Editorial

Empreendedorismo, um novo olhar sobre o mundo
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Ricardo Rodrigues Gomes

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Muitos destes empreendedores continuam a nascer da atual lógica que caracteriza o mercado laboral, e que tem vindo a transformar seriamente o paradigma do emprego. São inúmeros os portugueses inconformados que não desistem de vingar no seu país, e que se apoiam na filosofia do empreendedorismo para gerarem as suas próprias fontes de rendimento à margem do controlo patronal.

A Comissão Europeia no seu Livro Verde para o Espírito Empresarial, refere que, e passo a citar, “o espírito empreendedor é, acima de tudo, uma atitude mental que engloba a motivação e capacidade de um indivíduo, isolado ou integrado num organismo, entidade ou empresa, para identificar uma oportunidade de negócio e para a concretizar com o objetivo de produzir um novo valor ou um resultado económico.” Para mim, em particular, talvez seja um pouco mais do que isto. 

O empreendedorismo é um novo olhar sobre o mundo. Uma atitude de alguém que preza a sua independência e realização pessoal. Na verdade, identificar sagazmente uma oportunidade de negócio, possuir o conhecimento, criatividade e espírito de iniciativa para, isoladamente ou em comunidade, enfrentar com coragem a incerteza transformando essa oportunidade em criação de valor, são características fundamentais para a maioria dos projetos onde impera a vertente empreendedora. 

Portugal vive um período positivo, de considerável dinâmica, em torno do empreendedorismo e movimento startup. Paulatinamente, neste âmbito, tem vindo a posicionar-se como destino privilegiado para o investimento e para os negócios. Aliás, costumo referir com frequência que o nosso país é um reservatório de talentos sedentos de oportunidades.

Neste sentido, não é de estranhar que o capital de risco ande de olho no ecossistema português existindo diversas vias de acesso ao investimento. Evidentemente que, a capacidade de trabalharmos bem em equipas multiculturais, o fantástico património cultural que detemos, o clima convidativo, as magníficas paisagens e o estilo de vida que fomentamos, são outros fatores muito apreciados que permitem perceber melhor este momento.

Nos dias que correm, nas mais diversas formas, os empreendedores constituem um elemento vital para a revitalização do tecido económico. Desde logo, porque estão na origem de empresas mais dinâmicas e inovadoras, que apresentam um maior potencial de crescimento, podendo a prazo, em alguns casos, competir de forma eficiente à escala global.

Muitos destes empreendedores continuam a nascer da atual lógica que caracteriza o mercado laboral, e que tem vindo a transformar seriamente o paradigma do emprego. São inúmeros os portugueses inconformados que não desistem de vingar no seu país, e que se apoiam na filosofia do empreendedorismo para gerarem as suas próprias fontes de rendimento à margem do controlo patronal.

Claro está, nem tudo é um mar de rosas. Muito pelo contrário. Muitos projetos ficarão pelo caminho por razões diversas. Por muito cruel que possa parecer, apenas os mais capazes terão a arte e o engenho de prevalecer com sucesso no mercado. Em bom rigor, nunca ninguém disse que ser empreendedor seria uma tarefa fácil. Não é mesmo, de todo.

Acabo como comecei, o empreendedorismo é, acima de tudo, um novo olhar sobre o mundo.

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