Lendas e Mitos – Cobra Norato

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António J. C. da Cunha

Empresário Lusobrasileiro no Rio de Janeiro *

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Cobra Norato (folclore).

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Cobra Norato ou Honorato é, segundo uma lenda do Pará, uma serpente encantada que vivia com sua irmã gêmea Maria Caninana no fundo do rio. Honorato teria feito amizade com um soldado que o ajudou a remover o encanto, tornando-o um homem para o resto de sua vida

A lenda mistura os personagens locais Cobra Grande (ou Boiúna) e Boto.

Esta lenda produziu uma obra-prima da moderna literatura brasileiraCobra Norato, de Raul Bopp.

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Uma índia que vivia entre os rios Amazonas e Trombetas, teve filhos gêmeos. Quando os viu, quase morreu de susto. Não tinham forma humana. Eram duas serpentes escuras.  Assim mesmo, a índia batizou-as com os nomes de Honorato e Maria. E atirou-as no rio, por que elas não poderiam viver na terra.

As duas serpentes criaram-se livremente nas águas dos rios  e igarapés. O povo chamava-as de Cobra Norato e Maria Caninana. Cobra Nonato era forte e bom. Nunca fazia mal a ninguém. Pelo contrário, não deixava que as pessoas morressem afogadas, salvava os barcos de naufrágios e matava os peixes grandes e ferozes.

De vez em quando, Cobra Norato ia visitar sua mãe tapuia. Quando caía a noite e as estrelas brilhavam no céu, ele saía da água arrastando seu corpo enorme. Deixava o couro de serpente à beira do rio e transformava-se num rapaz bonito e desempenado. Pela madrugada, ao cantar do galo, regressava ao rio, metia-se na pele da serpente e voltava a ser Cobra Norato.

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Maria Caninana era geniosa e malvada. Atacava os pescadores, afundava os barcos, afogava as pessoas que caíam no rio. Nunca visitou sua velha mãe. Em Óbidos no Pará. Havia uma serpente encantada, dormindo, dentro da terra, debaixo da igreja. Maria Caninana mordeu a serpente. Ela não acordou, mas se mexeu, fazendo a terra rachar desde o mercado até a igreja.

Devido a essas maldades, Cobra Norato foi obrigado a matar Maria Caninana. E ficou sozinho, nadando nos rios e igarapés. Quando havia festa nos povoados ribeirinhos, Cobra Norato deixava a pele de serpente  e ia dançar  com as moças e conversar com os rapazes. E todos ficavam contentes.

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Cobra Norato sempre pedia aos conhecidos que os desencantassem. Bastava, para isso, bater com ferro virgem na cabeça da serpente e deixar três gotas de leite de mulher na sua boca. Muitos amigos de Cobra Norato tentaram  fazer isso. Mas quando viam a serpente, escura e enorme, fugiam apavorados.

Um dia, Cobra Norato fez amizade com um soldado de Cametá. Era um cabra rijo e destemido. Cobra Norato pediu ao rapaz que o desencantasse. O saldado não teve medo. Arranjou um machado que não cortava pau e um vidrinho com leite de mulher. Quando encontrou a cobra dormindo, meteu o machado na cabeça da bicha e atirou três gotas de leite entre seus dentes enormes e aguçados.

A serpente estremeceu e caiu morta.

Dela saiu Cobra Norato, desencantado para sempre.

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Imagens de Cobra Norato (Sugeridas na internet) :

https://www.google.com.br/search?q=COBRA+NORATO+&hl=pt-BR&tbm=isch&sxsrf=ALiCzsbsUeL2rh9KGqi0BqkYfwHiQ2lY-A%3A1665492539755&source=hp&biw=1360&bih=625&ei=O2ZFY9WBLKjX5OUP9dCh2AY&iflsig=AJiK0e8AAAAAY0V0S-pAlRGjY3qoeHsfEsn2oYoXJker&ved=0ahUKEwiVi9OZm9j6AhWoK7kGHXVoCGsQ4dUDCAc&uact=5&oq=COBRA+NORATO+&gs_lcp=CgNpbWcQAzIFCAAQgAQyBQgAEIAEMgUIABCABDIECAAQHjIGCAAQCBAeMgQIABAeMgQIABAeMgcIABCABBAYMgcIABCABBAYMgcIABCABBAYOgQIIxAnOggIABCxAxCDAToLCAAQgAQQsQMQgwE6CAgAEIAEELEDOggIABAIEAcQHlAAWNN_YM-QAWgAcAB4AIABaIgB7QySAQQxMS42mAEAoAEBqgELZ3dzLXdpei1pbWc&sclient=img

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OUTRAS VERSÕES SOBRE A COBRA NORATO

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(Pesquisa na Internet)

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Cobra grande

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A Cobra Grande ou Cobra Norato é uma das lendas do folclore brasileiro, muito conhecida na Amazônia. Segundo a história, uma índia engravidou da Boiuna (serpente gigante que também faz parte do folclore) e ganhou um casal de gêmeos. As crianças ao nascerem receberam o nome de Norato e Maria Caninana.

A mãe logo percebeu que os bebês possuíam semelhança de cobra e foi consultar com o chefe da tribo. Ela perguntou se deveria matá-los ou jogá-los no rio. O pajé informou que ela não poderia matá-los se não ela morria também, então a índia decidiu soltá-los no rio Tocantins.

Norato e Maria Caninana conseguiram sobreviver e tornaram-se adultos. Ao anoitecer podiam se transformar em humanos e sair das águas, tendo que retornar ao amanhecer, quando voltavam a ser cobras. Norato tinha boa índole, era generoso, carinhoso, bonito e adorava ajudar os pescadores e protegê-los para que os barcos não afundassem. Geralmente quando ele se transformava em homem ia visitar sua mãe, ia em festas, fazia amigos e namorava. Maria Caninana era violenta e malvada, gostava de assustar os pescadores, prejudicar animais e pessoas, derrubar embarcações, entre outras maldades. Diferente do irmão, Maria não encontrava com sua mãe.

Lenda da Cobra Grande

(Daniela Diana Daniela Diana  Professora licenciada em Letras)

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A lenda da cobra grande, também chamada de “lenda da cobra grande da Amazônia” é muito popular nas regiões norte e nordeste do país.

 

Esse personagem do folclore brasileiro, também conhecido pelos nomes Cobra Honorato, Norato ou Boiuna, é uma cobra gigantesca cujo habitat é as profundezas dos rios ou dos lagos. Seus olhos são luminosos e aterrorizam as pessoas que a encontram.

 

Presente no imaginário de muitas pessoas, essa lenda inspirou a criação de diversas músicas, poemas e filmes.

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Cobra grande lenda amazônica

Ilustração da cobra grande da Amazônia

Versões da Lenda

Dependendo da localidade (Amazônia, Pará, Tocantins, Roraima, etc.), existem diversas versões dessa lenda, as quais foram passadas de geração em geração.

 

A estória mais comum por trás dessa personagem ameaçadora é da índia de uma tribo amazônica que ficou grávida da cobra Boiuna.

 

Ela deu à luz a duas crianças gêmeas que nasceram com aparência de cobras. O menino recebeu o nome de Honorato (ou Norato); e a menina, Maria Caninana.

 

Assustada com a aparência de sua prole, ela decidiu lançar seus “filhos-cobras” no rio.

 

A diferença entre a personalidade dos irmãos era notória. Ou seja, enquanto Honorato tinha um coração bom e sempre visitava sua mãe, Maria, por sua vez, guardava rancor e nunca foi visitá-la.

 

Por conta de seu temperamento, Maria sempre estava assustando a população e os animais, ou mesmo naufragando embarcações. Seu irmão, que era o contrário, não gostava nada de suas ações.

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Cobra grande e pescador

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Ilustração da cobra grande amedrontando um pescador

Assim, cansado e triste com os atos de sua irmã, ele resolve matá-la para pôr fim ao sofrimento de muitas pessoas.

 

Algumas versões relatam que em noites de lua cheia Honorato adquiria a forma humana e podia caminhar pela terra. No entanto, quando passava a lua cheia ele voltava para sua vida nos rios.

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Acreditava-se que para quebrar o encanto, uma pessoa deveria ferir a cobra na cabeça, além de colocar leite em sua enorme boca. A questão é que com todos que ele falava, não tinham coragem pois se assustavam com a criatura no momento que ele se transformava.

 

Sem dúvida, ninguém queria enfrentar a cobra grande. Até que um dia, um soldado muito corajoso o libertou da maldição. Assim, Honorato pode viver na terra como uma pessoa comum e perto de sua família.

 

Em outra versão, uma mulher muito má, pertencente a uma tribo amazônica, costumava matar e devorar crianças. Indignados, os habitantes da tribo resolveram jogá-la no rio.

 

Entretanto, ela não morreu pois foi salva por uma espécie de demônio chamado de Anhangá. Por fim, eles se casam e tem um filho que foi transformado em cobra por seu pai, para que assim, ele pudesse viver com seus pais no rio.

 

Com o tempo ele foi crescendo até atingir um tamanho descomunal, tanto que os rios já não tinham mais peixes. Com isso, a cobra grande começou a aterrorizar e devorar pessoas das tribos que viviam próximas dos rios.

Quando sua mãe morreu, a cobra ficou tão enfurecida que resolveu viver num estágio de letargia embaixo das cidades grandes.

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Natural da Freguesia de Geraz do Minho (Minho/Portugal)

Academia Duquecaxiense de Letras e Artes

Associado do Rotary Club Duque de Caxias – Distrito 4571

Membro da Campanha Nacional de Escolas da Comunidade

Membro da CPA/UNIGRANRIO

Diretor Proprietário da Distribuidora de Material Escolar Caxias Ltda

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