Jorge VER de Melo
Consultor de Comunicação
Mais uma vez quiseram fazer dos portugueses atrasados mentais.
Voltaram a utilizar o método, com justificações plausíveis, de que iriam descer o preço da gasolina. Quando isto acontece já todos sabemos que na semana seguinte vem um aumento superior a essa descida. Será que esta gente pensa que no nosso país andamos todos a dormir?
Com situações como esta, de instabilidade total, é difícil qualquer humilde cidadão, fazer as suas contas. Esquecem-se que as empresas, tal como as pessoas, têm que fazer a contabilidade dos custos da vida diária.
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Vejamos:
– Nas empresas, para poderem orçamentar os produtos ou serviços;
– E nos lares de cada um, para saberem até onde chega o dinheiro ou se aquele emprego está a dar lucro ou prejuízo devido ao combustível que se gasta para trabalhar.
– Além disso, as pessoas e as empresas têm encargos adquiridos que não suportam, em muitos casos, diferenças de custos que os poderão levar à ruína.
Claro que quem dita estas leis e estes preços, provavelmente até tem a viatura e a gasolina ou por conta da empresa ou do cidadão.
Mas já agora vejamos como ficou, em média, o preço atual do combustível:
- Gasóleo simples ——– 1,423 €
- Gasóleo+ ————— 1,482 €
- Gasolina 95 ———— 1,644 €
- Gasolina 95+ ———- 1,679 €
- Gasolina 98 simples — 1,659 €
- Gasolina 98+ ———– 1,799 €
- GPL Auto ————— 0,673 €
Como sabemos, o gasóleo é o combustível mais consumido por quem trabalha, parte dele é comparticipado, mas na generalidade, as viaturas de menor calibre e de uso particular não têm qualquer compensação.
Observem a evolução do preço do gasóleo, em 30 de Julho, entre 2015 e 2018:
- 2015 ———- 1,214 €
- 2016 ———- 1,180 €
- 2017 ———- 1,223 €
- 2018 ———- 1,395 €
Agora vejam as oscilações de preços, de janeiro a julho de 2018:
- Janeiro —- 1,319 €
- Fevereiro – 1,281 €
- Março —– 1,288 €
- Abril ——- 1,311 €
- Maio ——- 1,364 €
- Junho —– 1,421 €
- Julho —— 1,387 €
Aqui está a prova de que é realmente muito difícil a qualquer pequena ou média empresa e até a qualquer cidadão, orientar a vida de forma regular e racional.
E perguntamos:
– O que provoca esta situação?
Talvez estejamos errados, mas pensamos ser “a fome do dinheiro vivo”.
Como o combustível é pago pelo cidadão no momento da aquisição, “contra reembolso”, envolve verbas muito elevada em dinheiro imediato e em taxas que não aguardam boa cobrança, logo, são uma solução fácil para resolver os problemas económicos, mais urgentes, dos nossos Governos. É uma espécie de árvore das patacas.
Esquecem-se estes gestores da “coisa pública” que estão a agravar permanentemente o desequilíbrio da balança de pagamentos. Como não somos produtores de petróleo, temos que o importar.
Não se compreende porque pagamos tantos impostos para adquirir uma viatura elétrica!…
E se existisse um esforço governamental redobrado para o uso dos combustíveis alternativos?