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Dívida do Município de Arcos de Valdevez baixou 2,3 milhões de euros em 2015

Câmara Municipal

A Câmara Municipal de Arcos de Valdevez aprovou, por maioria, os documentos de prestação de contas relativos à gerência de 2015. A dívida orçamental da autarquia, no ano transato, foi reduzida em cerca de 2,3 milhões de euros relativamente a 2014, passando de quase 10,5 milhões para 8,2 milhões de euros. Mas, se for considerado o valor de 816 mil euros, que é destinado ao Fundo de Apoio Municipal, a dívida ascende (ou ascendia em 31 de dezembro de 2015), a cerca de 9 milhões de euros. O PS e o CDS-PP abstiveram-se na votação.

O vice-presidente da Câmara, Hélder Barros, realçando a “gestão criteriosa e transparente dos recursos”, destacou a taxa de execução orçamental de 81,2%, o equivalente a um volume de quase 21,9 milhões de euros, para uma receita de 23 milhões em 2015 (mais 1,5 milhões de euros do que em 2014).

Dissecando os números apresentados, constata-se que, em 2015, aumentaram as receitas arrecadadas, assim repartidas: 82% foi quanto pesou a receita corrente e os restantes 18% ficaram por conta de receita de capital.

Do volume de despesas orçamentais, verifica-se que as de ordem corrente superaram as de capital. Comparando o diferencial entre receitas correntes e despesas correntes, existe uma poupança corrente de 5,3 milhões de euros, dinheiro que foi canalizado para “investimentos estruturantes do concelho”, explicou Hélder Barros.

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Ao nível do Plano Plurianual, foi concretizado um investimento de 12 milhões de euros, dos quais cerca de 7 milhões foram alocados às funções sociais, 2,6 milhões às (funções) económicas, 950 mil euros às de natureza geral e 1,2 milhões em transferências para as juntas de freguesia.

Segundo o vereador com o pelouro das Finanças, o Executivo conseguiu ainda reduzir despesas com fornecimentos e serviços externos, dando prevalência a despesas de investimento.

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Entretanto, o serviço da dívida continuou a baixar em 2015, de que resultou uma redução do volume de juros a liquidar por conta de empréstimos bancários. Dada a estrutura financeira sólida, segundo o PSD, o Município arcuense encerrou 2015 com mais de 1 milhão de euros de resultado líquido.

Parte importante da análise financeira diz respeito à capacidade de libertação de meios (o chamado cash flow operacional), que foi de 5,3 milhões de euros em 2015, e aos fluxos gerados (cash flow líquido), que atingiram 6,6 milhões de euros no ano transato, possibilitando, assim, a redução da dívida, a diminuição do volume de empréstimos a pagar e o reforço da liquidez da autarquia, seguindo uma tendência plasmada nos estudos publicados em edições recentes do Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses.

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 Oposição apoia redução da dívida

Os vereadores socialistas, Fernando Cabodeira e José Albano Domingues, registaram com “agrado a descida da dívida” e, em concordância com as rubricas que o PS apresentou e que a maioria subscreveu em sede de Orçamento, optaram por manter a posição anterior, de abstenção.

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O CDS-PP, através do eleito Fernando Fonseca, suscitou dúvidas em relação ao imobilizado (ativo fixo), cujo levantamento não foi feito pelo Município. Apesar das observações em relação à política fiscal do Executivo, o vereador centrista absteve-se na votação.

 

Evolução positiva da dívida

. 2011: 20 milhões de euros

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. 2012: 16,7 milhões de euros

. 2013: 12,7 milhões de euros

. 2014: 10,5 milhões de euros (mas 11,3 milhões de euros, se for incluído o inédito Fundo de Apoio Municipal, FAM, a liquidar em sete anos, para ajudar à recuperação dos municípios em situação de rutura financeira)

2015: 8,2 milhões de euros (mas 9 milhões de euros, contabilizando o FAM)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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