Editorial

As Flores de Putin
Joaquim Letria

Joaquim Letria

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Joaquim Letria

Professor Universitário

A Europa necessita de estadistas que a orientem e não nos envergonhem como este bando da Rosicler que diz governar a União Europeia. São guardas-livros uns e outros nem isso. Uns e outros foram os partidos que lá os puseram. Agora começam a chegar as meninas das cotas que sempre dão melhor aspecto e trabalham como deve ser.

Por estas e por outras é que a gente olha para o Vladimir Putin e vê ali um estadista, educado, com experiência da vida e do mundo. Vem isto a propósito da audiência do presidente Macron nos Alpes marítimos onde o presidente francês e a sua mulher descansam na residência de férias.

Putin embaraçou o protocolo ao se apresentar com um ramo de flores nas mãos. Só à chegada compreenderam que o presidente russo levava a magnífica “corbeille” para a primeira dama de França, a quem elogiou o bronze que ela e o marido apresentam dos banhos de sol no Sudoeste francês. Em Bregançon, Macron estendeu a mão à Rússia, “profundamente europeia”.

Esta audiência de quatro horas e meia em que os dois chefes de Estado fizeram o “tour d’horizon” de questões tensas, como a Síria e a Ucrânia, bem pode substituir com vantagem a reunião do G7 em Biarritz, da qual Putin está excluído. Vladimir Putin entabulou uma elegante conversa em francês que também encantou Brigitte Macron que, se não tem ajudado o marido a chegar ao Eliseu, ainda era apelidada de pedófila por se ter casado com este seu ex-aluno que conheceu quando ele tinha 15 anos de idade. Se fosse cá, a pobre senhora ouvia logo “olha a professora a dormir com alunos menores!…”.

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Putin falou com Macron e há pouco tempo também fora recebido por Angela Merkl, outra figura de estadista que honra a Europa de que temos saudades. É bonito ver que ainda há figuras notáveis na nossa velha Europa. Do mal, o menos…

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