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Igreja de Lavradras em Ponte da Barca renascerá das cinzas cercada pela solidariedade dos seus filhos emigrantes

A frase que mais se ouviu no jantar convívio organizado pela Associação Arsenal do Minho, sita em terras do Canadá, foi “Todos somos Lavradas” e com este carinho, entrega e solidariedade foram recebidos, por mais de 400 pessoas, o Presidente da Junta de Freguesia André Fernandes e o Pároco Filipe Sá. Portugueses e canadianos unidos numa só causa: a angariação de fundos para a reconstrução da Igreja de Lavradas.

Foi no passado dia sábado 12 de maio, véspera do dia da Nossa Senhora de Fátima, que o Europa Convention Center, na cidade de Mississauga, abriu as suas portas para receber as mais de 400 pessoas que se juntaram num jantar convívio, em prol da angariação de fundos para a reconstrução da Igreja Paroquial de Lavradas destruída, quase na sua totalidade, por um incêndio, no passado mês de dezembro.

Este jantar-convívio foi organizado pela Associação Arsenal do Minho na pessoa da sua presidente, Laurinda Araújo, e mais três dos seus representantes: José Monteiro, Fernando Rocha e Susi Soares. Organizaram não só rifas, mas também diferentes atividades antes e durante o jantar para, desta maneira, poder angariar fundos destinados à reconstrução daquele que é o mais forte estandarte da Freguesia, a sua Igreja, o templo que durante anos foi testemunha dos mais variados eventos que conformam a idiossincrasia da Freguesia.

 

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“As mais de 400 pessoas que assistiram ao jantar-convívio traçaram a história da reconstrução da nossa Igreja. Foi um gesto que jamais esquecerei”, garante André Fernandes, presidente de Junta de Lavradas que também afirma que “o carinho que senti naquela festa, fez-me sentir como se nunca tivesse saído da minha terra. Aquilo que mais se ouvia naquela noite era: ‘somos todos Lavradas´- e isso era de arrepiar! Ver aquela gente toda, portugueses e não só, todos juntos, a vibrar, a lutar por uma causa que nesse dia lhes era muito querida, foi maravilhoso!”

A associação que esteve a cargo da organização do evento conseguiu não só que lhes cedessem o espaço para a realização da festa a custo zero, como também todos aqueles artistas que atuaram noite fora para animar os presentes, também eles o fizeram sem pretender algum tipo de pago. “Aquilo que fizeram por Lavradas, fizeram-no também por mim, e prometi que iria lá voltar. Tanto carinho e boa vontade têm de ser retribuídos de alguma forma”, frisa André Fernandes.

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No decorrer do convívio houve não só venda de rifas, mas também o leilão da imagem da Nossa Senhora de Fátima, oferecida pela Funerária São Pedro, de Ponte da Barca, a qual rendeu o valor de 1300€. Todas estas atividades angariaram receitas e todas elas revertiam a favor da causa da reconstrução do templo.

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Esta demonstração de solidariedade e carinho para com todo o povo de Lavradas rendeu uma quantia de dinheiro, no mínimo, impressionante. “Quase no fim da festa recebemos da mão de Laurinda Araújo um cheque com o valor de 50.000 dólares!… Eu não acreditava que aquilo pudesse ser verdade! Vieram-me as lágrimas aos olhos. É um valor admirável. Todos aqueles que participaram foram fantásticos. Não há palavras para agradecer”, afirma André Fernandes.

Aquilo que foi conseguido em terras canadianas, naquele fim de-semana “ficará na memória das pessoas de Lavradas. Este gesto nunca mais vais ser esquecido. Fomos lá por uma causa, não fomos em lazer. Cada um de nós – o Padre Filipe e eu – pagámos o bilhete do nosso bolso e fomos até lá cheios de orgulho, mas nunca esperámos tal receção e carinho. Aquilo que trouxemos foi para além daquilo que alguma vez imaginei”.

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Segundo dados atualizados obtidos pelo Minho Digital junto do Presidente de Junta, o valor total angariado na festa vai muito mais além dos 50.000 dólares entregues em cheque. Ao fecho desta edição o valor ascendia a mais de 70.000 dólares. “É quase inacreditável. Só posso agradecer e demonstrar o meu carinho e respeito a todos aqueles que fizeram isto possível”, culmina André Fernandes.

 A verdadeira solidariedade começa onde não se espera nada em troca

(Antoine Saint-Exupéry)

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