Editorial

JÁ EXISTE EMPREGO PARA TODOS
Picture of Jorge VER de Melo

Jorge VER de Melo

Partilhar

Jorge VER de Melo

Consultor de Comunicação

Sabemos que é muito difícil entrar no mercado do trabalho, mas sabemos também que como em tudo na vida, temos de lutar mesmo não estando habituados a faze-lo.

Para atingirmos qualquer objetivo criamos uma força interior que nos impulsiona, custe o que custar. Chama-se a esse procedimento motivação.

O emprego que queremos não é vulgarmente aquele que necessitamos, logo, temos que nos munir de estratégias que ajudem a atingir as condições necessárias para o conseguirmos.

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Se não gostarmos do que fazemos, a melhor solução é mudar de emprego mesmo a ganhar menos. É mais saudável.

Todos os nossos desejos dão muito trabalho e exigem especial determinação.

Mas neste caso, é sempre mais seguro e confortante termos acesso ao lugar por mote próprio, ou seja, pelo nosso esforço e pelas qualidades demonstradas.

Vamos então verificar alguns dos requisitos fundamentais para conseguirmos esse objetivo:

– Ao sermos entrevistados para um emprego, devemos interiorizar o facto de que não estamos a pedir um favor a ninguém;

– Temos que fazer sentir, a quem nos entrevista, que somos uma mais valia para aquela empresa;

– Existe uma postura ideal perante a situação: “como o contrato de trabalho é um negócio, tem que interessar às duas partes, quando não agradar a uma delas, a outra tem todo o direito de sair”;

– É fundamental que o colaborador seja uma peça importante na engrenagem da sustentabilidade da empresa;

– Se isso não acontecer, tudo está perdido: para a empresa, para ele e para os companheiros de trabalho.

Para atingir este nível de conversa, a pessoa que se habilita ao emprego deve estar munida, pelo menos, de alguns dos valores necessários para a ocupação do cargo que lhe pretendem entregar:

– Ser criativa;

– Responsável;

– Profundamente informada sobre os assuntos com os quais vai lidar diariamente;

– Aproveitar todas as oportunidades para atualizar os seus conhecimentos profissionais;

– Organizada;

– Pontual.

Estas são apenas algumas condições básicas para criar um projeto de postura profissional.

Em princípio, quando atingimos a formação necessária para entrar no mercado de emprego, devemos estar convictos que vamos: estudar durante toda a vida, muito dificilmente teremos um emprego perto de casa e que a luta para a sua aquisição vai ser outra aprendizagem.

Depois de passarmos esta fase, somos nós, se devidamente competentes, que passaremos a escolher a entidade patronal ou a optar por sermos nós os próprios patrões.

Dizem algumas fontes que em Janeiro de 2018 tínhamos em Portugal uma taxa de desemprego de 7,9%, custa a acreditar. Mas como a nossa habilitação profissional tem valor em qualquer parte do mundo, é por aí que devemos entender  a área de trabalho e o volume de emprego disponíveis.

Não pensem que esperando em casa pelo possível emprego ali no bairro, na cidade, no distrito ou no pais onde vivemos ele vai aparecer. Todos temos de nos convencer que o emprego para toda a vida não existe e mesmo o que existiu apenas serviu para escravizar colaboradores e patrões.

Os colaboradores, porque devido à comodidade da permanência no mesmo local, não evoluíram económica nem profissionalmente e a entidade patronal também ficou presa a uma pessoa que se foi enchendo de pequenos vícios e acomodando a determinado tipo de trabalho contribuindo assim para a estagnação da empresa ou até para o limite da sua existência.

Aproveitando-se disso, alguns indivíduos ligados aos negócios pretendem que os ordenados sejam tão baixos como os conhecemos, mas todos sabemos que quando alguém não é devidamente remunerado deixa de ter condições emocionais e motivação para dar o devido rendimento como trabalhador.

Esquecem-se estas pessoas que dessa forma todos perdemos: o trabalhador por incapacidade para a sua realização pessoal, a empresa porque fica sem poder exigir a necessária competência e o Estado que perde valores incalculáveis em impostos que poderiam ter retornos muito superiores com percentagens bem mais reduzidas. 

Existe ou não, emprego para todos?

Pensando bem!…

Mais
editoriais

Junte-se a nós todas as semanas