A minhota (Braga) Maria João Lopes de Sousa, 25 anos, está a participar num concurso de ‘IDEIAS’ da iniciativa das NAÇÕES UNIDAS, designado “ 2018 Europe Finalists do Young Champions The Earth”, a nível global ( 5 regiões do mundo).
O seu projecto é português e de grande interesse pois incide na aplicação de inteligência artificial aplicada com recurso a drones e balões em rede, ligados a uma estação de Call Center , para deteção de incêndios rurais em tempo real.
Já ultrapassou várias etapas, tendo sido uma dos cinco selecionadas para a Região EUROPA.
A nível académico, a jovem tem o Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica e actualmente é bolseira de investigação no IDMEC – Instituto de Engenharia Mecânica, no Centro de Sistemas Inteligentes, no Instituto Superior Técnico, em Lisboa.
PUBO MINHO DIGITAL (MD), como se impunha pelo valor reconhecido, foi ouvi-la, se bem que possa seguir a sua própria apresentação oficial em https://www.youtube.com/watch?v=eauKAkkALF8&feature=share
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Minho Digital (MD) – Pode desenvolver-nos a ideia geral deste Concurso Internacional no âmbito das Nações Unidas em que já conseguiu chegar a um ‘patamar’ tão importante?
PUBMaria João (MJ) – Neste momento estou a participar no concurso Young Champions of the Earth da UN Environment que é uma iniciativa que pretende celebrar e apoiar jovens entre os 18 e os 30 anos que têm um potencial notável para criar um impacto ambiental positivo.
Após um período de candidaturas, os especialistas da ONU selecionaram 35 Finalistas Regionais que serão agora submetidos a uma votação pública online que decorre até hoje, dia 25 de Junho (2ªfeira) e que informa a seleção de 14 Finalistas Mundiais. Os 7 vencedores serão posteriormente escolhidos por um painel global de especialistas.
Em 2018, serão selecionados 7 vencedores de cada região: um de África, Europa, América Latina e Caraíbas, América do Norte, e Ásia Ocidental; e dois da Ásia e do Pacífico.
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MD – O que a levou a concorrer? Qual o prémio?
MJ – Tive conhecimento do concurso em Março através do website e pareceu-me uma excelente oportunidade para impulsionar o projecto que quero desenvolver. Como já tinha trabalhado no projecto, mais do que os 6 meses exigidos pelas regras de organização, candidatei-me, tendo felizmente sido uma das selecionadas.
Os vencedores receberão um financiamento de 15,000 USD cada, formação e orientação por uma comunidade de especialistas da ONU, de forma a ajudá-los a implementar as suas grandes ideias ambientais.
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MD – Em que se baseia o seu trabalho?
MJ – Este trabalho teve início durante a minha dissertação de mestrado que se focou na detecção de focos de incêndio em parques de campismo e de caravanismo, na qual analisei vários tipos de sensores de imagem, com vista à implementação de sistemas de segurança contra incêndios nestes recintos. O projecto é uma extensão do trabalho realizado nesse período e também do trabalho de investigação que tenho vindo a desenvolver desde então.
MD – Quais as suas expectativas?
MJ – Nesta fase, a expectativa é passar esta fase de eliminação. Caso tenha a sorte de ser uma das vencedoras, o objectivo passará pela realização de mais testes com vista à implementação do sistema.
MD – Há mais portugueses a concorrerem? No total, quantos são?
MJ – Apenas tenho conhecimento dos 35 finalistas finais e sou a única de nacionalidade portuguesa. Quanto ao número de concorrentes na selecção inicial penso que tenham sido aceites 760 candidaturas.
MD – Quem avalia os trabalhos a apresentar?
MJ – A selecção foi realizada por uma equipa da UN Environment e da Covestro e nas fases posteriores ainda não foram anunciados os elementos convidados para fazer as avaliações finais.
MD – Já alguma vez obteve algum prémio num concurso?
MJ – Ganhei um prémio num concurso interno do Instituto Superior Técnico, fazendo parte de uma equipa. Este é o primeiro que concorro a título individual, também pela natureza do concurso.
MD – Em termos profissionais, que perspectivas de trabalho tem? Portugal ou estrangeiro? Porquê?
MJ – As perspectivas imediatas são de começar o doutoramento em Engenharia Mecânica no Instituto Superior Técnico, pelo que tenho a intenção de continuar em Portugal.
MD – Quer falar-nos do projecto que candidatou?
MJ – A minha grande ideia é ter uma rede dinâmica de sensores que possam transmitir dados em tempo real para a avaliação de mudanças no ambiente. Esse tipo de sistema depende de sensores estáticos, bem como de plataformas aéreas móveis, como drones e balões de alta altitude que podem fornecer ampla cobertura de área. A natureza descentralizada e dinâmica do sistema proposto permite a sua implantação em regiões-alvo em janelas de tempo específicas quando há previsões de aumento do risco de incêndio. Uma vez validado, esse tipo de sistema destina-se especialmente à implantação em ambientes rurais para assistência na detecção e monitoramento de incêndios florestais. Ao fornecer dados em tempo real para os tomadores de decisão, ele tem o potencial de permitir uma melhor otimização da alocação de recursos nas etapas de preparação, resposta de emergência e pós-incêndio.
O leitor pode ter uma participação activa para que a jovem Maria João seja seleccionada nesta fase, mas terá de fazer ainda hoje (dia 25/Junho) .
Neste momento está a decorrer uma votação a nível global para apurar 14 finalistas que serão depois submetidos a nova selecção por um júri das Nações Unidas.
Pode ser visualizado pesquisando no google em “YOUNG CHAMPIONS OF THE EARTH“, onde está o resumo da ideia e o vídeo de apresentação.
Para votar vão aos FINALISTS e procuram os da região EUROPA.
O nome é MARIA SOUSA e no final da página tem um quadro para proceder á votação e submetê-la.
Depois é necessário ir ao vosso email , ao SPAM, abri-lo e clicar no link a em letras azuis e fica validado.
O site: http://web.unep.org/youngchampions/2018/bio/europe
VAMOS TODOS VOTAR!