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Germano Amorim reconduzido elege formação como chave para especialização de bombeiros arcuenses

Germano Amorim reconduzido à frente da Direção dos Bombeiros arcuenses

A assembleia geral eleitoral, realizada no passado dia 15 de dezembro, reconduziu Germano Amorim e os restantes elementos para mais um mandato à frente dos destinos da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Arcos de Valdevez (AHBVAV).

Na única lista apresentada a sufrágio, Germano Amorim viu renovada a confiança dos sócios, indo continuar a presidir à Direção, sendo Manuel Caldas Rodrigues o novo vice-presidente e Tito Rodas a cara nova. À frente da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal mantêm-se Olegário Gonçalves e Rogério Sousa, respetivamente.  

O presidente da Direção reeleito revela ao Minho Digital que a inauguração da obra de reabilitação e ampliação do quartel deverá ocorrer em setembro de 2018 e estabelece como prioridade do triénio a profissionalização dos bombeiros e do comando, assim como a formação dos recursos humanos que servem a AHBVAV.

Para além da contratação do comandante Filipe Guimarães para o exercício do cargo a tempo inteiro, a outra grande inovação prende-se com a (possível) criação de uma equipa vocacionada para acudir a sinistros (grandes incêndios industriais, por exemplo) em parques empresariais.

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Obra do quartel motivou recandidatura

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“Os cargos não devem ser eternos”, defende Germano Amorim, mas há “razões substanciais” para a recandidatura, depois de já ter cumprido dois mandatos. “O objetivo essencial é acabar a obra do quartel. Não fazia sentido abandonar a meio este grande projeto, a única obra, com uma envergadura de centenas de milhares de euros, praticamente nova e de raiz que é feita nos Arcos desde há vários anos. É um trabalho que deve ser continuado por aqueles que o iniciaram”, justifica.

Entretanto, fora do “guarda-chuva” que abriga o financiamento, foi definida pela Direção da AHBVAV uma verba de 300 mil euros para custear a obra, incluindo a reconstrução e todo o equipamento necessário. A juntar ao “compromisso por parte do Município de que apoiará as obras em curso”, a instituição centenária vai, supletivamente, organizar iniciativas a nível local para angariação de fundos (cortejo de oferendas em março ou abril).

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Palavra de ordem: “profissionalizar”

O território é grande (cerca de 450 km2) e carece de mais bombeiros, mas, primeiro de tudo, está a “profissionalização”, explica o máximo dirigente da referida Associação. “Mais do que a quantidade, interessa-nos a qualidade do serviço que prestamos, daí ser necessário apostarmos na formação e na profissionalização dos bombeiros e do comando”.

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Uma das grandes inovações diz respeito à profissionalização do comandante. “Vamos contratar Filipe Guimarães para exercer as suas funções a nível profissional, é uma forma de reconhecermos o seu excelente trabalho e de colmatarmos uma necessidade fundamental, pois, não podemos continuar com as exigências variadíssimas sem termos um comando profissional, dentro do qual apenas o comandante adjunto, Sérgio Guimarães, não será profissional”, vinca o responsável.

Paralelamente, serão desenvolvidas ações alargadas ao restante pessoal, para aperfeiçoamento de competências “no atendimento e na relação com o utente”, revela Germano Amorim.

Estatuto Social do Bombeiro Voluntário

Para o presidente da prestimosa Associação arcuense, “é de inteira justiça criar um Estatuto, prevendo uma discriminação positiva, para reforçar o corpo de bombeiros”.

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“Neste sentidocontinua Germano Amorim, apraz-me registar que o CDS, por intermédio do membro da Assembleia Municipal, Álvaro Amorim, tenha apresentado uma proposta para a criação do Estatuto Social do Bombeiro, algo que propusemos à Câmara há cerca de três anos”, recorda.

“É aqui que surgem os tais incentivos ou recompensas que podem passar por benefícios fiscais (IMI, IMT…) ou por uma revisão da taxa do IRS (através da participação variável que o Município detém), fazendo com que as pessoas se interessem mais pela atividade de bombeiro”, advoga Germano Amorim.

 

Equipa especializada para acudir a incêndios industriais

A pensar nas zonas industriais, há um “plano ambicioso” que convoca as empresas de referência sediadas nos Arcos para a “criação de uma primeira equipa de intervenção permanente sem ligação direta ao Estado”. Esta brigada estaria especialmente vocacionada para responder a “catástrofes” ou “calamidades” nos loteamentos empresariais.

“Queremos convencer o tecido empresarial da importância de repartir custos para pagar salários a uma equipa profissional de cinco bombeiros, que passaria a acudir a situações de primeira intervenção nas zonas industriais, onde existem especificidades concretas, como o uso de químicos, que, neste momento, só são suscetíveis de atender em Santa Maria da Feira”, avisa.

Este plano “já foi apresentado a uma empresa de referência de Arcos de Valdevez” (sediada numa das zonas industriais) e o retorno “foi positivo”, mas a meta é reunir “cinco unidades para, num esforço de cooperação, financiar o funcionamento de uma equipa especializada que preste serviços identificados como necessários pelas empresas”.

 

Diferenças nos protocolos municipais

“Parece que só a AHBVAV beneficia do apoio da Câmara e isso não é verdade. Dou o exemplo da Igreja, da ARDAL, da Santa Casa, da In. Cubo, da EPRALIMA… E algumas associações têm tido dotações orçamentais/financeiras muito superiores às dos Bombeiros”, refere Germano Amorim.

A AHBVAV recebe 60 mil euros anuais mediante protocolo, “um valor baixo em relação a tudo o que prosseguimos, representando menos de 5% do orçamento anual dos Bombeiros”, estima o presidente da Direção, que estabelece uma comparação categórica.

“Na relação custo-benefício, não tenho dúvidas de uma coisa: o melhor protocolo da Câmara é com os Bombeiros. Nós não queremos nada em troca, só damos na prossecução do fim público, de proteção civil, que a nossa atividade encerra”, atira Germano Amorim.

À parte o protocolo anual, o presidente da Associação Humanitária não ignora, porém, os “apoios” que têm sido atribuídos pelo Município para ajudar a custear a reconstrução/expansão do quartel, numa atitude de cooperação que se tem materializado também na “aquisição/reparação de viaturas” e na compra dos “equipamentos de proteção individual”.

 

“Faço política real fora da partidarite brejeira”

Desde 2012 que o ex-chefe de gabinete de Francisco Araújo não teve “mais nenhuma intervenção político-partidária” e o horizonte também “não passa pela política partidária”, mas o próprio acrescenta que já foi sondado para assumir desafios importantes relacionados com a res publica. “Não nego que fui abordado várias vezes para participar, até como candidato à Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, noutro tipo de projetos que não os do PSD”, frisa Germano Amorim.

O nome do presidente da AHBVAV é, nos bastidores, um dos presidenciáveis a futuras eleições, muito embora o advogado tenha outras prioridades – aliás, sem fugir à questão das legítimas ambições políticas, repete a ideia de que o cargo que, atualmente, exerce “não é trampolim para nada”.

“As minhas grandes preocupações são a estabilidade profissional, a vida familiar e o novo mandato à frente da Associação. Tenho feito parte de organizações e instituições que, voluntariamente, permitem desempenhar política real fora da partidarite brejeira”.

 

Baixa no novo “elenco”

Gil Heleno Carvalheiro sai da equipa agora reconduzida “por razões pessoais”, garante o entrevistado, que se mostra agradecido pela colaboração por ele prestada.

“O senhor Gil Heleno tomou a decisão de sair da Direção, porque entendeu que a vida profissional dele não lhe permitia dar continuidade ao projeto. Divergências? Claro que, por vezes, há formas diferentes de olhar para os assuntos. Fez um trabalho excelente, deu tudo o que podia e isso terá contribuído para um maior desgaste”, admite Germano Amorim.

Composição dos órgãos sociais eleitos

DIREÇÃO

PRESIDENTE: Germano Manuel de Lima Amorim

VICE-PRESIDENTE: Manuel Caldas Rodrigues

SECRETÁRIO: João Carlos Franqueira Laranjeira Gameiro

SECRETÁRIO ADJUNTO: Eduardo da Paz Rocha

TESOUREIRO: Armindo Deus Lobo Peixoto

1.º VOGAL: Bento Morais Araújo

2.º VOGAL: Tito Manuel Rodas Gachineiro e Sá

SUPLENTE: Luís Eduardo Barbosa Barreira

SUPLENTE: Gonçalo da Costa Gonçalves Pereira

 

ASSEMBLEIA GERAL

PRESIDENTE: Olegário Gomes Gonçalves

VICE-PRESIDENTE: Ilda Fernanda Costa Rodrigues Lima Ribeiro

SECRETÁRIO: Fernando Luís Guimarães Fernandes Ponte

SUPLENTE: José Manuel Alves Vilaverde

SUPLENTE: Alberto Henrique da Luz Gonçalves Ferreira

 

CONSELHO FISCAL

PRESIDENTE: Rogério Manuel Mota de Sousa

VICE-PRESIDENTE: João Rogério Fernandes Azevedo

SECRETÁRIO: Gaspar José de Sousa Pinto

SUPLENTE: João Fernando Gomes da Cunha Rodrigues

SUPLENTE: José Maria Araújo Brandão

 

 

 

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