Editorial

FUI VOTAR, PARA DEPRESSA ESQUECER!…
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Manso Preto

Manso Preto

Director / Editor 

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O que foi alegria, excitação, entusiasmo, militância, tornou-se com o decorrer dos anos em desencanto, aborrecimento e desânimo.

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GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Hoje, por dever de ofício, sou obrigado a seguir a política.

Não raras vezes fico desconfiado e não fosse o humor e ironia que persisto em não perder, esse outro mundo a que não quero regressar deixar-me-ia deprimido.

Se há coisa que aprendi na política foi o estranho modo com que certa gente entra e sai da nossa vida.

Mais uma campanha eleitoral passou. Os carros de som, hoje, irritam-me, como me irrita ainda mais a conversa fiada que dali se ouve, as frases estereotipadas. Procuro reagir com indiferença. Mas é difícil e acho patético que eles ainda acreditem que nós acreditamos …

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O que há a mais em folclore no pior sentido, falta de convicção, escasseia em ideologia, na entrega desinteressada em termos materiais, em sonho, em solidariedade, em preocupações sociais.

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Apela-se ao voto com incaracterística bonomia sob um ar indisfarsável de fanfarronice. Outros com a pose estudada e voz colocada por treino a pedir com ar angelical o contributo do dízimo para a seita que o sustenta.

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Pois, eu sei! Não são todos iguais, dirão uns. Há que ir votar. É um acto de Cidadania – dizem.

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Eu fui e irei sempre. Mas depressa quero esquecer …

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