Editorial

E o cidadão a pagar!

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Jorge VER de Melo

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Quando observamos alguém viciado no capital, cuidado! A ganância dessa pessoa não tem limites.

Existem profissões que conduzem o indivíduo a situações por vezes desumanas.

Sem se aperceberem, vão adquirindo posturas que os distanciam da normalidade, acabando regularmente abandonados, no ridículo ou no suicídio.

Isto acontece sobretudo quando estamos a lidar com alguém que se considera acima de qualquer outro e não consente a retirada das suas mordomias habituais.

Vou dar alguns exemplos:

1- Políticos quando perdem o mandato;

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

2- Administradores demitidos;

3- Chefes deslocados do seu cargo;

4- Proprietários de empresas em decadência;

5- Banqueiros falidos, etc.

Os políticos, refugiam-se vulgarmente em cargos sem funções específicas, mas com um título pomposo. Na verdade, metem-se em negócios dos quais nada entendem.

Vulgarmente são utilizados pelas grandes empresas como cunha para aceleração de processos ou para cargos de administração sem funções executivas, como agradecimento pelos negócios e favores anteriormente cedidos.

Os administradores demitidos procuram trabalho na concorrência e prometem espionagem comercial ou industrial para se mostrarem úteis, mas o fim mais provável é a mudança de profissão porque, entretanto, normalmente não sabem nem aprenderam a fazer nada exceto gastar o dinheiro de outros.

Os chefes deslocados do seu cargo ficam com regularidade congelados numa secção inútil se não tiverem rasgo e capacidade para se demitirem podendo exercer a profissão noutra empresa.

Os proprietários de empresas em decadência pedem um acordo de credores e, por vezes nas mesmas instalações, formam nova empresa com designação diferente, tal como se as coisas tivessem mudado radicalmente. Isto acontece até perderem definitivamente o crédito do mercado.

Quanto aos banqueiros falidos a coisa é bem mais complicada. Entretanto e prevendo os problemas que se adivinhavam, tal como os outros, começam por desviar verbas volumosas para paraísos ficais em nome de outras empresas, dinheiro esse pertencente aos clientes e ao Estado que somos todos nós. Por fim, pedem reforços cuja origem está nos mercados financeiros internacionais, portanto seremos novamente nós a pagar. Mas, quando há lucros fabulosos, o cidadão não ganha nem ganhou nada com isso.

Claro que quando qualquer destas pessoas é chamado à justiça, o que tem sido raro, as coisas vão-se protelando até prescreverem ou o criminoso morrer de velho. Poucos são os que pagam com castigo exemplar.

Ah!!!

Os desgraçados que ficaram sem o dinheiro que tanto lhes custou, ou não a ganhar, ficarão certamente a ver navios!

Quem será o responsável que vai acertar as contas com toda esta gente?

Não me digam que somos novamente nós!…

1 comentário

  1. Verdade, infelizmente as pessoas já não têm caráter respeito enfim é uma sociedade verdadeiramente no caos.

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