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Henrique Baixinho: a história de um verdadeiro campeão!

Henrique Baixinho

É um atleta de referência no concelho, distrito, país e também internacionalmente. Ama o remo acima de tudo, a dedicação é um mote e o «sofrimento» um passo para alcançar os seus objectivos.

Henrique Baixinho, também conhecido por «Mina», nem quer pensar no dia em que já não poderá competir, mas garante que o remo sempre está e estará na sua vida.

Por tudo o que conquistou é, sem a menor dúvida, um atleta de topo e olhado pelos mais jovens como um ídolo.

Apesar das variadíssimas conquistas e títulos, refere que os Jogos Olímpicos foram o ponto alto da sua carreira. Mas, quando perguntamos …  e agora? Henrique Baixinho não hesita, pois diz «é continuar a trabalhar e conquistar mais títulos pessoais e para o Sporting Clube Caminhense».

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Minho Digital falou com este verdadeiro campeão, e certifica que o remo é uma verdadeira paixão.

Minho Digital (MD) – Henrique Baixinho, podemos dizer que o remo faz parte da sua vida?

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Sim.

MD – Quando iniciou na modalidade?

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Iniciei a modalidade do remo bem pequeno, com 8 anos.

MD – E o Sporting Clube Caminhense é o clube do seu coração?

O S.C.C é o clube do meu coração, e será toda a minha vida.

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MD – Que representa ele para si?

Representa minha longa carreira. O S.C.C. sempre deu apoio  e assim foi mais fácil conseguir todos os meus objectivos  ao longo  da minha carreira.

MD – Quantos anos do SCC?

34 anos a remar no S.C.C,  1 ano Ginásio da Figueira da Foz e 2 anos no Arco de Viana do Castelo.

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Já somo 46 anos a remar, o que acho que já daria para dar várias voltas ao mundo.

MD – Quais as diferenças que vê na modalidade agora e no tempo que começou?

As diferenças são muitas.Antigamente,era um posto náutico velho, agora é um novo. Os barcos e os remos eram de madeira , agora são barcos e remos de carbono, tudo metade do peso. Antigamente, tinha que atravessar a estrada nacional para colocar os barcos na água, agora temos um ressinto exclusivo para o S.C.C. O mais doloroso era no final dos treinos.Antigamente, era só agua fria agora todo o conforto do mundo ” agua quentinha”. Antigamente, e os barcos vinham quase todos de Itália , no famoso ” Donorático”, agora um luxo os melhores do mundo , os barcos alemães ” Empacher”.

MD – É verdade que também fez o seu percurso no Brasil? Porquê essa mudança?

Tive 8 anos no Brasil, no Rio de Janeiro, onde defendi as cores do Flamengo e do  Vascatleta do clube da Gama. Fui 25 vezes campeão brasileiro e 8 vezes campeão Carioca. Fui 8anos destacado pela Federação Carioca , o melhor peso ligeiro com o peso até 72.5 kg.

A mudança surgiu por meio de um convite que o Flamengo me colocou ” onde queria que fosse atleta do clube”. Aí resolvo ter novas experiências além fronteiras , onde não me arrependo de nada.Faria tudo de novo. Sempre me trataram como um grande atleta , pois sempre respondi com vitórias. Aí fui 8 anos profissional de remo.

MD – Outro dos momentos altos da sua carreira foi a participação nos Jogos Olímpicos? Que recorda e o que significou?

O momento alto da minha carreira foi, sem dúvida, a participação nos Jogos Olímpicos de Altanta 96. Vou recordar toda a minha vida os treinos que fiz com os meus colegas de tripulação: João Fernandes, Manuel António e Samuel Aguiar  –  estes dois últimos do Fluvial.

Sem duvida a volta olímpica foi com um emoção grande , toda  a volta a chorar por termos chegado ao ponto mais alto de um atleta. Eu como mais velho , na altura com 34 anos, sempre lhes dizia nos treinos quando estávamos cansados:” -vamos lá estamos a trabalhar para a volta olímpica “. Quando pisamos o estádio abraçamo-nos e disse-lhe que valeu todo o esforço que fizemos.

Os Jogos Olímpicos é o sonho de qualquer atleta e nós realizamos o nosso grande sonho. Trabalhamos no duro para chegar lá, no final veio a recompensa e os 4 estamos de parabéns. 

MD – Que nomes do SCC destacaria como contributo que deram ao clube?

Eu no S.C.C destacaria os atletas olímpicos que defenderam as cores de Portugal e do Caminhense,.sem esquecer o Artur Antunes que foi campeão Mundial na categoria de júnior .  Os outros atletas, sem excluir ninguém, fizeram sempre o melhor pelo Caminhense , pensando nos títulos para o clube. 

 MD – Que representa na sua vida a conquista de 118 títulos?

118 títulos de campeão nacional, representa toda a minha dedicação ao remo.

MD – Como vê nos dias de hoje os novos atletas do clube?

Sinceramente gostaria que os atletas tivessem mais  objectivos como os meus, o caminhense tem que formar mais atletas olímpicos . mas, credito que um dia vai aparecer mais algum Henrique Baixinho .mas, também digo que não vai ser fácil, tem que gostar muito de sofrer.  Por outro lado, o acho que o remo jovem do S.C.C vai pelo bom caminho , pena é ter poucos atletas.

MD – Neste momento da sua carreira que ainda procura Henrique Baixinho?

Conquistei muitas coisas ( mais quero mais) sou muito ambicioso.

MD – O desporto em Caminha está bem e recomenda-se?

O remo é o desporto REI  de Caminha, onde todas as crianças deveriam experimentar, inclusive nas aulas de educação física.Deveriam ter uma aula experimental de remo.

MD – Que podemos esperar de si quando terminar a sua carreira como atleta? Continuará no clube?

Vou estar sempre ligado ao mundo do remo. O s.c.c é e será sempre o meu grande clube.

MD – Faz parte dos seus objectivos ser presidente do SCC?

Esse não é um dos meus objectivos, mas sim fazer parte de alguma direcção . 

MD – O Henrique Baixinho viveu momentos em que em Caminha se vivia o remo com imenso fervor. Que apelo faria à população?

Para que a população de Caminha comece a gostar novamente do remo só tem que partir de soluções das direcções do Caminhense, que passa por fazer muitas regatas em Caminha ao longo do ano, para o povo se aproximar das instalações e até incentivar os seus próprios familiares para praticar remo.

Antigamente, e era uma loucura quando chegávamos a Caminha depois dos Nacionais, o Terreiro estava sempre cheio e o sino da Torre do Relógio tocava sem parar. enós atletas ficávamos muito comovidos com o carinho do nosso povo. Agora chegamos a Caminha , ao Terreiro deparamo-nos com o terreiro completamente vazio  e o pobre sino da torre sem tocar e nós sentimos uma grande tristeza . Mas, s temos que mudar isso , voltar ao antigamente . População de Caminha: vamos apoiar o Sporting Clube Caminhense.

MD – Na nova temporada que vai iniciar, que objectivos se propõe?

Os meus objectivos para 2016 são vários:  campeonatos nacionais; campeonato mundial na Dinamarca; campeonato sul americano no Chile; regata 16km na Austria ( onde ganhei este ano) e  outros campeonatos em bicicleta. 

MD – Existe já uma data em que o Henrique Baixinho determinou parar como atleta?

Ainda me sinto com forças para remar e nem quero pensar no dia em que parar. Vai ser um dos dias mais triste da minha vida.

MD – É verdade que a sua alcunha é «Mina». Porquê?

No mundo do remo também sou conhecido pela alcunha ” «Minas»” isso veio do meu pai que tambem o  chamavam assim.

 

 

A lista de conquistas de Henrique Baixinho é interminável. Não resta dúvida que é um exemplo para muitos!

Deixamos aqui alguns títulos na temporada transacta:

– Campeão nacional em 4 e 8 vetetanos

– Campeão mundial 2x na Belgica ( uma em double e uma em skif)

– Campeão Sul Americano  5 vezes

– 2 medalhas de prata no Sul Americano

-Campeão na regata da Austria de 16 km  em skif  10/10/2015

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