Em 15 anos quase quadruplicou o crédito concedido para aquisição de casa nos Arcos de Valdevez

A Banca emprestou, em 2015, a cada cliente (em média), 95 214 mil euros para aquisição de habitação no concelho de Arcos de Valdevez. Em década e meia, o montante concedido em crédito à habitação neste concelho quase quadruplicou (passou de 25 803 euros em 2000 para os anteditos 95 214 euros em 2015).

Segundo a base de dados Pordata, Arcos de Valdevez foi o terceiro município do distrito com maior valor médio emprestado (a particulares) pela Banca para crédito à habitação em 2015, sendo apenas superado por Viana do Castelo e Ponte de Lima.

Sob outro ângulo, a avaliação bancária dos alojamentos revela uma ligeira depreciação do valor por metro quadrado (m2). Em 2009, o valor médio de uma casa nos Arcos era de 885 euros por m2 (em Portugal era de 1146 euros por m2), enquanto em 2015 esse valor baixou para 873 por m2 (no território nacional era de 1034 euros por m2). No distrito, tomando como referência o mesmo ano (2015), os valores mais elevados por metro quadrado dizem respeito aos concelhos de Vila Nova de Cerveira (985 euros), Caminha (952 euros) e Viana do Castelo (919 euros).

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De acordo com os números de 2015, Lisboa (1848 euros), Loulé (1499 euros) e Cascais (1480 euros) são os concelhos portugueses onde as casas avaliadas pela Banca atingem valores mais elevados por metro quadrado, por oposição ao município de Mogadouro, onde os alojamentos valem menos (607 euros por m2).

 

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Procura de habitação municipal supera a oferta

Devido à degradação das condições socioeconómicas de uma faixa significativa da população arcuense, a oferta da habitação social pelo Município de Arcos de Valdevez não cobre atualmente a procura, ou seja, os fogos disponibilizados pela Câmara Municipal não chegam para as necessidades. Além disso, a tipologia do parque habitacional (faltam T1) também não corresponde bem ao perfil de quem as procura atualmente, havendo, ao todo, 12 núcleos de arrendamento social (repartidos por Vila Fonche, Couto, Rio Frio, Vale, S. Jorge, Sabadim, Aguiã, Souto, Távora, Guilhadeses, Giela e Paçô), que “abrigam” cerca de sessenta inquilinos (não confundir com moradores).

Face às dificuldades de cumprimento de várias famílias, e com o objetivo de promover uma política de inclusão, o Município de Arcos de Valdevez aprovou, recentemente, uma proposta de atualização das rendas sociais para 2017, favorecendo a maioria das pessoas alojadas.

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Segundo fonte municipal, “cerca de 73% dos inquilinos vão pagar menos e nos casos em que há subida do valor da renda a porção de aumento não atinge os 5 euros”. Fruto desta atualização, que resulta de alterações à lei, por um lado, e da “aplicação de parâmetros de reforço de direitos dos inquilinos”, por outro, a maioria dos ocupantes, contas feitas, vai beneficiar de um importante desconto da renda a pagar no ano em curso.

Além da revisão em baixa das rendas sociais (também com a finalidade de conseguir uma diminuição dos incumprimentos), a Câmara Municipal de Arcos de Valdevez tem vindo a conceder apoios à melhoria das condições de habitabilidade nos casos em que os particulares hajam provado carências económicas.

“Devido à falta de casas sociais e ao facto de as famílias beneficiadas desenvolverem na maioria dos casos atividades agrícolas de subsistência, esta política de investimento tem a virtude de devolver algum conforto às casas sinalizadas e vistoriadas, além de não deslocalizar as pessoas das respetivas terras”, salienta a vereadora da Ação Social do Município, Belmira Reis.

 

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