Editorial

DESEMPREGO, O INFERNO SOCIAL
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Jorge VER de Melo

Jorge VER de Melo

Professor Universitário

(Aposentado)

 

Vivemos numa época de insegurança onde as pessoas são, cada vez mais, comparadas à máquina.

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Segundo o INE (Instituto Nacional de Estatística), a população desempregada aumentou 9% em relação a Junho de 2020, 26,6% relativamente a Abril e 20,2% em comparação com Junho de 2019.

Por esta amostra podemos ficar com uma ideia da situação relativamente ao desemprego em Portugal.

Mas tudo não passa de uma ilusão construída pelos políticos para amedrontarem o cidadão ou enaltecerem o seu trabalho em determinado espaço de tempo que lhes seja conveniente.

Se as estatísticas são mesmo assim, então por que razão ainda as levamos em consideração?

Simplesmente porque não nos oferecem outras tabelas identificativas da realidade e convém-nos de qualquer forma ter uma ideia, deturpada que seja, dos problemas que vivemos para podermos tomar as decisões necessárias à nossa vida.

É tudo muito complexo. Ele tem sido estudado pela OIT, (Organização Internacional do Trabalho), procurando consensos relativos que esbarram sempre com a deturpação justificada da realidade.

Começa pelo próprio conceito de desempregado que varia em cada pais, região, pensamento económico e até hegemónico. Ou seja, depende do local onde vivemos, das metodologias dos economistas e principalmente de quem tem “poder”.

O trabalhador está sempre dependente dos interesses e do pensamento dominante. Mas se de alguma forma pode afetar a acumulação de riqueza de certas pessoas, lá se vai a segurança da família e dos trabalhadores.

Começa pelo conceito de desemprego:

Involuntário. Devido ao estado do mercado de trabalho;

Oportuno. Por influência das necessidades das indústrias em relação às profissões;

Modelo estatístico. Dependente de critérios acordados entre os Governos e as instituições sociais relacionadas com o trabalho;

Ainda existem as variantes dos critérios como:

Mudanças e flutuações. Caracterizadas por contagem regular reflectida;

Diferenciação. Sexo, grupos etários, profissão, etc.;

Magnitudes. Absolutas ou relativas entre a população activa, empregos e desempregos.

Perante tanta insegurança e manipulação qual a solução?

Talvez inverter as posições, ou seja, colocar sempre a entidade patronal dependente do colaborador para obtenção dos seus necessários lucros.

Mas isso só acontece quando quem produz se destaca pela competência e capacidade de trabalho.

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