Editorial

Estão a destruir o Ensino Público
Picture of Jorge VER de Melo

Jorge VER de Melo

Partilhar

Jorge VER de Melo

Consultor de Comunicação

Aí está o resultado dos maus tratos dados ao ensino. Durante muitos anos, não só quem Governa o país, mas também o cidadão comum, por simpatia, alinharam nessa perigosa atitude.

Agora surgem com mais insistência os estragos causados por essas políticas destruidoras.

Quem dedica a sua vida a educar os cidadãos do futuro merece respeito. São pais que batem nos professores, alunos que batem nos professores, Ministérios que prejudicam os professores e até professores que batem nos alunos.

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Mas a situação agrava-se ainda mais quando verificamos a decadência da manutenção das escolas: em conservação, consumíveis e pessoal profissional. Professores, funcionários das secretarias incluindo os auxiliares nunca são contratados em quantidade, qualidade e tempo útil. Dá a sensação de que o objetivo é “quanto pior, melhor”.

Continua, em força, a destruição do Ensino Público.

Ouvem-se permanentemente queixas dos responsáveis escolares. Os comportamentos dos alunos, dos encarregados de educação e até dos professores, completam esse descalabro.

Não nos cansamos de afirmar que a profissão de professor é a mais respeitada em praticamente todos os países do globo. Escusado será dizer que agora em Portugal, não é assim.

Meus caros, “casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão”. O ditado popular identifica na perfeição o que acontece no ensino das Escolas Públicas.

Claro está que com tanta incompetência Governamental, os bons profissionais não querem trabalhar no ensino, seguem para outras profissões ou vão para outro país que os trate com humanidade, lhes pague de acordo com as suas competências académicas e sobretudo que os respeite.

Para poupar uns cobres, o Ministério da Educação tem tirado exigências académicas aos professores. Antigamente, alguns tinham que estudar na Universidade mais um, dois ou três anos, do que presentemente.

E mais, estes professores da nova geração, mesmo tendo estudado muito menos que os mais velhos, têm exatamente os mesmos direitos. Há qualquer coisa que não bate certo ou alguém que faz as leis sem perceber nada disto.

Mais uma demonstração de que as pessoas que têm Governado o nosso Ensino Público, não estão minimamente preparadas para o fazer.

É tão escandaloso que só para ficar mais barato, entregam a responsabilidade de ensinar futuros cidadãos, a pessoas que não possuem habilitações pedagógicas para tal.

Conclusão, não conseguem controlar as situações, entram facilmente em stress e tomam atitudes criminosas como “bater nos alunos”. É quase como admitir “sapateiros para curar doentes,” até podem ter muito jeitinho, mas falta-lhe o essencial, preparação profissional.

Claro que tudo isto, tal como afirmamos anteriormente, não acontece por acaso.

Agora reparem:

https://www.comregras.com/desde-1988-que-o-investimento-na-educacao-nao-era-tao-baixo/

– Desde 1975 até 2002 a qualidade do Ensino subiu sempre porque existia a preocupação de formar cidadãos para a Nova Democracia;

– Refletida naturalmente na qualidade do Ensino. Veja-se a geração de profissionais e cientistas portugueses, distinguidos mundialmente;

– A partir de 2002 o Orçamento do Estado foi diminuindo esse investimento na Educação Pública até 2008;

– Mas desde 2008 até agora tem sido catastrófico;

– E o resultado está aí.

Será que o desastre vai continuar?

O Ministro da Educação é o mesmo responsável por tudo que aconteceu nessa área durante os últimos quatro anos!…

Mais
editoriais

Junte-se a nós todas as semanas