Estreou esta segunda-feira a segunda temporada da série mini-documentários da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) que pretende mostrar a transformação que Portugal sofreu nos últimos 50 anos, centrando-se em áreas como família, direitos das mulheres, economia, cultura, educação, mercado de trabalho ou saúde.
Serão quatro novos episódios, com duração de cerca de 20 minutos cada, transmitidos semanalmente à segunda-feira, no site e canal de Youtube da FFMS (ver em baixo).
Esta segunda temporada dá seguimento aos quatro episódios transmitidos em abril de 2024 e contará, agora, com a participação de personalidades como o ilustrador André Carrilho, o escritor João Tordo, o artista Bordalo II, a cantora Manuela Azevedo, a artista Garota Não, a radialista Joana Marques, ou a encenadora e atriz Cláudia Semedo, entre muitas outras.
O primeiro episódio, já disponível on-line, centra-se na educação e no mercado de trabalho, partindo dos anos 1970, altura em que Portugal era um país onde um em cada quatro portugueses não sabia ler e apenas 5% dos jovens em idade escolar estavam matriculados. Sendo a educação uma das chaves do desenvolvimento de qualquer país, este episódio mostra como Portugal se tornou um caso de sucesso no que toca à democratização do ensino e ao aumento sustentado das qualificações da população. No entanto, não deixa de fora os desafios que o sistema educativo atravessa atualmente, nomeadamente, a falta de professores.
PUBO segundo mini-documentário tem transmissão marcada para dia 03 de fevereiro, centrando-se no tema da saúde, em concreto na evolução da esperança de média de vida em Portugal. Apesar do enorme progresso registado nos últimos 50 anos, tenta-se também explicar porque doenças do aparelho circulatório, como tromboses e acidentes vasculares cerebrais, se mantêm no primeiro lugar das causas de morte. Perceber-se-á que uma das explicações poderá residir no facto de Portugal se posicionar na linha da frente a nível europeu no que respeita à inatividade física e ao sedentarismo.
No dia 10 fevereiro, o tema será as famílias e como a sua tipologia se foi alterando ao longo das últimas décadas, devido, por exemplo, a uma maior escolarização das mulheres mas também aos avanços científicos que permitiram um maior controlo da fecundidade e a massificação do uso de contraceptivos. As famílias são hoje mais diversas no que respeita à sua composição e este episódio mostra que, apesar de o número de filhos ter vindo a diminuir, há ainda famílias que permanecem numerosas. Aborda também o facto de os casais homoparentais terem vindo a conquistar novos direitos, como o direito ao casamento e à adoção. Destaca o ano 2015, a partir do qual o número de nascimentos de bebés filhos de pais não casados ultrapassa o dos nascimentos ocorridos dentro do casamento. Mostra, acima de tudo, que hoje há uma grande diversidade e que a família continua a ocupar um lugar central para a realização pessoal dos portugueses.
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O último episódio, marcado para dia 17 de fevereiro, terá como tema os hábitos culturais. Este mini-documentário mostrará como cinco décadas de democracia revolucionaram os hábitos culturais, com um país que se abriu ao mundo, recebendo novos livros, filmes e todo o tipo de artes, sendo a música uma arte de grande difusão e consumo. Mas haverá também espaço para olhar para o futuro e para a forma como se conjugará a presença física com a presença digital ou que liberdade e diversidade existirá para além da escolha ditada pelo algoritmo.
VÍDEOS:
PUBhttps://www.youtube.com/shorts/YIU0Iph1bb4 (1ª série)
https://www.youtube.com/shorts/bOohIo6CNbA (2ª série)