Entrevista com Fernando Cabodeira: “Confundiram-se divergências políticas com questões pessoais”

As divergências internas dentro do Partido Socialista de Arcos de Valdevez estão na ordem do dia. Fernando Cabodeira, ex-vereador na Câmara Municipal, deu uma entrevista ao Minho Digital. Curta mas acutilante.

O PS-Arcos obteve os piores resultados de sempre nas últimas autárquicas. Que fatores contribuíram para esta hecatombe? 

Infelizmente, os números são indesmentíveis. O Partido Socialista de Arcos de Valdevez obteve o pior resultado de sempre nas últimas eleições autárquicas. Relativamente aos fatores que contribuíram para esse resultado, enquanto militante, apenas reafirmo aquilo que, em jeito de diagnóstico, bastante antes das últimas autárquicas, salientei: “No PS de Arcos de Valdevez há divergências políticas (saudáveis e próprias de um partido aberto e plural como é o Partido Socialista) sobre a estratégia a seguir para enfrentar os desafios que se avizinham, nomeadamente as eleições autárquicas do próximo ano”. Pena foi que não nos dessem ouvidos e que, na altura, confundissem divergências políticas com questões pessoais…

A desorganização interna, a desresponsabilização, a inércia, a “caça às bruxas” e a falta de debate (não convocação de reuniões) são algumas das críticas ouvidas em relação ao legado de Dora Brandão. Em que medida é que se revê neste retrato?

PUB

O plasmado na questão contém parte substancial da resposta à pergunta anterior. Esse “retrato”, politicamente, espelha a realidade.

Alguns destacados militantes do PS têm dito que a ainda presidente da Concelhia não soube tirar ilações dos resultados nas autárquicas. Quer concretizar?

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Para se  partir em busca de um futuro melhor, as consequências devem ser tiradas pelo “coletivo”.

Como é que perspetiva o futuro do PS-Arcos? Porque é que não apoia ninguém?

PUB

Enquanto militante, espero que o futuro do PS de Arcos de Valdevez seja bem melhor. Interessa que, sem esquecer o passado, o foco esteja no futuro. Estou, por vontade própria, como mero militante de base. Decidi, por isso, sem esquecer os meus deveres e os meus direitos, optar por não apoiar qualquer candidato.

No papel de militante, que postura vai ter em relação à futura liderança? 

Para evitar que as minhas palavras possam ser mal entendidas, vou continuar a seguir o sábio conselho de São João da Cruz: “O silêncio e o trabalho abrigam o pensamento, e fortificam o espírito”.

PUB

 

PUB
  Partilhar este artigo
Nuvem do Minho
PUB

Junte-se a nós todas as semanas