Editorial

Escândalos na Igreja Católica
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Jorge VER de Melo

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Serão mesmo novos estes escândalos da Igreja Católica?

Terão mesmo descoberto aquilo que todos conhecíamos há séculos?

Na verdade, apenas aconteceu uma pequena evolução da democracia. O cidadão comum perdeu o medo da hegemonia religiosa, do Poder da Igreja e, resolve “dar com a língua nos dentes.”

Só que todos se esqueceram dos responsáveis pela gestão desta nossa religião. Muitos deles ainda vivem com a mente enraizada noutros tempos.

Toda esta conversa é apenas para vos lembrar factos, regras e razões que por via da natureza se foram apoderando de situações escabrosas transformadas em banais.

Não pretendemos de maneira nenhuma desrespeitar a nossa “Religião Católica Apostólica Romana”, mas os responsáveis da religião oficial da Nação, devem ponderar os seus procedimentos anteriores e corrigir tudo que foi acontecendo nos séculos anteriores adaptando-a aos nossos tempos.

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Senhores Bispos, esqueçam os discursos vagos sem justificação, ficam-lhes muito mal, agravam mesmo aquilo que não é justificável. Todos os conhecemos como pessoas inteligentes e por isso capazes de encontrar regras que poderão colmatar os acontecimentos.

Estes criminosos abusos sexuais que alguns membros da igreja veem cometendo, na sua generalidade, talvez sejam efeitos provocados pela imposição do celibato.

Esta palavra deriva do latim cælibatus do estado daquele que não é casado ou que é célibe. Na realidade é o estado em que uma pessoa se mantém solteira por opção.

Só que os cristãos resolveram entender de forma diferente este raciocínio do apóstolo Paulo (versículos 1-2) em que ele defende o celibato como sexo fora dos laços do casamento considerando imoralidade. Cada homem deve ter a sua própria mulher e ela o seu próprio marido.

Mas a Igreja resolve impor e justifica teologicamente que: “todo o clero católico latino é obrigado a observar e cumprir o celibato. (Ver: S. Mateus 19, 12).

Mas a Igreja Católica de rito latino, justifica a ordem teológica do celibato dos sacerdotes e religiosos de vida consagrada da seguinte forma:

  • “Com o celibato os sacerdotes entregar-se-iam de modo mais excelente a Cristo, unindo-se a ele com o coração indiviso;
  • O celibato facilita ao sacerdote a participação no amor de Cristo pela humanidade uma vez que Ele não teve outro vínculo nupcial a não ser o que contraiu com a sua igreja;
  • Com o celibato os clérigos dedicar-se-iam com maior disponibilidade ao serviço dos outros homens;
  • A pessoa e a vida do sacerdote são possessão da igreja, que faz as vezes de Cristo, seu esposo;
  • O celibato dispõe o sacerdote para receber e exercer com generosidade a paternidade que pertence a Cristo.”

Aqui está o testemunho provocador de toda essa disfunção nas atitudes dos clérigos que por bem… ou por mal, confundem o celibato deles com o equilíbrio físico e mental do Ser Humano como animal que é.

Não é preciso ser muito letrado para compreender esta realidade científica pois praticamente todos os católicos incluindo o Papa Francisco, estão de acordo em acabar com essa tortura de obrigar o Ser Humano a não cumprir as Leis da Natureza: “Crescer e Multiplicar-se”.

Será que ao acabarem com o celibato, conseguem manter a ordem na religião, conquistar mais fiéis e atrair mais sacerdotes?

1 comentário

  1. Muito bem observado.
    Infelizmente a igreja católica deve ter memória fraca.
    É urgente repensar certos dogmas e extinguir o celibato e ….mesmo assim talvez já seja tarde para atrair os jovens, já de si tão afastados.

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