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Melgaço sem programa de animação natalícia porque a “Associação Comercial não assumiu o seu papel”

Animação do passado
Depois de, em 2013, as ruas se terem engalanado com passadeira vermelha, presépios e pinheiros naturais devidamente decorados; em 2014 se terem criado feiras de rua, desfiles e animação nas principais praças do centro urbano; o Natal de 2015 continua sem agenda de animação definida.
Os comerciantes da vila lançaram em 2014 um cartaz de animação que muitos consideravam sem precedente e esperavam dar-lhe continuidade, mas alegados problemas financeiros, que terão arrastado a liquidação de algumas facturas quase até nova época festiva, retraíram a vontade de fazer a quem se tinha lançado no projecto no ano transacto.

A experiência de 2014, ainda que positiva quanto ao impacto popular, terá feito notar algumas divergências entre os comerciantes de Melgaço e a Associação Comercial e Industrial dos Concelhos de Monção e Melgaço (ACICMM), tendo os directores convidados a representar o núcleo comercial de Melgaço desistido das funções para as quais tinham sido nomeadas pelo presidente da associação, Américo Reis.
Manoel Batista, presidente da Câmara Municipal de Melgaço, congratulou os comerciantes locais por terem tomado em mãos a actividade dinamizadora do comércio urbano em 2014, a quem atribui todo o esforço programático, e em 2015 deixa esta campanha novamente a cargo dos operadores do sector.
A programação feita pelos comerciantes funcionou muito bem mas teve dificuldades na altura de custear as despesas feitas. Essa dificuldade prendeu-se também com a dificuldade em se articularem em encontrarem respostas por parte da associação comercial, mas a Câmara não teve aí nenhum envolvimento directo. Apoiou, chegou a estar presente e acolher uma ou duas reuniões, mas não foi mais do que isso, o que assumiu de forma mais empenhada foi a iluminação de Natal”, indica o autarca, perspectivando para 2016, a verificar-se uma situação financeira que o permita, “pensar em algum investimento na animação”.
Sobre as iniciativas de 2014 e as dificuldades em fazer frente às despesas entretanto geradas, o autarca de Melgaço refere que a associação comercial que representa os dois concelhos “não assumiu o seu papel”, cabendo agora aos comerciantes determinar que modelo pretendem para o futuro. “O papel que cabia à associação comercial não foi bem desempenhado. Os comerciantes de Melgaço fizeram um bom trabalho, foram empreendedores, as instituições, Câmara e Juntas de Freguesia foram colaboradoras, mas claramente a associação comercial não assumiu o seu papel. Cabe agora aos comerciantes fazerem a avaliação e pensarem no futuro”, considerou o autarca.
E o futuro, que o autarca frisa depender exclusivamente aos comerciantes locais, poderá passar por uma renovação dos órgãos sociais da ACICMM ou a cisão com esta e a criação de outro organismo de âmbito local. Manoel Batista indica que os comerciantes poderão “reivindicar à direcção da associação uma outra forma de ver o comercio de Melgaço e o seu apoio. Se isso não for conseguido, os comerciantes poderão pôr em questão os órgãos sociais existentes e tomam iniciativas para que outros assumam a direcção”.
No último cenário possível, o autarca de Melgaço antevê que “os comerciantes e empresários de Melgaço têm coragem para dizer que querem constituir a sua própria associação assumem os destinos nas suas mãos”. No entanto, Manoel Batista, deixa o desafio aos empresários locais “desenvolver um espírito associativo novo, mais construtivo, mais capaz de pensar caminhos futuros e desenvolverem coisas sem estarem à espera que os outros façam e resolvam”.

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