Editorial

Enxurradas
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Jorge VER de Melo

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Mais uma vez, o nosso Governo errou perante a proteção dos cidadãos.

O que aconteceu durante as habituais enxurradas dos últimos dias foi uma autêntica desordem trágica.

É algo que se repete praticamente todos os anos e onde nada ou quase nada é feito para contrariar os efeitos provocados pelas chuvas que por sua vez originam estes prejuízos.

Todos sabemos, inclusivamente quem nos governa, que não estamos prevenidos nesta altura do ano nem nos anos anteriores assim como infelizmente no futuro.

O que a história confirma:

1- Condutas das águas pluviais entupidas pelo lixo acumulado durante o verão;

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2- Condutas insuficientes em número e em dimensão;

3- Planificações para a solução , ignoradas ou inadaptadas;

4- Proteção Civil mal dimensionada para este tipo de problemas;

5- Clara falta de vontade para resolver sabendo que estes casos acontecem todos os anos;

6- Falta de previsão, etc.

O nosso país é acidentado, composto essencialmente por montes e vales. Terreno que sofre sempre alterações quando chove porque as águas pluviais correm para os vales causando estragos caso não sejam acauteladas correções no seu escoamento.

Ora, isso acontece também nas zonas: habitacionais, industriais, comerciais, vias de comunicação,  etc. Todas elas estão sujeitas às regras impostas pela natureza, logo, o Ser Humano aproveita a inteligência que possui para se defender destas catástrofes, sobretudo conhecendo antecipadamente as causas e os efeitos.

Por vezes, existe a tendência dos responsáveis pela falta de proteção, afirmarem ter-se tratados de infelizes incidentes ou catástrofes às quais eles são alheios.

Mesmo as pessoas na generalidade sentem que tudo acontece por azar, quando na realidade estas coisas podem ser evitadas se forem acauteladas algumas regras básicas para a sua proteção.

O grande problema é que por vezes nos colocamos a jeito dos acidentes, mais propriamente, como se a nós, estas coisas nunca pudessem acontecer.

Por exemplo:

– Não possuir bomba ou drenagem suficientes nas garagens, nas caves ou em qualquer local subterrâneo do edifício que habitamos;

– Não cuidar devidamente dos telhados ou da limpeza das caleiras;

– Não proteger adequadamente os bens que se encontram nos locais sujeitos a este tipo de acidentes;

– Simplesmente, não evitar locais sujeitos a avalanches, etc.

Afinal, nós também somos culpados pelos azares que nos acontecem por zelo e por não sermos capazes de exigir maior segurança a quem deve cuidar dela.

Um azar nunca vem só!…

Mais corretamente, “vem normalmente acompanhado do nosso desleixo.”

Às tantas, a culpa é da natureza que  nos vai fornecendo água em demasia depois de longas secas.

Mas, mais vale prevenir do que remediar.

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