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Manso Preto

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Nuñez Feijóo e Marcelo Rebelo de Sousa, respectivamente o presidente da região autónoma da Galiza e o nosso presidente da República reuniram-se há dias no Palácio de Belém, em Lisboa. Lamentavelmente, nenhum deles falou na sua língua, antes optando pelo castelhano…

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A situação mereceria ter destaque, mas pelos vistos até além fronteira o silêncio foi palavra de ordem, e nem os vários movimentos de reintegração das duas línguas se sentiram indignados. Os reintegracionistas chamam as línguas de “galego-português”, “português da Galícia” ou “portugalego”, como uma variedade a mais do português e assim usa uma norma ortográfica comum ou muito semelhante.

Esta língua tem origem do latim e é considerada língua-irmã do português. Ela é uma evolução do galego-português, de onde também surgiu o português de Portugal.

No fim do século V, quando houve a expansão dos domínios espanhóis na região, a Galícia chegou a ter uma proibição em usar o galego nos seus documentos oficiais. Só que hoje em dia, depois do final do franquismo, existe um grande movimento em retomar o idioma e toda a cultura galega que ficou reprimida no passado. Inclusive até no foro judicial, não raras vezes são solicitados juízes galegos, com os arguidos e/ou advogados exigirem tradutores, uma particularidade que o Direito reconhece. As sentenças são em galego e nunca em castelhano.

O ensino nas escolas conta com aulas de galego e espanhol. Uma boa parte dos habitantes prefere  comunicar-se com o galego no dia a dia, porém consegue conversar tranquilamente em espanhol.

Em Belém, todos se exprimiram em castelhano, esquecendo que a ‘fortaleza’ do Eixo Atlântico são as línguas irmãs, as suas raízes, a identidade dos seus povos tão acarinhada em eventos culturais e sociais, mas que alguns políticos parecem ignorar ou, pior ainda, aparentam ter parado no tempo.

Por supuesto

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