Lendas e Mitos do leste Brasileiro: o auxílio de São Sebastião

A  Lenda da igreja dos capuchinhos.

A luta entre portugueses e franceses pela conquista da Baía de Guanabara fez surgir uma das lendas mais bonitas da história do Rio de Janeiro – a de São Sebastião, padroeiro da cidade.

O fato ocorreu em outubro de 1556. Francisco Velho, mordomo da cidade , saíra com alguns companheiros, numa canoa, em busca de madeira para a construção da capela de São Sebastião. Os franceses e tamoios, embarcados em 180 canoas, estavam escondidos na baía, prontos para atacar os portugueses. Ao verem a canoa de Francisco Velho, resolveram armar-lhe uma cilada. Para isso, enviaram algumas canoas com índios, para atrair o mordomo.

Francisco Velho, ao ver os tamoios, saiu em sua perseguição. Estácio de Sá, que observava, da terra, a investida do inimigo, partiu com algumas canoas, em auxílio do mordomo. Fugiram, então, os índios, seguidos pelos portugueses.

De repente, sugiram as 180 embarcações inimigas, cujos guerreiros começaram a atacar os portugueses, com um turbilhão de flexas e tiros de arcabuz. A desvantagem era enorme. Para uma canoa dos portugueses, trinta dos inimigos. Os franceses e tamoios se julgavam vencedores. Mas os portugueses combatiam furiosamente, estimulados por Francisco Velho, que gritava: Vitória por São Sebastião !

 Súbito, incendiou-se a pólvora de uma das canoas de um dos tamoios e houve uma explosão. Nesse momento, a mulher de um chefe indígena agitou os braços, soltando gritos de pavor. Houve, então, um grande tumulto entre os índios que, não se sabe por que, fugiram aterrorizados.

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Os portugueses, que a essa altura esperavam ser vencidos pela maioria esmagadora do inimigo, ficaram surpresos com o acontecimento. Correu logo a notícia de que tinha acontecido um milagre. Isso foi confirmado pelos indígenas, que declararam ter visto, durante o combate um jovem e belo guerreiro, com armadura refulgente, saltando de canoa em canoa para atacar os tamoios, sem ser atingido por flexas.

Logo que voltam à terra, Francisco Velho, Estácio de Sá e seus companheiros correram à capela rústica que estavam construindo, para render graças ao santo padroeiro.

Diante da ajuda milagrosa do soldado, que os portugueses não tinham visto, tornou-se crença geral, que são Sebastião descera do céu para auxiliar os católicos a defender a sua cidade.

 

Observação:

E nesta Igreja, a Igreja de São Bastião, ou a Igreja dos Capuchinhos, na Rua Haddock Lobo, 266 – Bairro Tijuca – Rio de Janeiro, eu, Antônio J C da Cunha e Jacyra Cardoso de Moura (Cunha), contraímos matrimônio, no dia 22 de maio de 1965. Vejo-me, hoje, 467 anos depois, diante do computador, reproduzindo essa lenda, A LENDA DO AUXÍLIO DE SÃO SEBASTIÃO, que o Frei Jamaria, celebrante do casamento, não nos contou.

 

História da Igreja de São Sebastião dos Capuchinhos; Templo do padroeiro da cidade

História da Igreja de São Sebastião dos Capuchinhos, a qual tem estreita ligação com o marco ZERO da Cidade do Rio de Janeiro

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Um dos templos religiosos mais famosos da cidade do Rio de Janeiro, localizada no bairro da Tijuca, a Igreja de São Sebastião do Rio de Janeiro (Igreja dos Capuchinhos) tem uma estreita ligação com o marco zero da Cidade Maravilhosa, a Cidade do Rio de Janeiro.

Originalmente, a Igreja de São Sebastião do Rio de Janeiro localizava-se no morro do Castelo, um dos locais de constituição da cidade.

Contudo, em 1922, com a demolição do Morro do Castelo, a Igreja de São Sebastião do Rio de Janeiro também acabou posta ao chão.

“No mesmo Morro do Castelo viviam os frades capuchinhos. Com a demolição, eles precisaram ficar em outro lugar e foram para as dependências na Praça Sáenz Peña, na Tijuca”, conta o historiador Maurício Santos.

A nova igreja dos frades capuchinhos ficou pronta em 1931. As obras começaram três anos antes. O projeto, principalmente a parte interior, foi inspirado no Mosteiro de Beuron, na Alemanha.

Entre os anos de 1941 e 1942, a fachada da Igreja foi alterada pelo arquiteto italiano Ricardo Buffa, também autor do altar-mor do templo.

A Igreja de São Sebastião dos Capuchinhos comporta diversos objetos históricos e artísticos importantes. Entre eles, o marco de pedra da fundação da cidade com o escudo português esculpido, a imagem original de São Sebastião da igreja antiga e a lápide tumular de Estácio de Sá, fundador da cidade.

Atualmente, além de suas atividades religiosas, a Igreja dos Capuchinhos conserva seu valor histórico fundamental para a cidade sendo um dos principais locais da festa de São Sebastião, padroeiro da cidade, celebrado no dia 20 de janeiro de cada ano, considerado, oficialmente feriado, pelo Governo Municipal.

 

António J. C. da Cunha

Empresário luso-brasileiro no Rio de Janeiro

Natural de Geraz do Minho – Portugal

Academia Duquecaxiense de Letras e Artes

Associado do Rotary Club Duque de Caxias – Distrito 4571

Membro da Campanha Nacional de Escolas da Comunidade

Membro da CPA/UNIGRANRIO

Diretor Proprietário da Distribuidora de Material Escolar Caxias Ltda

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