Jorge VER de Melo
Professor Universitário
(Aposentado)
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É curioso verificarmos como esta nossa língua portuguesa se tem difundido por esse mundo fora, a partir de um país tão pequeno como o nosso.
Comemoramos em 5 de maio o “Dia Mundial da Língua Portuguesa”, por ponderação, todos ficamos definitivamente rendidos à grandeza que ela representa para todos nós.
Então onde podemos encontrar a origem desta apelidada “língua de Camões”. Diga-se de passagem que quando o Senhor Luís Vaz de Camões aprendeu tão bem a enaltecer este Povo Lusitano, já a nossa língua estava implantada e estruturada para aquilo que hoje lhe conhecemos.
Como todas as línguas, ela surgiu na sequência dos vários idiomas que foram formatando a sua evolução.
https://pt.scribd.com/doc/20623905/A-Checklist-of-Proto-Celtic-Lexical-Items
À semelhança da maioria dos idiomas europeus e asiáticos a língua portuguesa tem a sua remota origem:
– No Helénico que deu a língua grega;
– Românico que está na base do português, italiano e francês. Por isso, são as línguas latinas;
– Germânico, de onde resultam o inglês e o alemão;
– E também no Céltico que origina o irlandês e o gaélico.
https://ncultura.pt/a-origem-da-lingua-portuguesa/
Continuando a pesquisa em espaço mais reduzido, encontramos seis idiomas influenciadores da Península Ibérica que tiveram, da mesma forma, importância no desenvolvimento da nossa língua:
– O Basco-Aquitânico nos Pirenéus;
– Galaico-Lusitano, abrangendo o Norte de Portugal e de Espanha e o Centro de Portugal;
– O Ibérico no Sudeste espanhol;
– As Línguas Celtibéricas no centro de Espanha;
– O Sud-Lusitano, no Sul de Portugal;
– E o Tartéssico no Sul de Espanha.
Existem três fases básicas da língua portuguesa:
– A Proto-História, anterior ao século XII;
– O Português-Arcaico, do século XII ao XVI. Começa com o Galego-Português que se separa ficando apenas o Português a partir do século XIV. Não esquecer que D. Dinis foi o monarca responsável por decretar o Português como língua oficial do reino em 1290;
– E o Português Moderno que começa no século XVI mais propriamente 1536 com as publicações do padre Fernão de Oliveira e João de Barros. (As primeiras gramáticas).
Em 1990 foi assinado o “Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa” por: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. Algo polémico com a oposição de demasiados conhecedores e letrados da nossa língua materna.
A história conta-nos o passado aventureiro e até heroico deste povo que se destacou pela difusão possivelmente comparável à “nova era espacial”. Assinale-se a diferença de anteriormente, os argonautas, viajarem pelos diferentes mares do planeta Terra e presentemente, os astronautas, viajarem pelo espaço, também à procura do desconhecido, tal como fizeram os nossos navegadores.
Só que de todo esse sacrifício não restam apenas os vestígios históricos mas, algo mais valioso, a cultura portuguesa espalhada por todo o planeta. Daí a difusão da língua lusitana acompanhada de milhões de hábitos, formas de estar na vida que só quem fala a nossa língua pode entender.
Queremos chamar-lhe “o mecanismo da comunicação” que transporta a beleza da cultura por ela construída até qualquer recanto do globo.
Existe apenas um senão relacionado com os erros e os pontapés na gramática.
Pensam que isso é problema? Errar é humano.
E se assim não fosse, não teríamos a evolução da “Língua Portuguesa” na comunicação, nem talvez o mais eficiente mecanismo para a transmissão de conhecimentos e sentimentos.