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Damião da Cunha Velho
Jornalista
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Se um vaso de flores tivesse uma conta no Facebook, naturalmente se escolhia a si como foto de perfil.
Imediatamente tinha mil “likes”.
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Se as flores fossem vermelhas teria muitos corações e alguns comentários a dizer que as flores não eram bem vermelhas, talvez rosa ou a fugir para o laranja.
Os, de outras cores, que as viam vermelhas chamavam-lhe logo de “comuna” e ponham uma “carinha com lágrima”.
Os que as viam mais rosadas diziam “grande socialista”. Os laranja “grande social democrata”.
Se o vaso não se pronunciasse até podia ser um vaso poeta. Calados somos todos poetas do consenso.
Mais mil “likes”.
Se o vaso falasse e dissesse que as suas flores eram mesmo “comuna” então metade dos “likes” desapareciam e logo imensos comentários insultuosos surgiam cheios de vigor contra este vaso anticapitalista.
Se algum iluminado míope visse ali umas flores azuis faria o oposto.
Grande capitalista, comunas jamais.
Moral da história.
Se eu me apresentar com bom aspecto tenho grande aceitação. Calado ainda mais.
Se me pronunciar e defender as minhas convicções serei amado por uns e odiado por outros.
Até insultado mesmo que o faça com educação.
No limite banido do Facebook por um senhor que não foi eleito e que tem idade para ser meu filho.
O senhor Zuckerberg!