Lendas e Mitos do Nordeste Brasileiro: A morte de Zumbi

Diz a lenda contada por Theobaldo Miranda Santos que durante as invasões holandesas, muitas famílias abandonaram suas fazendas e engenhos, a fim de não caírem nas mãos  dos batavos (*)  Leia, ao final,  nota sobre os batavos.

Aproveitando-se dessa situação, os negros  escravos fugiram para as florestas onde formaram grandes núcleos de foragidos, chamados de quilombos.

O mais famoso dos quilombos foi o que fora organizado na serra da Barriga, em Alagoas. Tinha o nome de Palmares, devido às palmeiras que existiam na região. Esse quilombo constituía-se numa verdadeira nação. Era formado por cerca de dez mil negros, distribuídos  por diversas vilas. Eram vários quilombos que se integravam sob a forma de reino.

O primeiro rei dos negros chamava-se Gangazuma. Morava num palácio (mussumba), cercado de parentes, ministros e cortesãos. Tinham sob seu comando um verdadeiro exército.

Com a morte de Gangazuma, ZUMBI tornou-se rei dos quilombos. Era um negro inteligente e corajoso, sob cuja direção os habitantes de Palmares muito progrediram.  Os negros começaram então a cultivar a terra e a criar gado. Todos trabalhavam. Havia disciplina, ordem,  leis. O sonho de Zumbi  era fundar, no Brasil, um império dirigido por negros.

Foram enviados pelo governo várias expedições para destruir os quilombos. Mas todas foram infrutíferas, inclusive as de Manoel Lopes Galvão e Fernão Carrilho. Durante 50  anos, os habitantes de Palmares resistiram aos ataques dos brancos.

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Resolveu, então, o governo de Pernambuco, contratar Domingos Jorge Velho, bandeirante paulista, para destruir o reduto dos negros. Depois de três anos de lutas à frente de um exército de 1.000 homens, Domingos Jorge Velho conseguiu aniquilar a capital fortificada dos Palmares.

A lenda diz que Zumbi não quis entregar-se. Quando viu que estava derrotado, subiu ao alto da montanha e atirou-se num despenhadeiro. Seus generais acompanharam-no em gesto de suprema fidelidade. Todos preferiram morrer na liberdade a ter de viver na escravidão. E, assim, acabou-se para sempre, a nação negra dos palmares.

 Há na História do Brasil uma outra versão conta que, o Líder Zumbi, do Quilombo dos Palmares, foi morto numa emboscada.

No dia 20 de novembro de 1695, o líder Zumbi, do Quilombo dos Palmares, foi morto em uma emboscada após ser traído por um companheiro. Sua cabeça foi cortada e exposta em praça pública, na cidade de Recife, para servir de exemplo a outros escravos.

Cerca de um ano antes de sua morte, no dia 6 de fevereiro de 1694, o aldeamento principal do Quilombo dos Palmares foi destruído pelos homens do bandeirante Domingos Jorge Velho, mas Zumbi conseguiu fugir.

Depois de mais de um século (de 1590 a 1694), estava chegando ao fim um dos símbolos da resistência à escravidão.

Localizado em um lugar de difícil acesso, no caso, o atual município de União dos Palmares, no interior de Alagoas, o quilombo foi alvo de constantes ameaças de invasão e, ao longo de sua existência, enfrentou numerosas expedições militares enviadas pelo governo para dominá-lo.

Após várias tentativas de acordo, o governo recorreu a Domingos Jorge Velho, oferecendo-lhe armas, terras e dinheiro pelo resgate dos escravos que haviam fugido. A partir de então teve início o conflito que ficou conhecido como Guerra de Palmares, em que as forças do governo saíram vitoriosas, com a destruição completa do Quilombo em 1695.

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Por conta da morte de Zumbi dos Palmares, no dia 20 de novembro é celebrado o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra no Brasil.

A lei 12.519, foi sancionada, em 10 de novembro de 2011.

Guerra dos Palmares – Foto/Reprodução: Site Historia UFF

Por volta de 1641, afirmava um chefe holandês estar quase despovoada a região. Maurício de Nassau pensou em repovoá-la, mas o projeto não foi adiante. Na época também se produzia fumo em Alagoas, considerado de excelente qualidade o de Barra Grande. Em 1645, a população participou da reação nacionalista, integrando-se na luta sob o comando de Cristóvão Lins, neto e homônimo do primeiro povoador de Porto Calvo. Expulsos os holandeses do território alagoano, em setembro de 1645, prossegue a população em sua luta contra eles, já agora, todavia, em território pernambucano.

 

Nota Sobre os batavos colhida na Wikipédia.

Origem e características dos batavos.

Os batavos eram uma tribo germânica, originalmente parte dos catos, que segundo Públio Cornélio Tácito habitava a região do delta do rio Reno e as ilhas vizinhas[2]. O nome Batávia foi usado por diversas unidades militares romanas, originalmente recrutadas entre os batavos. O nome tribal deriva de bat “excelente” e avjo “terra”, uma referência à fertilidade da região, ainda hoje conhecida como o principal centro de produção agrícola dos Países Baixos (a Betuwe).

Achados arqueológicos, nomeadamente tábuas de escrita, sugerem que parte da população estava alfabetizada, utilizando uma forma de escrita antes e durante o período romano.

No período do romantismo, associado ao fenómeno do renascimento do nacionalismo europeu, os batavos foram erroneamente considerados como os antepassados epónimos dos neerlandeses, quando na realidade foram apenas um dos povos que convergiram naquela região do noroeste europeu, em conjunto com os frísiosfrancos e saxões.

Confirmando Tácito, Júlio César, no seu comentário às Guerras Gálicas, afirma que os batavos viviam numa ilha formada pelo rio Reno após a sua divisão, um dos braços sendo o Waal, o outro sendo o Nederrijn/Oude Rijn. Esta localização era de importância estratégica, já que as altas margens do Waal providenciam as únicas elevações numa região pantanosa e quase em absoluto plana, permitindo guardar a fronteira da Germânia Transrenana (Germania Transrhenanum). Este facto foi reconhecido por Druso, que fez ali construir um imponente castro e instalações para o quartel-general das suas forças (praetorium) em estilo imperial. Este pretório esteve em uso até à Revolta dos Batavos no ano 69 depois de Cristo.

Achados arqueológicos sugerem que os batavos viviam em pequenas aldeias de 6 a 12 casas, localizadas nas terras mais férteis das margens dos rios. Dedicavam-se à agricultura e à criação de gado, possuindo cavalos, o que é comprovado pela presença de esqueletos daqueles animais em túmulos da época. Aparentemente seriam exímios cavaleiros, dedicando grande atenção à equitação.

Na margem sul do rio Waal, no local que é hoje a cidade de Nimegue, os romanos construíram um centro administrativo, chamado Ópido dos Batavos (em latimOppidum Batavorum). Um ópido era um local fortificado destinado ao armazenamento de mercadorias valiosas, as quais eram mantidas sob a vigilância de um pequeno contingente militar. O local era apenas habitado por civis em caso de ameaça, podendo servir de refúgio em caso de ser sitiado. O Ópido dos Batavos foi destruído durante a Revolta dos Batavos.

 

Empresário lusobrasileiro no Rio de Janeiro

Natural de Geraz do Minho – Portugal

Academia Duquecaxiense de Letras e Artes

Associado do Rotary Club Duque de Caxias – Distrito 4571

Membro da Campanha Nacional de Escolas da Comunidade

Membro da CPA/UNIGRANRIO

Diretor Proprietário da Distribuidora de Material Escolar Caxias Ltda

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