Editorial

Futuro
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Jorge VER de Melo

Chegou a hora de começarmos a pensar no futuro já que a pandemia o virou cento e oitenta graus.

Por isso temos que ponderar não só o futuro próximo, mas também o longínquo até porque não se consegue criar projetos sem primeiro investigar para prever minimamente as vantagens e desvantagens que depois irão surgir.

Já existem acontecimentos selecionados durante o espaço de tempo dos confinamentos que nos podem ajudar a repensar o futuro.

Mas muito anteriormente à doença do século, os cientistas, fundamentalmente os sociólogos, faziam cálculos sobre o que estava a acontecer no presente e como depois se poderão utilizar nos avanços científicos. Eles vão prevendo e acautelando o futuro embora os Governos não queiram acreditar.

Em 2014 o Washington Post selecionou as questões mais importantes relativamente ao futuro da humanidade e então concluiu que os computadores e a inteligência artificial irão substituir 45% dos trabalhos existentes à data nos Estados Unidos.

E na verdade estamos perante a sua realização. Se quisermos mesmo ponderar os acontecimentos recentes, mais convencidos ficamos de que as previsões dos investigadores estão a bater certo.

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Podemos verificar inclusivamente que os computadores têm sido grandes auxiliares do Ser Humano para ganhar a vida sem sair de casa. Isso já vinha acontecendo, mas sem esta dimensão.

“A dificuldade aguça o engenho,” diziam os nossos antepassados e tem sido isso que nos vai fazendo mudar para melhor.

O comércio online está a tornar-se um vício para os nossos descendentes e não só.

A própria alimentação já está a adaptar-se às situações evitando as deslocações aos restaurantes e utilizando outras matérias e materiais, inclusivamente no fabrico dos alimentos. Panelas, fornos e fogões programáveis, casas inteligentes, máquinas para limpeza robótica, a utilização das algas, da soja, dos insetos, cogumelos e outros elementos na alimentação. Até a produção piscícola, vegetal e animal veem colmatar ou não, parte dos problemas ambientais.

Hoje já não sabemos bem se estamos a comer mesmo aquilo que os nossos olhos vêm ou se é outra coisa com aquele aspeto.

O professor Jason Quinn, da Universidade Estatal do Utah, nos EUA, previu o cultivo massivo de algas para o fabrico de combustível e para a alimentação, como já anteriormente informamos.

Os antibióticos estão a ser substituídos por outros processos mais eficientes para a eliminação de certos problemas de saúde.

O Professor Thomas Frieden, diretor dos Centros para a Prevenção e Controle de Doenças, PCD, confirmou a vinda de uma Era pós-antibiótica e denunciou o efeito maligno desse medicamento em 2 milhões de pessoas e no falecimento de outras 23 mil por ano, só nos EUA. Reparem que os antibióticos já não surtiram grandes soluções para tratamentos relacionados com o COVID19.

Até agora apenas a máquina chegou a Marte com o auxílio da inteligência artificial. Mas a próxima missão terá a presença do homem com um novo sistema de exploração da NASA. Está prevista para breve com capacidade para a produção de ar, combustível e água.

Reparem que todo este avanço técnico e tecnológico não vem criar mais desemprego, mas sim menos horas de trabalho e mais conforto para o Ser Humano. Essa tem sido a consequência da criatividade do homem desde há milénios, sempre impulsionado pela preguiça, ou seja, com a possibilidade de pôr a máquina a trabalhar em seu lugar.

Será mesmo assim?

Às tantas, a ganância do Homem vem baralhar tudo!

Se todos quiséssemos isto seria um paraíso!…

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