Daniel Jorge tem 18 anos e uma paixão única pelas palavras, por ler e escrever.
Publicou o seu primeiro livro, O Trono Azul, em 2021, obra que reúne textos escritos entre os 9 e os 13 anos e, em 2023, Olhares de um Sol Escuro, o seu segundo livro, uma seleção de crónicas escritas para o jornal Minho Digital e para o jornal Notícias da Barca; para além das crónicas são publicados contos, histórias e reflexões.
No dia 7 de dezembro, pelas 15h, apresentará o livro Olhares de um Sol Escuro na Biblioteca Municipal de Viana do Castelo – Sala Couto Viana. O livro será apresentado pela professora Ângela Bragança Campos. Durante a sessão haverá momentos musicais com Vítor Lima Santos. Também serão lidos curtos excertos do livro.
Apresentação do livro Olhares de um Sol Escuro
De DANIEL JORGE
7 DE DEZEMBRO | 15H00 | BIBLIOTECA MUNICIPAL DE VIANA DO CASTELO – SALA COUTO VIANA
A Biblioteca Municipal de Viana do Castelo – Sala Couto Viana e Daniel Jorge têm o prazer de a/o convidar para a apresentação do livro Olhares de um Sol Escuro.
O livro será apresentado pela professora Ângela Bragança Campos. Durante a sessão haverá momentos musicais com Vítor Lima Santos. Também serão lidos curtos excertos do livro.
A entrada é livre.
Biblioteca Municipal de Viana do Castelo – Sala Couto Viana
Alameda 5 de Outubro
4900-049 Viana do Castelo
Nota biográfica do autor
Daniel Jorge nasceu e vive em Braga. Tem 18 anos e publicou o seu primeiro livro, O Trono Azul, em 2021, obra que reúne textos escritos entre os 9 e os 13 anos. Olhares de um Sol Escuro, o seu segundo livro, é uma seleção de crónicas escritas para o jornal Minho Digital e para o jornal Notícias da Barca; para além das crónicas são publicados contos, histórias e reflexões.
Excertos do livro Olhares de um Sol Escuro
Crónica “A Bala”
Pousada numa mesa no meio do nada, um revólver jazia, enferrujado pelo tempo. Esse meio do nada era um espaço árido, que no olhar humano parecia existir e existir e nunca ser diferente.
Crónica “Não havia estrelas no céu”
Ao acordar, já não via o pôr-do-sol, que fora extinto, mas a Lua. E não havia estrelas no céu. Nem hoje, nem amanhã, nem nunca. Tinham todas fugido. Ou talvez as bombas que furavam nuvens tivessem despedaçado esses pontos de luz. Gostava de me tornar num deles.
Conto “Copo”
O homem de pé, em vez de falar, agachou-se e pegou nos cacos um a um. Depois, imperturbável e calmo, sem se ferir, colocou cada um deles em cima da mesa. Juntou-os até que o copo já não parecia partido, mas sim um copo normal como antes era. O homem sentado observou com adoração o copo.
História “O Caderno Negro”
A colher era movida em círculos gentilmente dentro da chávena de café. Criava correntes heterogéneas de forma leve. Apareciam, moviam-se com vivacidade morta, e dissipavam-se com o passar dos segundos. Pareciam não ter fim, mas ao mesmo tempo tinham. Existiam só pelo acaso de existir, e eram aparentemente felizes assim.
Crónica “Interrogações com Luz”
Aprendi a viver maravilhosamente bem com muito pouco e percebi que o nosso bem não pode estar suportado no mal dos outros.
Crónica “O Assobio”
Só parou de ganir quando também se tornou parte do silêncio das palavras escritas do velho.
Conto – “Manel”
— Afinal, não é o cinzento a praga, é a mão humana.
História “Feliz Azul”
“Este sou eu”, disse, enquanto olhava para o coração azul que jorrava vermelho.
História “Um Erro” – O Cego Adorador da Luz
— Amigo, já olhaste o Sol, o glorioso Sol? – Disse ele de olhos esbugalhados.