Editorial

Lembrar a princesa Diana no Natal em Viana do Castelo

Picture of Damião Cunha Velho

Damião Cunha Velho

Partilhar

A convite do meu amigo Luís Moura Serra, em representação da Associação Maria de Fátima Moura, promotora do evento, fui a Viana do Castelo assistir à sessão de abertura da exposição Princesa Diana de Gales: Passado e Futuro.  Não sendo monárquico, o que mais me despertou interesse nesta iniciativa foram as referências a Diana enquanto mulher e ativista empenhada na defesa dos mais desfavorecidos, que se destacou pela sua empatia e solidariedade, qualidades tão importantes, a relembrar nesta época natalícia.

O Museu de Artes Decorativas acolhe até ao dia 13 de janeiro a exposição sobre a vida da princesa Diana de Gales, única na medida em que expõe uma impressionante coleção de bonecas representando Diana em vários momentos marcantes da sua vida. As bonecas pertencem ao colecionador José Saldanha Gouveia, autor do livro “Saudade – Princesa Diana 25 anos” que foi apresentado nesta sessão de abertura da exposição. Saldanha Gouveia colaborou com Alfredo Corte-Real, curador da exposição para que esta se tornasse realidade. Esta iniciativa realça não apenas a beleza e elegância de Diana, muito apreciada pelo autor, mas sobretudo, na minha perspetiva, o espírito humanitário e disruptivo de Diana, que marcou profundamente a história da realeza.
Diana, mais do que uma princesa, foi uma mulher que rompeu com as tradições rígidas da monarquia britânica, aproximando-se genuinamente das pessoas comuns. Diana, em vez do distanciamento e formalidade, escolheu o toque humano, a compaixão e a proximidade. Esta ousadia e autenticidade fizeram dela uma figura profundamente admirada ainda hoje por todo o mundo.
Nesta época natalícia, marcada pela generosidade e solidariedade, a exposição ganha um significado ainda mais especial quando vemos a boneca de Diana vestida à “civil” com o símbolo da HALO Trust (Organização humanitária dedicada à remoção de minas terrestres). De facto, esta boneca destaca-se por relembrar a dedicação de Diana às causas humanitárias, como o apoio às vítimas de SIDA, aos mais vulneráveis, como as crianças com doenças graves e os sem-abrigo, o apoio às instituições de caridade, o combate às minas terrestres que contribuiu fortemente para a proibição do seu fabrico e uso através do Tratado de Ottawa. Estas ações, que desafiaram as convenções e preconceitos da realeza britânica, refletem o verdadeiro espírito do Natal.
Ao unir a memória de Diana com a magia natalícia, a exposição convida-nos a refletir sobre a força transformadora da bondade. O legado da “Princesa do Povo”, que transcendeu fronteiras e tradições, inspira-nos a praticar gestos de empatia e humanidade no nosso dia-a-dia.

Neste momento do ano, tão especial com é o Natal, toca-nos ainda mais no sentido de nos convidar a sermos todos um pouco melhores uns para os outros. Tal como Diana, sejamos então!

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Mais
editoriais

Junte-se a nós todas as semanas