A estrutura operacional da Amnistia Internacional (AI) de Viana do Castelo continua a fazer uma análise de mais cinco países, entre os quais Portugal, denunciando algumas situações atentórias dos mais elementares violações dos Direitos Humanos.
EUA
As políticas de imigração dos Estados Unidos da América causaram mais separações de famílias do que as autoridades norte-americanas têm vindo a admitir. A Amnistia Internacional apurou que pelo menos 6 000 famílias foram separadas em apenas quatro meses, entre meados de abril e meados de agosto deste ano, e o total de 8 000 remontando até 2017. A organização de direitos humanos denuncia que estas políticas e práticas são deliberadas e estão a causar danos catastróficos a milhares de pessoas.
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Portugal
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A Amnistia Internacional Portugal expressou veemente preocupação com os estereótipos de género existentes no acórdão do Tribunal da Relação do Porto, em que foi confirmada a suspensão de pena de dois homens condenados por abuso sexual de uma mulher que se encontrava inconsciente. A organização de direitos humanos entende que o acórdão passa uma mensagem prejudicial às vitimas de violência sexual e de género, colocando o seu comportamento no banco dos réus em vez das ações dos perpetradores.
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França
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A França arrisca-se a tornar-se cúmplice de graves violações de direitos humanos no Egito ao exportar e continuar a fornecer equipamento militar àquele país, onde o mesmo é usado em operações de repressão mortal. Uma investigação da Amnistia Internacional apurou que veículos armados de fabrico francês foram utilizados pelas forças de segurança egípcias para dispersar violentamente protestos entre 2012 e 2015, incluindo nos massacres de Rabaa e de Nahda, em que foram mortas pelo menos mil pessoas.
Síria
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Já passou um ano desde o fim da ofensiva da coligação liderada pelos Estados Unidos da América sobre Raqqa – em que muitas centenas de civis foram mortos – e as autoridades norte-americanas continuam a não querer admitir, nem sequer investigar, a verdadeira escala de vítimas e de destruição que causaram naquela cidade síria. Até nos casos em que reconhece que morreram pessoas nos seus bombardeamentos, o Pentágono não admite responsabilidades nem a obrigação de ressarcimentos.
Malásia
O Governo da Malásia anunciou a 10 de outubro, Dia Mundial Contra a Pena de Morte, que irá encetar medidas com vista a abolir a pena capital para todos os crimes. A Amnistia Internacional regozija-se com esta conquista de todos quantos se bateram pelo fim da pena de morte na Malásia, expectante de que a abolição seja aprovada quanto antes no Parlamento do país. São já 142 os países que aboliram na lei ou na prática esta punição – a mais cruel, desumana e degradante.
Contacto:
aivianadocastelo@gmail.com