João Vilas: «Vou candidatar-me às Presidenciais em part-time»

Vilas no Got Talent na RTP-1

Minho Digital tinha o propósito de conhecer um pouco mais do João Vilas, concretamente na área da pintura onde no ano passado foi galardoado na Bienal de Vila Nova de Cerveira, e por outro lado a sua dedicação com provas já dadas à comédia, no teatro e na declamação.

Ao longo da nossa conversa fomos surpreendidos, pois este professor na Ancorensis em Vila Praia de Âncora, residente em Viana do Castelo mas natural de Melgaço, confidenciou-nos em primeiríssima mão a sua vontade de ser candidato presidencial em Portugal.

Entre esta forma de estar na vida em que este homem procura sempre a brincadeira e o sorriso, é evidente que questionamos: é a sério ou está a brincar? Mas a segurança e firmeza foram peremptórias. «Sim, chega de andar a brincar aos políticos neste país, pois o que ele necessita é de seriedade e trabalho».

Assim, teremos mais um candidato presidencial do Minho (além de Paulo Morais)!

PUB

Algo vai poder mudar na forma de fazer política no nosso país!

Vamos, então, conhecer este multifacetado minhoto.

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

PUB

– Como autodidata, o que significa a pintura na sua vida?

PUB

A pintura funciona como um escape do trabalho constante do dia a dia, neste mundo confuso, problemático e stressante. Ao mesmo tempo é uma realização pessoal e uma descoberta constante.

-Pintar é um ato de reflexão? O que pretende mostrar ao público?

Pintar, para mim, é sobretudo um ato de reflexão. Sempre foi, eu nunca fui fotográfico na pintura. Tento sempre transformar o objeto da pintura ao sabor do momento, das minhas emoções e do meu estado de espírito. O mar, a cozinha, as pessoas à lareira, os monumentos, as ruas, as pessoas, as árvores…etc., etc., são sempre transformados em arte, na visão pessoal que naquele momento sonho materializar, o que daí resulta é o que na realidade consegui atingir. Na arte plástica, como na poesia, temos que ter sensibilidade suficiente para a recriação.

PUB

– Quais são os seus mentores?

Não tenho mentores, nunca os tive. Há sim um conjunto de artistas representativos das artes plásticas a nível nacional e mundial que sempre me fascinaram. Posso dar alguns exemplos; Artur Bual, José Malhoa, Júlio Pomar, Júlio Resende, Picasso, Van Gogh, Monet, entre tantos outros.

– Que significou para si o prémio ganho na Bienal de Artes?

Prémio Artistas do Alto-Minho e Galiza 2014, assim se chamava. É sempre bom ser premiado. O reconhecimento dá-nos mais confiança e força de vontade para continuar a trabalhar, sobretudo quando são prémios vindos de Instituições reconhecidas e que não deixam qualquer suspeita. Este prémio tem ainda mais importância para mim pelo facto de ter sido conseguido entre mais de oitenta artistas do Alto Minho e Galiza.

Henrique Silva da Bienal de Cerveira a entregar os prémios onde João Vilas foi agraciado

– De alguma forma contribuiu para impulsionar a sua carreira de pintor?

Dá sempre vontade de querer fazer mais e, se possível, melhor ainda, mas o tempo é muito pouco para a pintura, pois sou professor, uma profissão muito desgastante, embora muita gente assim não o reconheça, mas que o é…é.  Além disso faço parte de um grupo de animação de espetáculos, o Riso Minhoto, o que também obriga a algum tempo disponível, sobretudo aos fins de semana, quando poderia dedicar mais tempo à pintura.

– Neste âmbito o que temos na forja do João Vilas?

Na área da pintura, tenho efetivamente algumas ideias, mas isso é o mais fácil – ideias toda a gente tem ou pode ter. Difícil é torná-las realidade. No meu caso, procurarei em breve aparecer com uma exposição individual. Já fiz várias individuais e participei em muitas coletivas, parte significativa delas da responsabilidade e organização do pintor Mário Rebelo de Sousa. Tenho permanentemente quadros em exposição no Restaurante Amândio, em Caminha.

– Na sua vida o teatro também tem um papel principal. E se tivesse que escolher entre a pintura e o teatro?

Escolheria sem a menor dúvida o teatro. O palco e as pessoas são os melhores ingredientes para um bom momento de cumplicidade nesta vida tremenda que todos os dias temos que enfrentar. O palco é a minha perdição. Desde muito cedo, pelos meus catorze anos, comecei a subir aos palcos e nunca mais parei.

Há cerca de três anos, eu e o António Gomes, de Ponte de Lima, mais o José Mokuna , dos Arcos de Valdevez, fundámos o grupo Riso Minhoto e temos andado por aí. Conheço centenas de casas de espetáculo por este Portugal fora, ainda recentemente estive no Pavilhão Multiusos de Gondomar, depois na Mamarrosa, distrito de Aveiro, e há dias em Murça. Já me cruzei e pisei o palco com muitos artistas nacionais de renome, como Pedro Abrunhosa, Fernando Rocha, Toy, Quim Roscas e Zeca Estacionâncio, José Amaro, Augusto Canário, Vitorino de Almeida e tantos outros. Tem sido muito gratificante.

– Na interpretação que mais gosta de fazer?

O meu registo preferido é sobretudo a comédia. Proporcionar umas boas gargalhadas é um dos meus maiores prazeres. Daí a escolha do nome do nosso grupo, Riso Minhoto. Já agora, para quem quiser contactar-no, poderá fazêlo por risominhoto@gmail.com ou tlm. 934 791 830.

Para visualizar actuações no Youtube,  clique em baixo nos links:

https://www.youtube.com/watch?v=TOq-ndpbvLs

https://www.youtube.com/watch?v=xHpxCoT-1Ns

 

https://www.youtube.com/watch?v=aCbQv04kXSw

Riso Minhoto leva o humor e as imitações a todos os cantos do país

– E já agora, nesta área, tem mentores?

Também aqui não tenho e nunca tive mentores. Embora admirasse o grande Raúl Solnado e reveja ainda alguns dos seus trabalhos, nunca me deixei levar por influências de ninguém. Na arte, se possível, devemos pelo menos tentar ser nós próprios, com virtudes e defeitos, mas sobretudo dar um ar de alguma diferença e originalidade.

– Porquê a comédia?

Sempre gostei de me rir, mas sobretudo de ver as pessoas a rir. Quem me conhece sabe que sempre fui assim. Por vezes, a vida não quer que haja grandes motivos para rir, mas é muito importante que aconteça. Através do riso também se afastam os fantasmas e se lava a mente e o coração, além de fazer bem ao fígado e ao corpo em geral, é o que se diz por aí. (risos)

– Neste âmbito tem algum projeto novo?

Neste âmbito, é apenas continuar com o nosso projeto ‘Riso Minhoto’ e esperar que as instituições, as Juntas e as autarquias, os bares, etc., nos solicitem para espetáculos.

Se eu fosse enólogo, provavelmente era convidado/solicitado todos os anos pela autarquia de Melgaço, donde sou natural; como não sou…nada feito. Às tantas, o melhor é especializar-me nessa área – uma área importantíssima para o desenvolvimento económico da região de Melgaço e Monção, a única região do genuíno vinho alvarinho, um néctar dos verdadeiros deuses que devemos preservar e perpetuar no tempo.

Actuação no programa ‘Got Talent Portugal’ na RTP-1 (fotos da produção)

–  Sei que participou num concurso de televisão. Que significado teve?

Participar num concurso televisivo daquele tipo era para mim um objetivo de realização pessoal. Nada tem a ver com vaidades ou grandes ambições. Sonhava dançar na televisão e consegui. Por outro lado, desejava tornar-me ainda mais conhecido para a realização de um outro objetivo que é, e vou dizê-lo em primeira mão, talvez, pois ainda não decidi apesar de ser sensível ao apelo das forças vivas representativas do distrito (risos), ser candidato às eleições presidenciais no próximo ano. É uma matéria em que estou a pensar muito seriamente e em breve darei notícias. Vocês serão os primeiros a saber- fica prometido.

 

 

PUB
  Partilhar este artigo
Nuvem do Minho
  Partilhar este artigo
PUB
PUB

Junte-se a nós todas as semanas