Jorge VER de Melo
Consultor de Comunicação
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Já agora que vamos entrar em período eleitoral, sentimos um ataque desmedido aos nossos bolsos com as obras, muitas delas desnecessárias, feitas á última da hora para mostrar alguma produtividade política e assim cativar votos aos eleitores menos atentos.
Isto acontece mesmo com os nossos políticos pensando nas suas férias que se aproximam e não com as dos cidadãos comuns, porque sem dinheiro dificilmente gozarão férias.
O que nos preocupa é de onde vem, de repente, tanto dinheiro para esbanjar quando ainda há bem pouco tempo não existiam verbas para os hospitais, nem para os transportes, nem para a justiça, nem para colocar o humilde trabalhador com os vencimentos mais perto dos da restante Europa.
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Como é que os orçamentos eram tão rigorosos que deixavam falecer doentes à porta dos hospitais e de repente já conseguem despender milhões fora do contexto anterior.
Verificamos atitudes políticas que não nos parecem nada humanas. Umas vezes são demasiado rigorosos, outras são exageradamente perdulários, vá o comum cidadão entender!
Razão tinha o sociólogo Professor Doutor Boaventura Souza Santos ao apreciar as propostas apresentadas pelo XIX Governo Constitucional de Portugal, da responsabilidade dos partidos PSD/CDS entre 2011 e 2015, quando nos aplicaram aquela disparatada soma de impostos que acabaram por empurrar o país para a miséria quase completa.
https://largodoscorreios.wordpress.com/2013/09/07/um-recado-ao-governo/
Na época, ele aconselhou atitudes governamentais com 5 postais que resumiam muito rapidamente quase o remédio santo para ultrapassarmos a crise com distinção.
No primeiro postal propõe:
– Reduzir 50% do orçamento da Assembleia da República. Poupariam + – 43.000.000,00 €;
– Reduzir 50% do orçamento da Presidência da República. Poupariam + – 7.600.000,00 €;
– Cortar as Subvenções Vitalícias dos políticos deputados. Poupariam + – 8.000.000,00 €;
– Cortar 30% nos vencimentos e outras mordomias dos políticos, seus assessores, secretários e outras companhias. Poupariam + – 2.000.000,00 €;
No 2º postal propõe:
– Cortar 50% das subvenções estatais aos partidos políticos. Poupariam + – 40.000.000,00 €;
– Cortar, com rigor, os apoios às Fundações e os benefícios fiscais às mesmas. Poupariam + – 500.000.000,00 €;
– Reduzir, em média, 1,5 Vereadores por Câmara. Poupariam + – 13.000.000,00 €;
– Renegociar as Parcerias Público Privadas e as Rendas Energéticas. Poupariam + – 1.500.000.000,00 €;
3º postal:
Só nos dois postais anteriores o país pouparia mais de 2.100 Milhões de €uros;
4º postal:
– Combater a “Economia Paralela.” As receitas aumentariam 10.000.000.000,00 €;
– Recuperar o dinheiro metido no BPN. Encontrariam mais 9.000.000.000,00 €;
– Vender 200 das 238 viaturas de luxo do parque do Estado. Recuperariam 5.000.000,00 €;
– Fazer o mesmo a 308 automóveis das Câmaras Municipais. Recuperariam 3.000.000,00 €;
– Fundir a CP com a Refer, a Soflusa e com as restantes empresas do grupo. Poupariam em Administrações 7.000.000,00 €;
5º postal:
Não falando nos Offshore nem nas verbas que vão pairando pelos restantes Bancos, assim aumentariam as receitas em cerca de 20.000 milões de €.
Era obra!…
Será que isto não é realizado porque foram as mesmas pessoas a regular estas situações?
Será que mesmo prejudicando tanto o nosso país, não se conseguem mudar estas Leis?
Ou será que não existe interesse, custe o que custar, em acabar com certas mordomias?
As eleições existem para modificar estas coisas. O eleitor é quem manda!
No futuro próximo, pelo menos, teremos algumas respostas.