Editorial

Faleceu Eurico Gonçalves
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Jorge VER de Melo

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Jorge VER de Melo

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Embora a comunicação social tenha salientado pouco a perca de alguém com uma vasta importância na cultura nacional, o Minho Digital não podia deixar de marcar o acontecimento com o respeito que ele merece.

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Foi no dia 10 Julho que faleceu com 90 anos Eurico Gonçalves, (Eurico Manuel de Melo Gonçalves).

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Crítico de arte e docente, figura de destaque como artista plástico publicou também alguns livros abordando a expressão plástica da criança.

Surrealista convicto dos anos cinquenta, mais tarde evoluiu a sua forma de expressão figurativa para a abstração encontrando aí o caminho que o conduziu a uma nova expressão gestual à qual ele chamou Dadá-Zen, onde a ingenuidade dinâmica da expressão Dadá é associada à postura simplificada e pura da filosofia Zen.

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Há na sua obra quase sempre uma relação muito próxima com todo o tipo de escrita.

Na realidade, trata-se de um comunicador/provocador onde a letra e a palavra têm apenas valor expressivo na forma e na espontaneidade do grafismo perante a composição.

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Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian em Paris nos anos sessenta onde conheceu nomes muito marcantes da época.

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A Coleção CAM (Centro de Arte Moderna) da Fundação Calouste Gulbenkian é proprietária de oito obras do artista realizadas em diversas fases da sua evolução tendo ele ainda bastantes obras distribuídas por coleções particulares.

“A Fusão dos Opostos” foi a última exposição de Eurico Gonçalves e Cruzeiro Seixas por nós apreciada. Um acontecimento de especial relevo para a cultura do Norte.

Esteve patente desde o dia 28 de setembro até 9 de novembro de 2019 na Galeria Municipal de Matosinhos. Promovida pela Câmara Municipal de Matosinhos, mas tendo como curadora Dalila D’Alte outra conhecida artista da nossa praça e simultaneamente companheira de Eurico Gonçalves a quem dirigimos os sentidos pesamos.

Esta exposição demonstrou que a arte, observada por pontos de vista diferentes acaba por se fundir no objetivo fundamental, criatividade e originalidade com intervenção. Uma conclusão de sonhos como fruto de muito trabalho, estudo e investigação, mesmo não querendo chamar-lhes assim.

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Era um homem de Penafiel pertencente ao velho Minho e Douro Litoral, por isso e até certo ponto podemos considerá-lo gente do Minho até porque foi original colaborador e apoiante incondicional da Bienal de Cerveira desde a fundação.

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Em agosto de 2005 Eurico Gonçalves foi o vencedor do Grande Prémio da XIII Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Cerveira onde concorreram 96 artistas de 17 países. Mais uma vez foi distinguida a “Desdobragem” de 1986 como primeiro prémio, entre 136 a concurso.

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Há quem diga que ser artista é uma forma de estar na vida. Não é apenas isso.

“O conceito de artista evolui com o tempo e nunca foi tão livre quanto na contemporaneidade” (Margarida Oliveira).

Desde as cavernas pré históricas passando por Miguel Ângelo até aos nossos dias, a arte foi observada de formas diferentes mas nunca sem considerarmos a capacidade criativa que só por si não identifica o artista como produtor da obra de arte. Essa tem que ser única perante o observador, não apenas criativa.

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Eurico Gonçalves foi um defensor desse resultado único e original da arte través da espontaneidade gestual.

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