Eles que partem

José Rego

 

São milhões os nossos compatriotas que, desde há décadas e até mesmo séculos, foram e continuam a ser obrigados a emigrar para noutras paragens melhorarem a sua situação familiar.

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Como a palavra SAUDADE faz parte do genes do sangue lusitano, anualmente, regressam à terra natal sempre para matar saudades.

Saudades de quem e do quê?

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

No passado, o elo familiar era como uma peça única humana e sempre unida em si, que, pela mesma, formava um núcleo íntegro e coeso.

Hoje, como infelizmente qualquer pessoa de bom senso percebe, nestas últimas três décadas o núcleo familiar perdeu os laços de amizade que os uniam. Sobretudo, desde que Portugal se integrou na comunidade europeia, em 1986.

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Desde essa data Portugal, começou a receber biliões de euros, o tal dinheiro fácil que por formas desregradas os portugueses entraram num esquema absurdo que veio tudo estragar ou seja, veio dar facilidade a desintegrar as boas maneiras civilizacionais tanto no ensino como na educação, civismo, nos bons costumes, nos ideais e valores humanos.

Praticamente, tudo perderam.

Hoje, nem sequer os irmãos se entendem, por muito que os pais já não existam, pelo pior facto dos políticos corrompidos terem implantado em Portugal a desastrosa corrupção. De seguida os políticos tiraram todo o respeito e consideração às corporações com farda, como à da polícia que nos protegia e à justiça que nos defendia, tudo isso transmitiram-no ao simples povo das nossas aldeias.

Por essa causa, o povo sem orientação adequada, perdeu-se num lamaçal que, o nosso belo país se tornou num inferno para vivos.

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Quem agora, lhes dará a salvação?

Possivelmente, o único caminho, será a emigração e esquecendo a saudade, nos países de acolhimento, a integração.

Eu que o diga, e milhões o dirão, os políticos portugueses sempre nos enganaram.

Lembremo-nos portanto, hoje e nestes dias de fim de agosto 2015, daqueles que gozando o mês de férias nos seus torrões, voltam novamente às suas terras de acolhimento por esse mundo fora, amargurados por nada ser como dantes no seio familiar e pior, por terem sido enganados e roubados pelos banqueiros portugueses.

Virão um dia ou não?!

Impensável, tais casos existirem num país como Portugal, europeu e integrado na União Europeia.

Por quanto tempo continuaremos a ser um país de emigrantes e deixaremos de ser parte de um país do terceiro mundo?

Pois, lembremo-nos que, faz 600 anos, (conquista de Ceuta, Agosto 1415), que Portugal, naquela era, era o país mais evoluído da Europa!

A refletir!

Músicas do passado,  tristes mas sensatas, que ainda hoje chocam o cantar de ver Portugal cada vez mais pobre:

O emigrante: https://www.youtube.com/watch?v=YF4OP0M3e_s 

Eles que partem: https://www.youtube.com/watch?v=pewOaY3flTs 

Pedra filosofal : https://www.youtube.com/watch?v=kGvY4tqcgUQ 

geral@minhodigital.pt
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