‘Nós, Cidadãos!’ elegeu os novos órgãos de direcção. Joaquim Rocha Afonso substitui Mendo Castro Henriques na liderança do Nós, Cidadãos! O novo presidente, embora de origem transmontana, durante vários anos foi o Comandante da Capitania Marítima de Caminha numa altura ‘sensível’ em que estavam instaladas no distrito várias redes de narcotráfico que se movimentavam nas ‘lanchas voadoras’!
O III Congresso do Nós, Cidadãos! decorreu no passado dia 14 em Portalegre, na Casa da Urra.
Com a maioria dos militantes e simpatizantes a participar no congresso via online, de forma a respeitar as medidas do Estado de Emergência, foram eleitos os órgãos dirigentes do ‘Nós, Cidadãos!’ para o triénio 2020/2023. Joaquim Rocha Afonso substitui Mendo Castro Henriques, fundador do partido, no cargo de presidente.
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Nascido em Trás-os-Montes, cumpriu carreira enquanto militar na Marinha de Guerra Portuguesa em vários postos. Actualmente exerce funções como investigador na Instituto do Mar – DCEA/FCT-UNL e foi fundador e vice-presidente da Plataforma das Associações da Sociedade Civil – Casa da Cidadania até à presente data. Foi mandatário nacional para o Ambiente da candidatura à Presidência da República de Fernando Nobre, mandatário de Paulo Morais para a área de Segurança e Ambiente em 2016, cabeça de lista por Bragança em 2015 e secretário-geral em 2019 do ‘Nós, Cidadãos!’.
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No congresso liderou a lista A onde apresentou a moção “A União dos Movimentos de Cidadãos e o Futuro de Portugal” onde defendeu a consolidação da matriz do ‘Nós, Cidadãos!’, 5 anos após a sua fundação, enquanto plataforma agregadora de movimentos de cidadania e cidadãos independentes.
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Nesse âmbito, a candidatura à Comissão Nacional contou com a entrada dos líderes do Movimento de Cidadania Independente – Mais e do Democracia21, Carlos Magalhães e Sofia Afonso Ferreira, eleitos vice-presidentes.
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Assumindo-se como plataforma política natural de todos os movimentos independentes a nível autárquico, o partido pretende focar-se nas próximas eleições autárquicas, agregando candidaturas independentes a par de uma coligação alargada com vários partidos sem representação parlamentar.
Enquanto bandeiras, o ‘Nós, Cidadãos!’ defende um novo sistema político e eleitoral; aposta no crescimento demográfico e numa maior coesão social; na valorização da interioridade, com a necessária maior coesão territorial, e numa estratégia nacional para o país.
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Moção de Estratégia: “A União dos Movimentos de Cidadãos e o Futuro de Portugal”
Portugal está doente e cada vez mais descrente nos políticos que há tanto tempo nos desgovernam.
De facto, assistimos ao pior circo possível, com evidente desnorte, incapacidade de organização e planeamento do que quer que seja, por parte do “maior governo de sempre” do nosso país. É tempo de lutar pelo progresso, pela qualidade de vida e, acima de tudo, pela devolução da ESPERANÇA NUMA VIDA MELHOR aos portugueses.
Cinco anos após a sua fundação, Nós, Cidadãos, reassumimos a nossa matriz original: Uma plataforma de movimentos de cidadania e de cidadãos politicamente independentes. A ligação aos principais movimentos de cidadania entretanto surgidos é prova disso.
No nosso mandato, a grande prioridade serão as Eleições Autárquicas de 2021 – e por isso não nos iremos distrair com as Eleições Presidenciais que se realizarão dentro de dois meses e que já têm um vencedor anunciado. Iremos consolidar os bons resultados de 2017, agregando mais candidaturas independentes que até ao momento têm concorrido sem qualquer patrocínio partidário. O nosso movimento foi, é e será sempre, a plataforma política natural de todos os movimentos independentes a nível autárquico.
Por isso, agregamos nesta candidatura pessoas do Movimento “Democracia 21” e do “Mais: Movimento de Cidadania Independente”. Está também em vias de concretização uma plataforma mais alargada, com outros partidos e movimentos. Porque só assim, solidamente implantados a nível local, Nós, Cidadãos! teremos melhores resultados em futuras Eleições Nacionais.
Quanto ao nosso Programa Político, reafirmamos a nossa fidelidade aos quatro pontos cardeais que, desde a nossa fundação, têm estruturado a nossa intervenção: Novo sistema político e eleitoral.
– Como demonstram todos os indicadores, temos uma classe política que cada vez menos nos representa e um sistema partidário cada vez mais esgotado e bloqueado. É tempo de promovermos novas vozes, no aprofundamento da democracia participativa, com mais consultas populares. O objectivo último será sempre o fim do monopólio dos partidos políticos no acesso ao parlamento e a sua abertura à cidadania.
– Aposta no crescimento demográfico, com maior coesão social: Em novos tempos de crise, importa apostar numa maior coesão social, promovendo o crescimento demográfico, essencial para a sustentabilidade futura do país, requalificando o Estado e os Serviços Públicos, através de um novo Contrato Social com os cidadãos e de um combate sem tréguas à corrupção.
– Aposta na valorização da interioridade, com maior coesão territorial: Como os incêndios que ano após ano têm assolado o país demonstram, Portugal tem sido desgovernado nestas últimas décadas. É tempo de apostarmos, realmente, no ordenamento do território e na sua gestão equilibrada, valorizando devidamente todo o interior do país, que tem sido desprezado pela nossa classe política. Defendemos também a intransigente preservação ambiental dos ecossistemas e combateremos o consumismo, em particular a poluição descartável.
– Nova estratégia nacional: Sempre mais preocupada com as próximas eleições, a nossa classe política não tem tido uma visão estratégica do país. Portugal é um país europeu, atlântico e lusófono, à escala global, e é tempo de assumirmos, de forma coerente e consequente, essa tripla condição. Juntos, vamos conseguir recuperar Portugal para os portugueses devolvendo-lhes a esperança num futuro melhor e mais justo para todos.