Editorial

Futuro próximo
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Jorge VER de Melo

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Jorge VER de Melo

Consultor de Comunicação

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Na última edição do Minho Digital falamos da importância das “offshore” para a situação do Brexit.

O futuro próximo é a nossa preocupação, mas pelas reações patrióticas dos nossos amigos britânicos quando existe a interferência do dinheiro, esse problema não conta.

Lembram-se da patriótica reação à União Europeia quando esta adotou a moeda única? Na época salientaram o facto de não consentirem o desrespeito pela rainha ao desistir da utilização da Libra em favor do Euro.

Por isso a EU teve que aceitar a isenção dos britânicos e assim continuarem com a utilização da Libra como moeda deles. Ou seja, tivemos que aprovar a existência de duas moedas na EU o que veio baralhar o trabalho da nossa economia.

Mas a verdade é que devido a essa exigência dos nossos ainda companheiros europeus, não ficamos com duas mas três moedas diferentes porque o tal patriotismo não foi tão exigente com as Ilhas Virgens Britânicas onde a moeda adotada é o dólar. Isto porque as “offshore” o utilizam como moeda/base em quase todos os truques económicos.

Daqui se pode deduzir que no dia em que o dólar deixar de ser referência nestes negócios com poucas garantias de honestidade, e também no das armas ou no do petróleo, o dólar cai a pique no real valor do PIB.

Para os nossos amigos britânicos tem mais importância o distante e inseguro Dólar do que o próximo e bem mais seguro Euro. Será que estamos todos no mesmo planeta?

Continuando a ser um pouco futuristas podemos inclusivamente calcular como estará a Humanidade nos anos mais próximos e aí a situação vai tornar-se bastante mais complicada.

Tudo indica que passará a existir uma moeda global, talvez o Bitcoin, para controlo dos créditos económicos já que de momento estamos presos a definições muito pouco seguras.

Dá-nos a sensação que estas pessoas se estão a esquecer da ciência. Ela avança muito rapidamente e com resultados altamente surpreendentes.

Podemos lembrar a situação da Kodak que em 1998 tinha 170.000 trabalhadores e vendia quase 90% de todo o papel fotográfico consumido no globo. Em 2001, três anos depois, praticamente deixamos de consumir papel fotográfico devido ao aparecimento, a preços acessíveis, das novas máquinas fotográficas digitais.

O mesmo aconteceu, muito rapidamente, com as câmaras de vídeo analógicas em substituição do superoito e de seguida com as digitais que anularam tudo que existia anteriormente. Mas ainda mais complicado foi quando surgiram os telemóveis que acabaram com as máquinas fotográficas e as de vídeo acrescentando mais competências, a melhor preço e muito mais portáteis.

Pensamos que essas pessoas estão tão desajustadas ao momento da Humanidade que se esqueceram do “desenvolvimento Exponencial da Memória Artificial”.

Quem pensa que controla alguma coisa com a facilidade de outros tempos, está totalmente enganado.

É que esta questão da memória artificial regista todos os acontecimentos. Esse histórico ajuda qualquer humano a desenvolver novos mercados, novas profissões, novas ferramentas e sobretudo a substituir a mão-de-obra.

Este último facto não elimina postos de trabalho como justificam alguns economistas de meia tijela, mas como sempre tem acontecido, facilita a felicidade ao Ser Humano exigindo-lhe outras competências em menos horas de trabalho mas com mais produtividade. Ora, dessa forma, passa a sobrar tempo para mais empregos. Estando menos ocupadas no trabalho, as pessoas passam a ter disponibilidade para a família, para o laser e para a sua formação pessoal.

Todos ganham, até a economia do Estado porque assim pode existir tempo para gastar dinheiro e como sabem, esse movimento económico alimenta especialmente o mercado e também o Estado com os impostos aí aplicados ao consumo.

Com o desenvolvimento da “inteligência artificial”, o Homem já consegue resolver imensos problemas na medicina. Criou ferramentas que poupam os profissionais, fornecendo mais eficiência e rapidez na assistência aos doentes.

Nos transportes, estão a utilizar novas viatura elétricas que já não necessitam de condutor, tudo funciona automaticamente na base de sensores e de programações específicas.

Na educação, estão a aplicar-se tecnologias da comunicação que ajudam o estudante em qualquer lugar, com o auxílio do telemóvel ou outra ferramenta semelhante.

O preço da impressoras 3D baixou de 18.000 para 400 euros. Isto representa uma evolução exponencial no negócio das peças para a assistência técnica já que apenas passa a ser necessário o envio por email de um desenho comprado ou não, correspondente à peça que se pretende imprimir. Este método veio facilitar a vida nas estações espaciais e nos aeroportos mais recônditos porque assim poderão eles próprios fabricar em 3D a peça de substituição que necessitam.

Senhores políticos britânicos ou portugueses, será que estão devidamente informados sobre o “Futuro Próximo”?

É que o futuro já aqui se encontra e o próximo é assustador se não o conseguirmos acompanhar!…

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