Divergências no PSD courense levam a eleições antecipadas

Deputado municipal do PSD

A concelhia do PSD de Paredes de Coura, em funções há cerca de um ano, está demissionária. Novas eleições estão agendadas para o final de Janeiro e, embora haja quem afirme que esta situação estava prevista desde a primeira hora, não falta quem lembre divergências internas naquela estrutura partidária.

A secção local do Partido Social Democrata era dirigida por José Augusto Caldas, também líder da bancada do PSD na Assembleia Municipal de Paredes de Coura. José Augusto Caldas foi eleito no início de 2015, à frente duma lista única onde pontificavam vários nomes novos, que tinham conquistado algum protagonismo no partido, e que pretendia apostar na economia e nos jovens. Agora, menos de um ano volvido, além do presidente, praticamente toda a estrutura está demissionária.

Ao que o Minho Digital conseguiu apurar, só não apresentaram a demissão todos os elementos porque não estiveram presentes na reunião onde isso foi decidido. Isto porque, aparentemente, esta seria uma situação que estaria prevista em Janeiro, aquando da eleição desta equipa. Uma estratégia que teria como objectivo eleger uma nova equipa com tempo suficiente para preparar da melhor forma o processo eleitoral das próximas autárquicas, em 2017, e que visava também contornar alguns procedimentos regimentais, pois alguns dos elementos que deverão agora avançar para as eleições antecipadas não tinham ainda, em Janeiro último, os seis meses de filiação no partido, obrigatórios para poderem ser eleitos. Tudo indica que o actual presidente, demissionário, não se irá recandidatar ao cargo, argumentando com razões de ordem pessoal, nomeadamente o facto de não residir no concelho e por isso não ter a disponibilidade necessária para trabalhar na preparação das próximas autárquicas.

Apesar desta anunciada estratégia, não falta quem refira também a existência de divergências no seio da estrutura local do PSD, motivadas, nomeadamente, pela divisão no apoio aos candidatos à Comissão Política Distrital social-democrata, cujas eleições estão igualmente marcadas para o dia 31 de Janeiro. Isto porque, enquanto José Augusto Caldas é um apoiante do actual líder da distrital, Carlos Morais Vieira, e deverá fazer novamente parte da lista que este vai apresentar a eleições de Janeiro, há na estrutura directiva da secção local courense, elementos que apoiam a candidatura de Eduardo Teixeira, deputado na última legislatura e que foi deixado de fora da lista de candidatos a deputado nas legislativas de Outubro.

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Um dos apoiantes de Eduardo Teixeira é Vítor Domingues, que era vice-presidente da concelhia courense com José Augusto Caldas, e que deverá avançar agora para a presidência deste órgão. Também Helena Ramos, vereadora social-democrata na Câmara de Paredes de Coura, está do lado do antigo deputado. A vereadora terá estado, aliás, na origem duma situação que criou mau estar na seccção, aquando da votação na distrital da lista de candidatos a deputados. Helena Ramos, que tinha sido proposta pela estrutura de Paredes de Coura para eventualmente integrar a lista final, no terceiro lugar, viu o seu nome ser preterido e, na sequência duma reunião marcada pela polémica, em Julho, acabaria por tomar decisões em nome da concelhia courense, subscrevendo uma carta contra o presidente da distrital, ao que tudo indica sem que para isso estivesse mandatada.

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