Neste ano de 2025, no dia 27 de Janeiro, completam-se 80 anos da libertação dos Judeus, do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau.
Em Auschwitz no ano de1945, ainda restavam 7000 presos judeus, cujas condições físicas eram precárias ou terminais.
Neste período da nossa história, onde o nazismo impôs as suas leis e as suas regras, a maldade humana, atingiu um nível tão elevado, de desprezo e desrespeito pela vida, que parece surreal.
Comemora-se ainda nesta data, o Dia Internacional, de “Memória do Holocausto”, designado pelas Nações Unidas, relembrando os seis milhões de judeus, assassinados na Europa pelos nazistas.
Espera-se que ao relembrar esta data, os povos de todo o mundo, renovem o compromisso de defenderem a VIDA, a liberdade e a justiça humanas.
Em 1945 foi o fim da Segunda Guerra Mundial e do Holocausto.
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Em 2025, oitenta anos depois, se ainda houver sobreviventes, que sejam ouvidos, e partilhem os horrores que viram e vivenciaram.
Holocausto é uma palavra que significa, “um sacrifício em que se queima a vítima inteira”, sugestiva de uma morte lenta, terrível, horrorosa e inumana.
Todos nós de alguma forma, ao longo da nossa vida, ouvimos e vimos as provas destes horrores.
As fotos e filmagens que chegaram aos nossos dias, dos refugiados colados às redes, vestindo pijamas às riscas, sem cabelo e com todos os ossos visíveis, tinham o olhar parado, fixo, estavam completamente apáticos.
Tinham um total despreendimento da sua vida, sem esperança, sem forças para resistir. Revelavam um total abandono do seu ser.
Estavam de pé colados às redes!
Não sou capaz de ver relatos, filmes ou documentários sobre o Holocausto, sem ficar extremamente triste e incomodada, com a verdade nua e crua deste pedaço da nossa história comum.
Eu já vi este olhar!
Sim infelizmente já vi, em crianças hospitalizadas por períodos longos e sem visitas frequentes dos pais, em idosos nos lares, ou nas suas casas, mas completamente sozinhos.
É esta apatia, este abandono e olhar vazio, que mais me dói.
Por isso, não aceito que se publiquem notícias falsas sobre o Holocausto, negando testemunhos dessas pessoas, tentando anular as suas vidas passadas, e todo o sofrimento de um povo.
Convém não esquecer, sobretudo as Leis de Nuremberga. Um conjunto de leis antissemitas, criadas pela Alemanha Nazi.
Foram introduzidas em 15 de setembro de 1935 pelo (Reichstag), o “parlamento nazista alemão”, obviamente uma instituição política.
Estas leis foram apresentadas, no comício anual em Nuremberga do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP). Eram Leis para a Protecção do Sangue Alemão, e da Honra Alemã. Estas leis transformaram a existência dos judeus num autêntico inferno.
Só eram respeitadas as pessoas com sangue alemão. Todos os outros eram “sujeitos do estado” e não tinham quaisquer direitos de cidadania. Tinha começado a caça aos judeus, ciganos e negros. Todas estas pessoas foram consideradas, como seres inferiores.
Foram humilhadas, roubadas, e separadas dos seus familiares mais próximos. Depois de terem sido despojadas, de todos os seus bens pessoais, raparam-lhes o cabelo, despiram-lhes as roupas, e sem identidade, foram encaminhadas para as Câmaras de gás. Os que ainda respiravam, depois de saírem destas câmaras de gás, levavam um tiro na cabeça. Não podia haver dúvidas!
Meu Deus, alguém consegue sequer imaginar, durante alguns segundos este horror?
Não!
Nós não temos essa capacidade!
É demasiado sofrimento inútil, é por si só incomparável a qualquer outra dor.
Esta dor sem fim imposta aos judeus, tinha o propósito de exterminar, uma sub espécie humana inferior, e salvaguardar a espécie humana superior, os Arianos.
Os Arianos eram físicamente, e a nível intelectual superiores. De estatura alta loiros, de olhos claros, fortes e inteligentes.
Procurava-se a perfeição?
O melhor desempenho pessoal, militar?
Parece a descrição das cenas de um filme de ficção científica, de extra terrestres e com muito terror à mistura, infelizmente não é.
E a trivialização deste tipo de narrativa, ou de apresentação de imagens, desvaloriza e reduz o impacto destes crimes.
Estamos a falar do maior crime da nossa história comum, desta eventual humanidade.
Não esqueça e não deixe esquecer este crime.
E por favor não admita comparações.
O Holocausto existiu!
É incomparável!
2 comentários
Infelizmente parece-me que o ódio aos judeus está em crescendo, nomeadamente nas elites de Bruxelas! Os factos assim indiciam…
Serão os russos a resgatar de novo (como fizeram em 1945) as vítimas do nazismo?!
Desta vez a Rússia tem uma guerra particular com a Ucrânia.
Importante é que se resolva esta guerrilha de fronteiras, através de acordos pacíficos. Esta guerra tem de acabar.