Hoje escrevo em verso. Porque hoje, mais que nunca, é tempo de nos orgulharmos das nossas raízes. Este poema tem cerca de 4 anos. Mas, para mim, a sua mensagem irá sempre fazer sentido. Ílhavo também é mar. E o mar também é Ílhavo.
Ílhavo,
terra de medos e tradições
de grandes pescadores
e muitas paixões.
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Sopra o vento,
muda o mar.
Persiste a incerteza
do não mais voltar.
E a mulher em terra,
com três filhos para criar,
espera o regresso do seu marido
e algum peixe para os alimentar.
Sopra o vento,
muda o mar.
E o humilde pescador
não para nem um segundo para descansar.
Mas um dia ao entardecer
recebeu a notícia que tanto receava:
do barco não havia sinal
e o tempo não amainava.
Não havia nada a fazer
senão se conformar.
E mesmo agora velhinha
todos os dias vai à praia
ver se o vê chegar.