Encontro sobre o património industrial do Alto Minho

No passado dia 14 e 15 de abril, ocorreu na Escola Superior de Educação, do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, aquele que foi o I Encontro sobre o Património Industrial do Alto Minho.

A iniciativa, organizada pelo Centro de Estudos Regionais e pela Associação Portuguesa para o Património Industrial, demonstrou de forma cabal o quão premente se afiguram o tema e este tipo de iniciativas. O programa do dia 14, onde se discorreu sobre um conjunto alargado de temas associados ao Património Industrial da região, particularmente aquele que não está suficientemente estudado e valorizado, demonstrou a premência da sua preservação, revitalização e consequente integração na Rede do Turismo Industrial. Ao todo foram apresentadas cerca de uma dezena e meia de comunicações, todas dedicadas à região, excetuando-se apenas uma, de uma investigadora da Universidade de Évora.

O segundo dia do evento ficou marcado pela visita à mais antiga central de produção de energia elétrica do Alto Minho, a Hidroelétrica do Coura, Lda., em Covas, concelho de Vila Nova de Cerveira, pioneira na distribuição de eletricidade à generalidade dos concelhos alto minhotos, configurando verdadeiros momentos de retrospetiva, imbuídos de um forte pendor pedagógico, proporcionado sobretudo pela viagem no tempo que Paulo Torres Bento e outros intervenientes proporcionaram aos visitantes.

Ao início da tarde, após o almoço em Covas, as três dezenas de participantes dirigiram-se de autocarro, cedido pelo município vianense, para a freguesia de Alvarães, onde foi celebrada a assinatura de um dos momentos mais altos do dia, que permitiu integrar a longínqua história cerâmica de Alvarães, na Rede Nacional do Turismo Industrial, com a criação da Rota da Cerâmica de Alvarães, protocolo esse firmado pela Entidade Regional Turismo do Porto e Norte, pela autarquia de Alvarães e pela autarquia de Viana do Castelo. A Rota da Cerâmica de Alvarães tornou-se dessa forma pioneira na região ao integrar a Rede Nacional do Turismo Industrial, com um percurso de cerca 15.6 quilómetros, contemplando 13 pontos de interesse industrial, cultural e ambiental.

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A iniciativa integrou o programa do I Encontro sobre o Património Industrial do Alto Minho que, para além desse momento, parece ter aberto as portas a novas iniciativas, conforme reiterou Luís Nobre, autarca de Viana do Castelo. No decorrer da tarde, os participantes na visita tiveram ainda a oportunidade de conhecer a fábrica Jerónimo Pereira Campos & Filhos e, já no final do dia, decorreu uma visita aos fornos de cal de Darque, junto ao Cabedelo. O Centro de Estudos Regionais e a Associação Portuguesa para o Património Industrial imprimiram aquele que logra ser um novo paradigma, evocando e valorizando o Património Industrial da região, que patenteia encontrar cada vez mais parceiros e adeptos da sua valorização e consequente potenciação para o desenvolvimento social e económico da região.

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