Editorial

DEUS NOS LIVRE!
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Manso Preto

Manso Preto

Jornalista / Editor

Há quem me sugira que eu devia escrever mais editoriais… Não é preguiça, nem falta de inspiração ou temas – que estes dois últimos são a mais.

Não, nada disso!

A verdade é que, em tempos difíceis relacionados com esse bicho que anda por aí em todos os continentes, infectando pobres, remediados e ricos, novos e idosos, falar disso é matéria repisada diariamente, não me tira do sério…

E eu não queria escrever sobre isso, preocupar e massacrar mais as pessoas, adivinhando um futuro que não se mostra promissor. 

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Para desgraças, já bastam as que temos.

Então, hoje, optei por falar de política e dos seus usufrutuários. 

Porque só eles e os que por estes foram nomeados para lugares almofadados, dão-me um enorme e incontrolável gozo, ao apontar-lhes os pecados e pecadilhos.

E, Deus me dê saúde, durante muitos anos vou ter matéria à fartazana para me meter com esta casta.

Basta ver a lentidão com que decorrem os macro-processos judiciais, com recursos atrás de recursos, de instâncias em instâncias, falecimentos de algumas figuras-chave, prazos que expiram, dificultando a prática da Justiça – tudo isso me leva a prever que as culpas vão morrer solteiras…

E estes exemplos parecem ter feito escola pois, mesmo nas autarquias locais, há por aí uns aprendizes, em fim de mandato, mergulhados em processos, que procuram disfarçar as notificações e, quando o tema vem a público num ou noutro jornal, recorrem à ameaça ou a outros… meios. Sim, porque gostaria de acreditar que os subsídios * (aos milhares) em ajustes directos, não servem de mordaça ou forma de manipulação para quem tem o Direito/Dever de Informar…

O contrário seria uma ingratidão para os arguidos que renunciaram ao recato as suas imaculadas vidas pessoais e sociais em troca do sacrificado serviço público pátrio que implica exposição, cumprido com uma seriedade intocável.

Oxalá não me engane!

O país agradece, os portugueses continuarão a votar nos mesmos partidos e eu insistirei, por entre sorrisos, em não perder a ironia e o deleite com que os ouço falar de cátedra…

* Não me revolta o apoio à comunicação social, especialmente a regional que tem uma função que é esquecida amiúde pela de índole nacional. O problema está no método utilizado, contrariado pelo que estipula a Lei ao fixar como limite máximo 75 mil euros, não podendo ser renovado pelo período de 3 anos.

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