Janeiro, que é o primeiro mês do ano, é por assim dizer, o bebé da família, devia ser tratado com todos os mimos e cuidados que um bebé precisa e merece ter. Porém, este bebé embora inevitável, é por poucos desejado.
Ele surge nas nossas vidas há mais de dois mil anos.
No final de Novembro já muito se fala dele e nas suas consequências, no orçamento da vida das pessoas. Até porque, nessa altura, já o Orçamento de Estado para 2025, foi aprovado. Mas isso é música para os ouvidos de muitos.
Novembro é aquele mês insípido que, à excepção de ter um feriado, nos desconforta com dias pequenos, frios e chuvosos. Este ano, Novembro, evidenciou-se com temperaturas de luxo. Será, que por isso, está perdoado?
Porém, Dezembro, tem o efeito anestesiante com forte incidência no tão ansiado subsídio de Natal. Este bónus, caído dos diversos orçamentos, duplica os rendimentos dos salários e pensões e cria uma falsa ilusão de prosperidade, e que aliado à quadra natalícia, e a todo o minucioso aparelho de marketing, que lhe está associado, produz efeitos demolidores na economia doméstica de tantos.
Só que esta sensação é apenas de um mês.
GOSTA DESTE CONTEÚDO?
- Não se esqueça de subscrever a nossa newsletter!

A euforia aumenta a voragem consumista e anula os efeitos de contenção que, deveriam ter, para que no mês de Janeiro não houvesse tanta azia, mas isso depois se verá?
Do subsídio de Natal até ao subsídio de férias, vai um amargo e sinuoso caminho.
O problema, aumenta, quando se abusa no uso do cartão de crédito para ceder à voragem avassaladora das compras de Natal, e estouram o seu plafond.
Para tantos, Janeiro, passa a ser odiado com juras que, jamais, voltará a ser repetido. Mas depois vem os saldos irresistíveis e os Reis.
Não é, Janeiro, propriamente portador de boas notícias. Se por um lado os salários aumentam, todos os bens de consumo e serviços, acompanham uns mais que outros. Raros são aqueles que mantém o preço ou o baixam.
E é, em certa medida, compreensível. Uma coisa traz a outra.
Mas no dia 15 de Janeiro o Sto. Amaro promete festa assim como no dia 20 o S. Sebastião, para desanuviar das angústias e de conferir que o mês de Janeiro não tem culpa da má gestão que fizeram em Dezembro.
(José Venade não segue o actual acordo ortográfico em vigor).