Editorial

Influência do terrorismo na vida dos nossos emigrantes
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Jorge VER de Melo

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Consultor de Comunicação

Se pensarmos bem, os nossos emigrantes e seus descendentes estão a ser altamente prejudicados não só pela insegurança gerada, mas também pela confusão estabelecida entre terroristas e emigrantes.

Não queremos diferenciar religiões, apenas pretendemos acordar o Ser humano para a vida que tem sido desprezada em favor do mediatismo, do dinheiro e da imposição de ideias que já nem pertencem ao estado atual, nem pertencerão certamente, ao futuro da democracia.

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Toda esta conversa vem a propósito dos massacres que têm acontecido nos últimos dias. Será que alguém consegue ser feliz ao assassinar e mutilar tantas crianças e adultos como aconteceu no passado dia 22 de maio à noite em Manchester?

A única conclusão que podemos tirar destes atos é que eles acontecem apenas para que os executantes consigam, em troca, uns dias de publicidade gratuita às suas causas.

Se todos sabemos que é isso que eles pretendem, porque razão os media insistem em divulgar as fações e os nomes dos próprios terroristas, é para lhes agradecer? Não! Ingenuamente é para retribuir inadvertidamente, aquilo que eles procuram: “divulgação mediática”.

A função dos órgãos de informação é informar, não precisam de divulgar os nomes de quem praticou tais atos nem qual o grupo agressor a que pertencem. Dessa forma estão a transformá-los em heróis para um certo tipo de pessoas, talvez menos equilibradas emocionalmente e até menos esclarecidas democraticamente.

Não perdendo a liberdade de informação, estas atitudes têm que ser ponderadas para não prejudicarem ainda mais a sociedade civil que pretende objetivar a felicidade apenas desfrutando o rendimento do seu trabalho em segurança.

Dá a sensação de que a ética tem sido ligeiramente esquecida em função dos lucros obtidos à custa das volumosas audiências que pretendem esse tipo de notícias. São os profissionais da informação que têm obrigação de conhecer o mal que estão a provocar e não essas pessoas.

É fácil verificar-se que tal precipitação jornalística chega a prejudicar as investigações policiais e assim a justiça. Por isso estamos dessa forma a atrapalhar os processos básicos que poderiam travar tais atos catastróficos.

Está a ser tudo metido num mesmo saco, como nós portugueses até temos uma cor de pele ligeiramente mais bronzeada do que a da maioria dos povos europeus, agravamos essa confusão de forma ainda mais acentuada.

A nossa sorte é que temos um historial que nos classifica de trabalhadores, respeitadores e competentes profissionais, mas no meio da confusão acabamos sempre por ser emigrantes invasores do território alheio que muitos cidadãos, por simples ignorância não sabem distinguir dos restantes.

Podemos confirmar este conteúdo com provas recentes.

Convém não esquecer o que originou o Brexit aprovado no referendo de 23 de junho de 2016 e acionado por Theresa May, com base no artigo 50 do acordo de Lisboa. Foi justificado pelos prejuízos causados ao Reino Unido com as aberturas da UE (União Europeia) que segundo eles, causaram esta emigração e a consequente insegurança.

Não esqueçamos o manifesto eleitoral de Marine Le Pen que não venceu as recentes eleições francesas, mas teve imensos aderentes por ser quase totalmente suportado na justificação de uma suposta saída da UE, pelas mesmas razões do Brexit.

Até Donald Trump justificou as medidas que pretende impor para deter a acentuada dívida Americana como tendo sido provocada pelos emigrantes. Esta atitude foi altamente combatida e comprovada como errada nos EUA pela ANEE (Associação Nacional de Economia Empresarial).

E terminamos citando alguém altamente credível e assertivo nas suas afirmações:

– Palavras do Papa Francisco:

– “O Ser humano é estranho…

Briga com os vivos e leva flores aos mortos;

Lança os vivos na sarjeta e pede um bom lugar para os mortos;

Afasta-se dos vivos e agarra-se desesperadamente a eles quando morrem;

Fica anos sem conversar com um vivo e desculpa-se, mas faz-lhe homenagens quando morre;

Não tem tempo para visitar o vivo, mas tem o dia todo para ir ao velório do morto;

Critica, fala mal e ofende o vivo, mas santifica-o quando morre;

Não liga, não abraça, não se importa com os vivos, mas autoflagela-se quando morrem.

Aos olhos cegos do homem, o valor do Ser humano está na sua morte e não na sua vida.

É bom repensarmos isto, enquanto estamos vivos.”

Jorge VER de Melo

 

 

 

 

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