenas 6 meses. O Mário é um Cidadão que vive, trabalha e sonha no Alto Minho, preocupa-se com as dificuldades das famílias mais desfavorecidas socialmente e é um estudioso em alternativas políticas que aumentem os níveis de solidariedade da nossa sociedade. Frequenta a Licenciatura em Ciências Sociais na Universidade Aberta e possui formação em Gestão Empresarial especializada em Segurança Privada. Exerce a função de Diretor de Segurança numa empresa Minhota deste sector.
MD – Como surge a ideia de se tornar deputado do Nós Cidadãos?
MA – Como cidadão comum e como a grande maioria dos cidadãos deste país, nunca me passou pela cabeça ser, um dia, candidato a deputado. Não por achar que não tivesse competências para essas funções, mas porque até aqui não me revia em nenhum partido que pudesse representar as minhas pretensões para o país. Também pela conjuntura político-partidária em que vivemos, em que somente personalidades destacadas (e não Cidadãos comuns como eu) têm a possibilidade de serem apoiadas por partidos políticos. Essa é uma das novidades que traz o Nós, Cidadãos! ao panorama politico Português.
Depois de acompanhar pelos meios de comunicação social e pela internet o surgimento do Instituto da Democracia Portuguesa (IDP), segui sempre com muito interesse as ações e as ideias que iam surgindo nesta instituição. A partir de determinada altura e pela mão de figuras bastante participativas do IDP surge este movimento de cidadania, que imediatamente chama a minha atenção pelo seu nome –Nós, Cidadãos! –, que tudo tem a ver com o meu carácter mais independente. Identifiquei-me quase de imediato com este grande projeto nacional e, a partir desse momento, foi uma caminhada natural, com a maioria dos candidatos por este círculo a acharam por bem eleger-me como cabeça de lista.
MD – Porquê a escolha deste novo partido político? O que o motivou a querer ser candidato e dar a cara por um partido desconhecido pelo eleitorado?
MA – Para além das razões da minha adesão, respondidas na anterior questão, a escolha pelo Nós, Cidadãos! prendeu-se com o seu programa político, que traz grandes e inovadoras respostas à grande maioria dos problemas nacionais, bem como pelos principais intervenientes políticos, que são o garante da capacidade de execução das medidas que propomos.
A principal motivação da minha candidatura é a minha crença de que o programa do Nós, Cidadãos! é de facto a melhor forma de “darmos a volta a isto”, à situação que se vive em Portugal. Outra grande motivação é a confiança plena nas pessoas que lideram este projeto, com destaque para o Professor Mendo Henriques, coordenador desta grande equipa reformadora do panorama político português. É para mim uma honra e um grande privilégio fazer parte de uma equipa tão capacitada e determinada a mudar o rumo do futuro de Portugal e do nosso querido Alto Minho em particular.
MD – Como é que se afirmam (o que defendem) os membros do Nós Cidadãos? Dá a entender que querem ser associados a um partido do povo, é assim?
MA – Tal como vem sendo quase um slogan deste movimento, o Nós, Cidadãos! tem um nome que por si só, já é um programa político.
Os ideais que defendemos são moderados e consideramo-nos os verdadeiros representantes da Social-Democracia do panorama político português. Não nos identificamos com o “sistema de medida ideológico-politico” usado para rotular partidos políticos como sendo de Esquerda ou Direita. Preferimos identificarmos como um partido com uma estratégia bem definida para Portugal, com ideias reformadoras do estado social e que bem poderiam ser “catalogadas” como políticas afetas ao centro esquerda ou ao centro direita.
Assim sendo, não nos enquadramos nem nos deixamos limitar pela “métrica” partidária de “esquerdas ou direitas”, uma vez que, como partido moderado que somos, temos a liberdade de escolher as melhores alternativas para Portugal, independentemente da forma como sejam catalogadas.
Para que os eleitores possam melhor entender o posicionamento politico do Nós, Cidadãos!, podemos referir que somos um Movimento de Cidadãos que propõe as políticas que tanto o PS como o PSD gostariam de por em prática, caso não estivessem “amarrados” aos grandes compromissos promíscuos com a esfera económica privada. Afinal de contas, são os partidos do dito “arco do poder” os principais atores da promiscuidade existente entre o poder económico e o poder político, que em nada são compatíveis com os interesses de Portugal, das cidadãs e dos cidadãos Portugueses.
MD – O Mário Almeida, sendo cabeça de lista por Viana do Castelo, afirma que sempre se preocupou pelas questões regionais. Afirma que existe uma disparidade gigante entre o nível de vida dos minhotos comparativamente aos espanhóis. Sendo um distrito maioritariamente de fronteiras internacionais, o que pretende introduzir para tentar igualar a fasquia?
MA – Estas questões de desigualdade não são, obviamente, exclusivas deste território Minhoto, mas transversais a todo o país. A realidade económica Portuguesa, infelizmente, nada tem a ver com o nível de vida que Espanha pode oferecer aos seus cidadãos.
No que diz respeito a este distrito em particular e principalmente nos concelhos com fronteiras internacionais, considero que nunca foi tomada nenhuma medida relevante por parte do governo central, para aproveitar as sinergias de proximidade com Espanha, sendo que todas as medidas existentes a este respeito são medidas muito ténues e provenientes do poder local.
É nossa intenção, como candidatos à Assembleia da República por este distrito, promover iniciativas dentro do partido para que sejam estudadas as nossas propostas de âmbito local, potenciadoras do grande potencial turístico, empresarial e educacional do Alto Minho, que desde o nosso ponto de vista e até este momento, não tem sido devidamente aproveitadas.
Do ponto de vista do setor do turismo, temos vindo a assistir uma diminuição gradual do turismo interno e internacional nos nossos concelhos, onde a crise económica não é a única culpada por esta descida de adesão. Nos últimos anos não tem havido incentivos ao investimento neste sector, sendo que os nossos equipamentos hoteleiros se tornam, de uma forma geral, cada vez menos diversificados e menos adaptados às exigências que o mercado do turismo internacional vai ditando, em comparação com os nossos concorrentes mais diretos, os espanhóis.
Ainda no sector do turismo têm faltando também iniciativas bem estruturadas que promovam devidamente os nossos ex-libris turísticos a nível internacional. Não fosse a vertente do turismo religioso espanhol com a rota portuguesa do Caminho de Santiago, a expressão turística internacional dos concelhos do norte do nosso distrito estariam quase que exclusivamente limitados ao turismo de proximidade espanhol. Quanto aos concelhos do sul do distrito, são concelhos de uma beleza natural única e com uma riqueza cultural fora do comum, que deveriam há muito ter sido integrados numa sinergia turística coordenada com o município de Arcos de Valdevez, principal “porta entrada” no parque nacional da Peneda-Gerês.
Quanto a estratégias económico-empresariais, os concelhos de Valença e de Vila Nova de Cerveira são as principais portas de entrada no nosso país por via terrestre. Estes concelhos possuem excelentes vias de comunicação rodoviárias que ligam a Europa ao Norte do nosso país, bem como possuem uma localização geoestratégica ímpar, por serem o centro geográfico da Euro-região Galiza-Norte de Portugal.
Na nossa opinião, estas grandes vantagens estratégicas que possuímos não estão a ser devidamente aproveitadas, ao não definirmos políticas atrativas de investimento internacional nos nossos concelhos.
A nossa inoperância e falta de sensibilidade estratégica a este respeito, aliadas à crise económica que vivemos, que por si só já é um fator desmotivante, ditam o marasmo de ideias em que vimemos.
Além da crise, que não é exclusiva ao nosso país, uma boa parte dos empresários do país vizinho têm visto em Portugal oportunidades de investimento competitivas, com vista a “amenizar” os fracos resultados comercias que tem tido no seu país de origem. Assim temos assistido a uma emergente procura do nosso país por pequenos empreendedores espanhóis com interesse em abrir novas empresas por cá. O que se tem verificado é que estes empreendedores acabam por eleger localizações mais a sul do nosso distrito, por encontrarem aí uma maior disponibilidade política para recebê-los.
Quanto às empresas portuguesas, são também cada vez mais aquelas que elegem Espanha como primeira experiência de expansão internacional. Aqui também temos vantagens incontestáveis em receber esses empreendedores nacionais nos nossos concelhos, pois, como raianos que somos, temos um know how apuradíssimo acerca dos hábitos de consumo espanhóis e quem melhor para apoiar estes empreendimentos do que os profissionais minhotos dos diversos setores de atividade que trabalham diariamente neste mercado transfronteiriço!
É urgente, e de capital importância para o nosso distrito e para potenciar as nossas exportações, tomarmos medidas coordenadas com o poder central a este respeito. Aí encontraremos todo o apoio do Nós, Cidadãos! na procura e na execução de soluções para estas problemáticas que empobrecem cada vez mais a nossa terra.
O nível de vida das nossas gentes é diretamente proporcional à saúde do nosso tecido económico-empresarial, que deve ter como paradigma de desenvolvimento ações que promovam a inovação e a produtividade. Cremos que, com esta equipa, Nós, Cidadãos! estaremos bem representados a este respeito, uma vez que fluem todos os dias ideias inovadoras para o desenvolvimento económico do nosso distrito e do nosso país.
MD – Que medidas irá tomar para contrariar o desemprego nos municípios do distrito?
MA – Usando como apoio a resposta à questão anterior, está claro que estão identificadas as bases de desenvolvimento em que nos queremos sustentar. O turismo, por uma parte, e o desenvolvimento económico nos demais sectores de atividade económica, por outro – criando melhores condições à localização das empresas portuguesas que poderão entrar no mercado espanhol, beneficiando dos custos de operação mais baixos praticados em Portugal e, por outro lado, o aproveitamento da emergente procura por empresários espanhóis de localização dos seus investimentos empresariais. É inegável que ações políticas que venham a potenciar estas ideias são verdadeiras medidas geradoras de empregabilidade que vão beneficiar muito os cidadãos da nossa terra.
MD – A nível da educação, equaciona a reabertura de centros escolares do distrito que encerraram ao longo do atual mandato?
MA – As políticas no âmbito da educação do Nós Cidadãos! são das mais inovadoras a nível mundial e com ideias portuguesas, desenvolvidas no nosso próprio país, sempre ignoradas por parte de quem nos tem governado.
A palavra de ordem neste defeso é “autonomia” e baseamos as nossas propostas no melhor que existe a nível mundial em termos de educação. Propomos a extensão a todo o sistema educativo português das medidas inovadoras e mais que experimentadas no projeto piloto de uma escola do concelho de Vila das Aves, a Escola da Ponte. Este estabelecimento de ensino público para alunos dos 1.º e 2.º ciclos, dos 5 aos 13 anos, é parte integrante do chamado Movimento da Escola Moderna, assente em valores como a solidariedade, autonomia e responsabilidade. É uma referência mundial ao nível daquele que deverá ser o modelo pedagógico do futuro. Objeto de estudo alargado por vários países, o modelo usado na Escola da Ponte é um marco estudado e parcialmente adotado um pouco por todo o mundo, desde os EUA, ao Brasil e à Finlândia. Que melhor poderemos desejar para a verdadeira evolução sustentada da educação em Portugal?
MD – Os Estaleiros de Viana do Castelo são uma prioridade para o Nós Cidadãos?
MA – Sem dúvida. A economia do mar é de grande importância estratégica para o nosso país e o Nós, Cidadãos! tem grandes projetos neste sentido. Se por um lado já foram tomadas decisões tidas como capitais para estes Estaleiros, não nos resignamos com isso. Bem pelo contrário, pois consideramos de grande importância estratégica o desenvolvimento de políticas que favoreçam o aumento da nossa frota pesqueira, com os Estaleiros para nos auxiliar nesses empreendimentos.
Fator indissociável dos Estaleiros é a renegociação das nossas quotas de pesca, um princípio inegociável para nós. Portugal tem a maior área marítima exclusiva da Europa e não possui uma frota pesqueira condizente com esta realidade, fazendo com que percamos competitividade com os nossos pares europeus, especialmente com os espanhóis, que neste momento são os detentores da maior “armada” pesqueira do mundo. Nestas condições é impossível termos argumentos negociais que nos permitam levar vantagem em qualquer negociação com a Europa. O estado tem que intervir diretamente neste defeso, pois, mais do que a defesa de interesses económicos, trata-se da defesa da nossa própria soberania num território que nos pertence por direito e que neste momento está a ser mais explorado por outros países do que por nós próprios, sem que tenhamos qualquer contrapartida, chegando mesmo ao cúmulo de haver dualidade de critérios. Somos proibidos de pescar determinada espécie nas nossas águas, mas outros países continuarão a fazê-lo nestas mesmas águas, como é o caso da sardinha, tão falado recentemente.
MD – Que estratégias pretende levar a cabo na agricultura?
MA – Em relação à agricultura é evidente a atenção que o Nós Cidadãos! presta ao nosso distrito em particular, bem como à região agropolitana do Norte, na qual nos incluímos.
Exceção feita às grandes produções vitivinícolas, nomeadamente do famoso Vinho Alvarinho, e algumas produções de culturas não autóctones, como a do kiwi, a nossa expressão agrícola é ainda dominada pelo minifúndio e pela economia agrícola à escala de subsistência, que mesmo hoje em dia continua a ajudar na economia familiar de muitos cidadãos da nossa região.
Medidas que incentivem os jovens a seguir os passos dos seus pais e avós no desenvolvimento de atividades agrícolas tem para nós uma importância que se revela fundamental para o equilíbrio deste setor na região. Assim sendo, o que poderão esperar é o nosso empenho na resolução destes problemas, adotando medidas locais que potenciem, a estas pequenas explorações, o acesso a técnicas agrícolas mais atuais, com uma política de maior proximidade ao Ministério da Agricultura, bem como uma maior cumplicidade das nossas escolas agrárias no apoio às pequenas explorações e aos pequenos agricultores.
MD – O que pretende introduzir no sistema nacional de saúde? A reabertura do SAP de Valença estará na ordem do dia?
MA – O caso do injusto encerramento do SAP de Valença e as suas “complicações” é uma das dificuldades que sinto diretamente “na pele”, uma vez que se trata do concelho onde resido. Obviamente que a reabertura deste SAP é uma das minhas maiores prioridades do que toca à saúde regional.
Mas não se trata somente da situação de Valença, trata-se também da qualidade dos equipamentos de saúde deste distrito, manifestamente inferior à média nacional. Um distrito como o de Viana do Castelo, com cerca de 260 mil habitantes, grande parte de idade avançada, não pode continuar a valer-se de um hospital que se encontra numa das extremidades geográficas do distrito. É de extrema importância reavaliarmos as localizações e as competências dos nossos centros de saúde, articulando-os de uma forma mais orgânica, que não ponha em causa a vida de quem necessite de cuidados urgentes. Dou, a título de exemplo, o caso valenciano, em que os utentes têm que se deslocar 20 km para usufruírem de um cuidado imediato de saúde em Monção. Caso seja necessária uma intervenção hospitalar urgente terão que se deslocar cerca de 80 km até ao hospital distrital de Viana do Castelo… É desumano.
MD – A equipa que preside foi eleita de que forma? Como foram distribuídos os cargos?
MA – Tal como é normal num partido de nova formação, a equipa foi sendo formada à medida em que íamos apresentando este movimento de cidadania aos cidadãos deste distrito. Fruto destas apresentações foram aparecendo apoiantes que se iam distinguindo dos demais pela sua leitura do panorama político local e nacional, bem como pelas alternativas que iam propondo para as problemáticas que nos afetam no dia-a-dia. Outros, já referenciados pelos dirigentes da coordenação nacional, foram integrados pelo mandatário desta candidatura, o Dr. Marinho Gomes, (figura destacada deste distrito, residente em Ponte de Lima) sendo feita a distribuição dos cargos, mediante as capacidades pessoais de cada um de nós, reconhecidas pela coordenação local e nacional do movimento Nós, Cidadãos!.
MD – O que diferencia o seu partido dos restantes outros?
MA – Em primeiro lugar, o conceito de movimento de cidadania que nos negamos a abandonar. Ao longo dos anos, muitos movimentos compostos por cidadãos foram levados a cabo com a pretensão de, no mais curto espaço de tempo, se tornarem partidos políticos. No caso do Nós, Cidadãos! nunca existiu essa pretensão, uma vez que defendemos a mudança do sistema político português, que impede os movimentos de cidadania de se candidatarem a cargos legislativos de forma independente, tal como ocorre nas autarquias.
Outros fatores que nos diferenciam de outros partidos são a pluralidade cidadã e o espírito de cidadania, que caracterizam de forma transversal as nossas candidaturas de norte a sul do país. Os candidatos pelo Nós Cidadãos! são do Portugal genuíno, do Portugal real, cidadãs e cidadãos que são verdadeiras heroínas e heróis que em muitos casos sobrevivem com os 505€ do ordenado mínimo. Cidadãos como eu e como você.
Diferenciamo-nos por nos distanciarmos das métricas de catalogação ideológica como as esquerdas e as direitas. O Nós Cidadãos! é um movimento democrático, de índole moderada e verdadeiramente social-democrata. Temos no nosso programa político medidas que tanto poderiam ser catalogadas de esquerda como de direita, mas preferimos definir-nos como um movimento de cidadania concentrado nas políticas que melhor poderão servir Portugal.
Até ao aparecimento do Nós, Cidadãos!, se quiséssemos votar contra os partidos que reiteradamente nos têm governado, não nos restava outra alternativa senão os partidos de inspiração comunista. Nestas eleições já não existe essa lacuna.
Assumimo-nos como a verdadeira alternativa aos partidos do arco da governação.
Com o Nós, Cidadãos! os eleitores já podem votar contra o sistema.
São imensas as diferenças que nos separam das demais forças partidárias, o que gera em nós um sentimento de segurança num futuro melhor, uma vez que este é o partido que fazia falta para mudar Portugal. Um partido de cidadãos, diretamente do povo para a Assembleia da República, para governar para o povo.
MD – Porque motivos os eleitores deveriam optar pelo Nós Cidadãos?
MA – Somos cidadãos do Portugal real onde se sofre e não desse Portugal elitista onde vive a classe política portuguesa, em quem a maioria dos portugueses tem votado nos últimos 40 anos. Devem optar pelo Nós, Cidadãos! porque os políticos que destroem este país devem ser julgados criminalmente pelo mal que nos fazem; porque os nossos filhos devem voltar a ter uma educação de qualidade, ao nível do melhor que se faz no mundo; para voltarmos a ser os heróis do mar – quanto mais não seja, os heróis do nosso mar, que neste momento está a ser verdadeiramente invadido por forças pesqueiras internacionais –; para que voltemos a ter a Europa dos ideais solidários, que tanto nos fizeram sonhar nos anos 80 e 90 e que neste momento estão completamente subvertidos pelas grandes economias do centro da Europa; pelo reordenamento do nosso território, para que cada português possa conviver realmente com uma política de proximidade que resolva os problemas do nosso país da forma mais célere possível; porque temos a verdadeira solução para a reforma da Segurança Social: se continuarmos com políticas de meias medidas, em pouco tempo deixará de haver dinheiro para o pagamento das reformas.
MD – Acredita que seja possível uma vitória?
MA – Sim, acredito numa grande vitória. E para o Nós, Cidadãos! Viana do Castelo uma grande vitória significaria a formação de um grupo parlamentar na Assembleia da República, com um deputado cidadão de Viana do Castelo.
A lista de candidatos do Nós, Cidadãos! por Viana do Castelo é encabeçada por Mário Almeida, 39 anos natural de Valença do Minho; Lourenço Almada, 54 anos, empresário de Lanheses; Soraia Nunes, 24 anos, escriturária de Valença; Hugo Baptista, 42 anos, técnico oficial de contas natural de Valença; Joaquim Pereira, 34 anos, vigilante de Ponte de Lima e Cesaltina Ferreira, 47 anos, assistente operacional de Viana do Castelo. José Marinho Gomes, residente em Ponte de Lima, é o mandatário da campanha.