Editorial

Em Lavradas não há pão nem brioches
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Damião Cunha Velho

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Cinco anos depois do incêndio na igreja de Lavradas ainda não há uma igreja.

Não há consensos, não há igreja.

Paz podre, certamente.

 

Pediram-se donativos para a reconstrução da igreja que ardeu e o dinheiro dado chegava para esse efeito. Os paroquianos só queriam pão.

Porém, novos destinos quiseram dar a esse dinheiro para a construção de uma nova igreja. Algo que não foi tido nem achado na hora de pedir ajuda.

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Foram muitos os que ajudaram e, prontamente, o dinheiro chegava e bastava. Só que houve quem estivesse com desejos acima das posses e em vez de pão quiseram brioches.

 

Acontece que ao não respeitarem aquilo para que pediram o dinheiro – a reconstrução – inflacionaram os custos de uma nova igreja, já de si mais dispendiosa.

Um projeto que implicava mais tempo. E, com a pandemia e a guerra o que se podia ter feito há cinco anos atrás agora tem outro preço.

 

Mas o “agora” não existe em Lavradas porque nem uma nova igreja nem a antiga reconstruída existem, e já se passaram, fez dezembro passado, cinco anos.

Um desrespeito para quem contribuiu financeiramente. Os que estão vivos e aqueles que já morreram. E já foram muitos os que não puderam ser velados na igreja de Lavradas.

 

Sim, porque a igreja não existe.

É que nem pão nem brioches!

 

2 comentários

    1. Subscrevo. Uma vergonha.
      Quando algo está mal e permanece mal é porque alguém está ou pensou ganhar com esta situação!

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