Editorial

Estamos em Guerra!…
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Jorge VER de Melo

Jorge VER de Melo

Professor Universitário

(Aposentado)

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Esta pandemia é o resultado da soma dos comportamentos de cada pessoa, contrariamente ao que afirmou em tempos Margaret Thatcher.

Por isso a guerra contra o COVID-19 será tanto mais feroz quanto maior for a percentagem da irresponsabilidade de cada um nas suas atitudes.

O que está a acontecer é que todos ficamos mais sensíveis aos comportamentos e ao respeito pela vida de todos.

Os nossos políticos demonstram, em muitas atitudes, o respeito pela vida Humana e esquecem ligeiramente a prioridade económica.

Estamos então a verificar que nem tudo é mau na pandemia. Instalou-se uma postura há anos esquecida e, se assim continuarmos, vamos certamente vencer esta guerra muito rapidamente.

Ela serve de lição em imensas atitudes e prioridades. O futuro agradecerá as aprendizagens que vão acontecendo, embora com imensas vidas perdidas como em todas as guerras, mas com superior ponderação generalizada a todos, Cidadãos e Governantes.

Finalmente teve que acontecer algo dramático para acordarmos perante as prioridades da vida.

https://covid19.min-saude.pt/perguntas-frequentes/

Reparem que as próprias medidas preventivas são, nem mais nem menos do que respeitar o próximo para nos defendermos e ajudarmos a defender as outras pessoas. Senão vejamos:

– Tapar o nariz e a boca com um lenço de papel ou com o antebraço, quando espirrar ou tossir. Deitar sempre o lenço de papel no lixo em cada utilização;

– Lavar as mãos frequentemente, sobretudo quando toque em algo exposto a possível contágio;

– Evitar contacto próximo com pessoas que possuam qualquer infeção respiratória e salvaguardar a distância de um a dois metros para com todas as outras;

– Evitar tocar na cara com as mãos;

– Evitar partilhar objetos pessoais ou comida em que tenha tocado.

A rapidez da comunicação foi uma das grandes defesas desta pandemia, fundamentalmente na divulgação da informação útil e na das diretrizes a cumprir. As redes sociais e os restantes mídia demonstraram aí a sua cabal importância. Sem esse apoio, os acontecimentos seriam muito mais dramáticos.

Mas, devido ao isolamento obrigatório em casa, a família ficou beneficiada porque finalmente todos os seus elementos, nesse contexto, foram obrigados a disfrutar de um convívio como já não acontecia desde que nos conhecemos.

Observamos pais e filhos jogando e conversando sobre assuntos importantes da vida como:

– O futuro de cada elemento;

– Os problemas económicos que se adivinham;

– Estratégias de defesa contra a pandemia e manutenção dos respetivos empregos;

– Arrumações da casa que estavam adiadas há muito tempo;

– Dúvidas profissionais dos pais e dos estudos dos filhos;

– Bricolages eternamente adiadas e até;

– O convívio da família na presença de todos.

Para concluir, no meio deste pandemónio que se apresenta, ainda se consegue aproveitar uma forma de viver que não considerávamos tão importante.

Resta a esperança para o futuro:

Será que as pessoas vão mesmo aprender a viver?

Será que vão passar a guardar algum do seu tempo para o lazer e para o convívio familiar?

Esta guerra vai acabar e o futuro será certamente melhor e mais responsável…

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