Editorial

IV Revolução Industrial
Picture of Jorge VER de Melo

Jorge VER de Melo

Partilhar

Jorge VER de Melo

Consultor de Comunicação

Muitas pessoas não querem acreditar, mas o futuro já anda por aí. Que se cuidem os economistas e os grandes gestores pois, pelo caminho que a evolução tecnológica está a levar, os mais ricos serão certamente quem terá mais criatividade, atualidade e capacidade de trabalho.

O parasitismo terá tendência a desaparecer porque surgirá uma metodologia que tratará de os motivar a produzir qualquer coisa.

A sociedade tem tendência a tirar partido da sua criatividade para castigar menos o corpo e encher mais a carteira. Aliás como a história nos justifica.

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Hoje, já vemos anúncios de hospitais e clínicas particulares que publicitam cirurgias robóticas. São operações cirúrgicas onde a mão humana do operador apenas manipula uma máquina (robô) que entra no corpo humano, por vezes sem fazer qualquer corte ou furo e dirige-se ao local afetado retificando o que for necessário, conseguindo assim que o doente corra menor risco de infeção e seja sujeito a um mínimo de agressões.

Mesmo a investigação laboratorial para o estudo dos medicamentos e não só, está a evoluir exponencialmente, de tal forma que o valor de alguns famacos chega a atingir milhões de euros.

Ainda há bem poucos anos, algumas famílias tinham um telefone fixo em casa e praticamente todas as empresas podiam usufruir dele para evitar um enorme número de deslocações, resolvendo a grande maioria dos problemas apenas falando através de um fio elétrico.

https://www.menosfios.com/cinco-mil-milhoes-pessoas-no-mundo-possuem-telemoveis/

Hoje, mais de cinco mil milhões de pessoas possuem um telemóvel, são cerca de 67% da população do mundo, segundo o Instituto de Pesquisa GSMA Intelligence.

Esse pequeno aparelho que transportamos na mão, faz o mesmo trabalho de um computador de mesa, de forma muito mais ergonómica e sobretudo mais eficiente até pela capacidade de poder estar presente nos locais mais inconcebíveis.

O telefone subiu assim de importância como ferramenta profissional e não só. Agora dá assistência médica, medicamentosa, judicial, enciclopédica, de segurança, divertimento, vício, acesso aos Bancos, etc.

Mas com ele não veio apenas a exponencial evolução técnica mas também uma carga enorme de perigos com os quais devemos contar e proteger-nos sempre que seja possível.

Senão vejamos:

 – Em Berlim estão concentrados alguns dos maiores piratas digitais do mundo, conhecidos como “Hackers”. Vivem numa casa onde anteriormente existia uma fábrica, são todos eles indivíduos com ótimas habilitações no campo das engenharias da computação.

Durante o dia prestam serviço de segurança informática em imensas empresas. À noite trabalham na quebra de sigilo de telemóveis para conseguirem aumentar-lhes a segurança e prevenir contra os criminosos.

Assim eles, apenas pelo telemóvel de um indivíduo, conseguem saber:

– Quando a pessoa vai trabalhar;

– As aplicações que utiliza;

– Onde a pessoa se encontra;

– Conhecer a sua imagem;

– Quem faz parte da sua lista de contactos;

– Investigar os telemóveis desses contactos e as próprias pessoas;

– Conhecer as suas contas bancárias e entrar nelas;

– Escutar o que dizem e;

– Ver o que leem ou escrevem, etc.

A situação da segurança informática é tão grave que existe já um departamento nos Estados Unidos para apuramento de recursos de proteção às suas ferramentas de comunicação.

O grande problema de hoje é que as pessoas imaginam apenas o telefone como um aparelho para conversar, mas ele é um computador com capacidades e caraterísticas que conseguem por a nu a vida de qualquer pessoas, incluindo as suas contas bancárias.

Não será mais seguro ponderarmos cuidadosamente a forma como utilizamos o nosso telemóvel nesta IV revolução industrial?

Mais
editoriais

Junte-se a nós todas as semanas