‘Cheira-me’ a que as próximas eleições autárquicas no distrito de Viana do Castelo vão ser mais um exemplo – mau, por sinal – do que apregoam os políticos: a proximidade entre eleitores e eleitos, o sentido elevado de SERVIR em vez de se servir.
É altura de pôr os negócios e estratégias de grupo alheados do que é essencial para a região (e nisto incluo, também, as freguesias rurais). Mas o que mais temo é a falta de nível dos procedimentos que já começaram a dar sinais de vida. Facadas, acusações mútuas de mentirem, em tons contundentes…
O que aconteceu no passado é disso exemplo. Um triste exemplo. Ainda está na memória de muito boa gente o que aconteceu há 4 anos quando, com um intervalo de poucos minutos, duas facções do PSD de Viana se apresentaram em Tribunal para entregar listas diferentes. Resultado: os social democratas perderam um vereador em favor do PS, alcançando um resultado paupérrimo!
A falta de comparência, por desinteresse ou outras razões de pessoas capazes – que as há em Viana -, em aceitarem ser sufragados como alternativas a eventuais candidaturas perdedoras que apenas avaliam a simpatia e mobilização do eleitorado pelos likes que vão caindo nas suas páginas nas redes sociais, tem acabado num crescente abstencionismo.
Recordo, com ironia e sempre com umas boas gargalhadas, uma entrevista que há uns anos li em que o jornalista perguntava a um jovem, que se apresentava político, o que o ligava a Caminha e se conhecia as suas carências para encabeçar uma lista, não sendo ele dali. A resposta, tão pronta como surpreendente, foi de que «todos os anos passava um mês de férias a surfar em Moledo»!
O nível tem sido este e, perante tão assombrosos exemplos, já nem sei que diga! A demência política aparenta ser uma realidade e as perspectivas de que se começam a falar em sussurros dento dos partidos, são deprimentes …
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