Editorial

DESRESPEITO GERA DESRESPEITO
Jorge VER de Melo

Jorge VER de Melo

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Jorge VER de Melo

Consultor de Comunicação

São palavras de Meryl Streep:

“Desrespeito gera desrespeito;

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Violência gera violência;

Quando os poderosos usam as suas posições para intimidar os outros, todos perdemos.”

São frases do seu discurso na cerimónia dos “Globos de Ouro”. Meryl Streep critica Donald Trump por ter ridicularizado, em público, um profissional deficiente da comunicação social.

Mas podemos aproveitar estas três frases para ponderarmos a forma como o nosso atual Governo tem tratado os cidadãos, especialmente aqueles que produzem, “profissionais”, que afinal são quem lhes paga a maior fatia dos impostos.

 

 

O desrespeito é tão saturante que neste momento está a provocar prejuízos fabulosos ao país.

Senão vejamos:

– Equipas médicas demitem-se nos hospitais públicos por falta de condições mínimas para poderem exercer a sua profissão;

– Os enfermeiros têm sido tão mal tratados que resolvem emigrar em quantidades nunca vistas no nosso país;

– Assim como os professores, já tão saturados de serem desrespeitados e até insistentemente prejudicados pelos governantes que preferem mudar de profissão do que continuar apelidados de tão privilegiados como os nossos políticos. Só diz isso quem não conhece mesmo a vida desta gente.

– O mesmo acontece com a restante função pública que tal como os anteriores tem aguentado uma carreira profissional permanentemente adiada, de momento sem qualquer explicação. Vão acertando alguns casos aqui ou acolá, mas dessa forma ainda estão a agravar a desigualdade.

Até a questão da Justiça, a separação de poderes que é tábua rasa desta nossa Democracia, está a desaparecer porque os Senhores políticos entendem que devem controlar, “de certa forma”, os tribunais. Por essa razão estão a acontecer acórdãos da Justiça e algumas sentenças que chegam a assustar qualquer simples cidadão, pela surpresa.

Todos temos de nos lembrar que ”violência gera violência”, por isso, quem tomou atitudes  prejudiciais à sociedade, tem que pagar por isso para se cumprirem as Leis da justiça, segunda força da nossa Democracia. Estamos a aperceber-nos de algumas conclusões de processos que nos parecem precipitados. Confiamos na nossa Justiça desde que ela possa atuar livre e ponderadamente.

Se isso não acontecer, ainda temos o Tribunal de Justiça da União Europeia, (TJUE) que vai verificando e ponderando qualquer falha mais evidente que lhes seja noticiada. Ele pode ainda fiscalizar e corrigir processos ou atitudes judiciais menos ortodoxas.

Outro problema que está a preocupar mais ainda o simples cidadão, é “quando os poderosos usam as suas posições para intimidar os outros”. Se isso acontecer, todos perdemos, mas pior ainda é quando surge sem que os mais responsáveis se apercebam. Aí, a vida da população é de tal forma beliscada que não resiste às manifestações.

Os nossos políticos são pródigos na utilização desses métodos quando sentem que não têm capacidade de justificação para as asneiras cometidas. Tivemos oportunidade de sentir tais atitudes nos Governos de Sócrates, de Paços Coelho e até neste Governo.

Aí, as coisas complicam-se mais ainda porque aparece sempre quem queira aproveitar o mal dos outros para fazer as suas asneiras ou provocar desordens que não beneficiam ninguém. Como aconteceu recentemente e ainda vai acontecendo com as manifestações dos ”Coletes Amarelos” em França.

Temos que permanecer vigilantes perante esta nova situação.  Devido à proximidade das eleições, começamos a recear pelas atitudes dos nossos políticos ao perderem as estribeiras, podem precipitar situações aberrantes que nos coloquem mal perante os restantes países parceiros da UE.

Às tantas, são tudo boas intenções!…

Não vai acontecer nada de mal! Ou vai?

Como diz o proverbio, “mais vale prevenir que remediar”.

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