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Desemprego nos Arcos diminuiu 23,2% em um ano

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O número de desempregados no concelho de Arcos de Valdevez “caiu” mais de 23% em um ano, segundo os dados estatísticos coligidos pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional.

No Alto Minho, o concelho de Arcos de Valdevez foi um dos que registaram redução mais significativa na taxa de desemprego entre outubro de 2016 e o mês homólogo de 2017, tendo o número de inscritos (sem trabalho) passado de 703 para 540, o equivalente a um decréscimo de 23,2% em 12 meses. Mas, se a referência for o número de desempregados em março de 2016 (905 indivíduos), por comparação com os últimos dados conhecidos (que remontam a outubro de 2017 justamente), então, o alívio do desemprego no concelho arcuense chega aos 40,4% em 19 meses.

“É, sem dúvida, uma boa notícia, sinal de que as pessoas vão encontrando e criando o seu próprio emprego”, congratula-se o presidente da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez.

“Tivemos, recentemente, uma reunião do Conselho Local de Ação Social e a diretora do Centro de Emprego mostrou-se muito satisfeita, porque, [para além de o desemprego estar a baixar], houve 22 solicitações para criação do próprio emprego em 2017 nos Arcos”, acrescenta João Manuel Esteves.

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“Foi dito que esta realidade se aplica a pequenas empresas e é fruto da vontade de as pessoas quererem o seu emprego e, também, da articulação feita com entidades instaladas no território (In.Cubo, ACIAB…) e com programas (EMER e de Valorização) que apoiam e incentivam o empreendedorismo”, sustenta o autarca, empenhado em dar continuidade ao trabalho de “cooperação entre a Câmara e os vários organismos envolvidos” em prol da dinamização do mercado de emprego.

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Com o impulso do turismo e a identificação de necessidades emergentes (alojamento, atividades culturais e de lazer, serviços de limpeza, etc.), não é de admirar que novas empresas – animação turística, lojas de produtos locais, cantoneiros… – apareçam a bom ritmo. Mas o desemprego tem sido atenuado, também, por fatores complementares de vincada importância, como a retoma da economia e o crescimento do volume de trabalho (produção de bens, sobretudo), com repercussão em diversas unidades fabris que operam nos parques empresariais de Arcos de Valdevez, onde a falta de mão-de-obra qualificada continua a ser, porém, uma grave lacuna por resolver.

Para além disso, há variáveis (emigração, descrença no sistema que leva alguns desempregados de longa duração a anularem a inscrição…) que não estão devidamente ponderadas nas estatísticas e que ajudam a mascarar um pouco a realidade, fenómeno comum a todo o território nacional.

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De resto, localmente, há, ainda, um longo caminho a percorrer a montante. Nos fóruns dedicados à educação e formação profissional, caso do Conselho Municipal de Educação, alguns do agentes presentes têm vindo a insistir na melhor adequação da oferta (de cursos) às demandas do mercado para colmatar a falta de mão-de-obra qualificada em diversos ramos.

A julgar pelas palavras de quem participa nestas iniciativas, o concelho de Arcos de Valdevez deve reforçar a aposta na formação técnico-profissional mais especializada, assim como na reciclagem de pessoas, e fazer disso uma prioridade em áreas-chave como a hotelaria, a animação turística, a restauração, a enogastronomia e a metalomecânica.

 

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